quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Showdown




Hoje a noite tem bate-boca, que vai durar 90 min., na Tv entre o garoto que foi para a Guerra do Vietnã e o garoto que fugiu da Guerra do Vietnã. Os dois vão estar discutindo principalmente planos para a política internacional, ou seja a atual guerra - hoje no Iraque.

quinta-feira, 23 de setembro de 2004

Gisele

Hoje, passando pelo Madison Square Garden voltando do trabalho eu dou de cara com a Gisele Bundchen num poster gigante anunciando o filme Taxi, que tem como protagonistas Queen Latifa e Jimmy Fallon. Agora o detalhe mais importante: sabe o nome da personagem de Gisele??? Vanessa!


Talento

Eu, definitivamente, não tenho talento algum para fazer post depressivos. Todas as vezes que tento desabafar neste espaço vem algum engraçadinho tirar sarro do meu estado de espírito ou do meu tom melancólico. Assim, decidi parar de ecsrever aqui enquanto o problema não passa.


Na verdade, o que passa é que eu ando numa fase depressiva-preocupada-cansada-com dor no pulso incrível. Eleva tudo isso ao quadrado quanto passo noites acorda, fazendo contas na cabeça, ou repassando a agenda do dia seguinte. Acho que isso está me deixando doente. Acabei não ecsrevendo mais para os amigos, não respondendo às mensagens no msn e muito menos as ligações telefônicas.


Cheguei a um ponto tão infeliz que ando duvidando da minha capacidade de pensar e de sinais de vida do meu cérebro. Para contrinuir com tudo isso o Imprensa Marrom saiu do ar, por causa de um processo judicial do qual eu não entendo bulhufas e agora nem desculpa para sentar na frente do computador (fora do trabalho) eu tenho...


Fico triste quando os amigos passam por aqui procurando updates da minha vida (nada) americana. A verdade é, que como o personagem de a Valsa Negra, eu ando tão obsessiva com o pouco de tempo livre que eu tenho que eu não páro de pensar "O que eu tô fazendo de produtivo agora? Estou aproveitando bem minhas únicas horas de descanso?" Assim eu não perco tempo na frente do computador e nem da TV. Nenhum segundo.


Será que eu tenho TOC?


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"Possuo um talento especial para imaginar buracos, todos bem negros, profundos, voraginosos, e teria mesmo descrito para Rachel uma variedade enorme de grotas e cavernas, subterrâneos e frinchas, se minha vontade de dizer algo não fosse sempre engolfada por um sentimento profundo de desânimo".


domingo, 12 de setembro de 2004

sexta-feira, 3 de setembro de 2004

RNC - 2004




No último Domingo, o grupo United for Peace and Justice organizou uma passeata que reuniu mais de 400 mil pessoas nas ruas, marchando contra a reeleição de George W. Bush desde Union Square na Rua 14 até o Madison Suqare Gardem, aos redores da Rua 32.


As manifestações começaram na quinta-feira passada, quando 80 manifestantes vieram de Boston para NYC e caminharam pela Avenida Broadway sob gritos e luzes de helicópteros da polícia. Na sexta-feira, mais de 5 mil ciclistas iniciaram um protesto pelas ruas da cidade e foram parados por forças policiais, com um saldo de mais de 250 pessoas presas. Na noite de sábado, centenas de pessoas se juntaram ao redor do World Trade Center levando sinos e apitos, declarando que pretendiam cicatrizar a dor do atentado de 11 de Setembro de 2001, tirando o homem que estava no poder do país naquele momento e que atraiu tanta atenção e ódio para a América.





O ápice ocorreu no domingo, com cerca de 500 mil pessoas marchando nas ruas contra o atual presidente. Centenas delas carregavam caixas de papelão, simbolizando caixões dos soldados americanos mortos em guerra, cobertos com a bandeira americana. Muitos deixaram claro que não são a favor dos democratas também, e sim a favor de que Bush saia do poder e a guerra do Iraque acabe. Cerca de 150 pessoas foram presas.


Os jornais de Nova York, entretanto, reportaram números muito inferiores dos divulgados pelo organizadores do evento. Foi fácil encontrar nos jornais que 180 mil manifestantes estavam presente na tarde de Domingo, e não meio milhão de pessoas como alegou o UFPJ e o Village Voice


Bush não só conseguiu reunir o maior número de protestos organizados contra uma Conveção Presidencial já registrado na história dos últimos 20 anos, como também consegiu abafar estes mesmo eventos, contando com a ajuda da polícia de Nova York, coagida pelo prefeito republicano Michael R. Bloomberg e com a mídia-norte americana que publicou pouco ou quase nada a respeito dos atos gerados por grupos manifestantes, que resultou na prisão de mais de 1.800 pessoas em sete dias. A tática utilizada pelo departamento de Polícia de Nova York é cortar, qualquer tipo de demonstração, antes que cresça a ponto de chamar atenção do público ou possivelmente atrabalhar o ritmo previsto para a convenção que está finalizando sua última noite hoje no Madison Square Gardem.


Agora Bush fala na Tv, aceitando a nomeção para concorrer novamente à presidencia de um país que é deficiente em informação. Este mesmo homem proclama com fervor os atos de quase quatro anos no poder, mas não declara o que a política do medo e do ódio tem feito a este país. Um local, em que fora dos grandes centros urbanos, é impossível ver muito com os prórpios olhos. Há 10 minutos de NY, já em New Jersey, as pessoas não têm conhecimento de que está ocorrendo manifestações em uma das maiores cidades do país. Todos os discursos da Convenção esta semana, tem sim, uma coisa em comum, exaltar Bush pelos feitos na época do atentado, concretizar a política do medo com a linha de pensamento: “Bush é o único que pode nos proteger.” Afinal, ele pegou Sadan Russein. Faz sentido? Aqui também não.“Eu vou liderar este país para construir um mundo mais seguro,” afirma Bush. Depende muito da definição de SEGURO que ele tem.


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Na segunda-feira Miachel Moore participou da Convenção Nacional Republicana como free-lancer da USA Today. O texto publicado, está aqui. Obviamente o cineasta foi vaiado, enquanto permaneceu no estádio e Dean McCain o expulsou da sala, aos gritos e palavrões.


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Estou aguardando o laborátório devolver os filmes que Eu e Amanda batemos durante os protestos. Assim que estiver pronto postarei aqui.


Texto publicado originalmente no Imprensa Marrom.