segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

Angel's in America

The sole pourpose of this letter is...




Celebrar descobertas, aprendizado e amizades novas. No sábado eu iniciei mais um curso, de Inglês desta vez - TOEFL - no BMCC. A sala é super discontraída e apesar de o curso ser fraquinho o professor parece ser muito querido.

No decorrer da aula, acabamos descobrindo que somos três as brasileiras do curso. Acabei conhecendo a Lili, que está na foto abaixo, fizemos uma maratona pela cidade depois da aula, com direito a visitar The Gates no Central Parque e esta áera da foto que é uma fonte (como se diz fountain em portugês?) lindíssima que aparece na série Angel's in America e que fazia séculos que eu queria visitar.

O local é fantástico, atrás da fountain trem um lago, que estava congelado e cheio de patinhos, e do lado oposto um restaurante na baira da água! Lindo, lindo. A foto abaixo é do mesmo local, no final do filme que sugere esperança, cura para a Aids e felicidade.

domingo, 27 de fevereiro de 2005

Q-U-A-R-A-N-T-I-N-E



Despois de cumprida minha missão, o que incluiu uma viagem ao cinema, três horas de filme, leitura das resenhas alheias e muita pesquisa sobre a biografia de Howard Hughes concluo: que bosta de filme. OK, ok, nem tanto, mas eu fico totalmente inconformada com as resenhas que eu encontrei por aí. Praticamente ninguém aponta as falhas no roteiro de John Logan. What is up with that? Não esctou criticando a performance de nenhum ator, muito menos a de Martin Scorsese, apenas apontando o que eu vi de errado e que absolutamente ninguém falou.

Se você chega a ler a biografia de Hughes, ou a conhece previamente, sabe que sua vida foi muito mais rica e interessante do que o que foi mostrado. Parece que Scorsese tem uma fixação tão grande pelos problemas piscológicos que afetam as pessoas (vide Taxi Driver) que ele coloca isso acima de tudo e esquece de dar lugar a fatos importantíssimos.

A escolha em reportar apenas 20 anos da vida do aviador foi interessante e válida, mas pelo menos a retratação do desenvolvimento da síndrome maníaco-depressiva de Howard deveria ter sido muito melhor amarrada. Quem não tem a mínima idéia da história de vida do personagem não consegue relacionar a ÚNICA cena em que ele aparece com a mãe maluca, obrigando-o a soletrar QUARANTINE e afirmando que o pequeno (na época por volta de oito anos), não está seguro, resultado de uma paranóia com germes.

Se você inevitavelmente comparar The Aviator e RAY, acaba notando que o filme de Taylor Hackford faz muito mais sentido do que o de Scorsese. Hackford se esforça para explicar o ponto de vista dele, relacionando o comportamento e a dependência química do cantor com a tragédia de sua infância, a morte assistida do irmão menor. Várias cenas são exibidas sobre esta fase, construindo assim uma história completa da infância pobre, seu relacionamento com a mãe e a evolução da doença que lhe deixou cego.

O que acaba acontecendo é, todas as vezes que você vê a água no chão, você sabe muito bem porque aquilo está acontecendo, qwuando o cantor delira na época da tentativa de desintocicação, quem aperece nos sonhos dele? A mãe e o irmão. Por mais patético que seja, faz sentido. Já em The Aviator, todas as vezes que Howard está lavando as mãos até sangrar acontecem por qual motivo? A cena inicial e singular do filme não justifica seu comportamento quando adulto.

Em casa, mais tarde, eu li muito sobre a história de vida e da família de Hughes, sobre a mãe-freak, que obrigava o menino a tomar incontáveis banhos quando criança, dava discursos e mais discursos sobre a necessidade de se manter limpo, o impedia de brincar em ambientes, digamos, sujos, e até em contato com outras crianças.

Talvez se outras cenas tivessem sido incluídas no filme a respeito da infância e adolescência deste rico personagem, faria sentido mostrar tanto da disordem de Huges mais tarde. Isso também justificaria o tempo perdido com as cenas de banheiro e que poderia ter sido utilizando contando mais sobre os outros eventos da vida dele. É uma vida rica demais para um filme de três horas, o que torna um pecado o que ocorreu nas telas.

Muita coisa importante ficou de fora,por exemplo:

* Ainda nos anos 30 Hughes construiu o Texas Theater em Dallas, uma sala de cinema que ficou conhecida mais tarde como possível sala clandestina de encontros espiões, já que Hughes acabou se envolvendo com a CIA. Ele também desenvolveu e construiu satélites espiões na década de 50.

* Hughes foi dono dos estúdios RKO de 48 a 55, e produziu muito mais filmes do que os dois ou três que são mostrados.

* Ele também foi propetário de uma companhia que explora petroléo que foi vendida mais tarde para George Bush Senior.

* Fundou em 53 o Hughes Medical Institute em Delaware, ele investiu todo o estoque de Hughes Aircraft Company no instituto, ficando assim livre das taxas do governo sob seus companhia milhionário de produção de armas. Mais tarde o governo investigou o caso e com o risco de fechar o negócio mas poderosos amigos de Hughes na casa branca encontraram um buraco na constituição e formularam uma nova lei, uma excessão para “organizações de pesquisa em saúde,” acabando assim com o risco de Hughes perder seu benefício.

* Vendeu a TWA em 66 por 546 milhões de dólares, em um moemnto em que a companhia estava sendo processada por ínumeros motivos. Foi então que Hughes se mudou para Las Vegas onde comprou vário hotéis.

* Inciou uma fase de profunda reclusão, e agravamento de sua doença. Nos últimos 20 anos de sua vida ele não foi visto em público ou fotografado, e morreu em 1976 dentro de um avião, indo para um hospital em Huston, o governo teve que usar as impressões digitais para reconhecimento do corpo de Hughes.

* Após a morte, apareceu muita gente declarando que seriam herdeiros de mais de 2 Bilhões de dólares que Hughes deixou, o governo também delarou que Hughes devia muito em taxas.

* O Flyng Boat de Hughes pode ainda ser visitado no Museu Evergreen em Oregon. Aqui ele é conhecido como Spruce Goose.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

Bored

Aqui estou, sentada na frente de meu PC, me matando para escrever um resenha sobre The Aviator e totalmente decepcionada com minha professora de Writting for Magazines.

Veja só, eu escolhi este curso, como um dos meus "electives" porque eu quero escrever para revistas mais do que qualquer outra coisa. E então me aparece a Miss National Lampoon - eu ainda estou descobrindo que tipo de pessoa trabalha para este tipo de publicação - e manda a sala inteira escrever sobre um mesmo filme.

Quer mais falta de criatividade do que isto? Eu não pago caro para não ter o direito de forçar meu cérbro a escolher um tema diferente para escrever. Se eu quisesse escrever sobre The Aviator, eu teria feito como meio mundo fez e teria ido ao cinema há muito tempo atrás. Não que eu seja contra o filme, veja bem, o filme é bom. Mas eu sou contra fazer o que todo mundo faz, ao mesmo tempo. Não quero um professor que entre na classe e lance um tópico comum no quadro branco e todo mundo escreve sobre exatamente a mesma coisa que TODO MUNDO já está escrevendo.

O importante é exercitar minha cabeça, procurar idéias, escutar o mundo ao meu redor, enxergar o que está acontecendo, sentir o que pode vir acontecer e nao go with the flow.

Como se não bastasse, nas aulas a seguir nós sentaremos em roda (aposto que é em roda) e vamos ler cada um o seu próprio texto, out loud, e nos criticar em conjunto. Mais uma vez, se eu quisesse um grupo de leitura, eu participaria de um, de graça. Tá cheio disso no craigslist.

Eu quero alguém com expriência em revista, que tenha algo para me passar, eu quero research. Quero trabalhar HOJE, profundamente, em cima de um tópico que tem que estar fresh daqui há quatro meses.

Bom, eu acho que tudo isso é para dizer: como escrever uma resenha de um filme de 3 horas sobre a vida inteira de uma pessoa excêntrica? Ah, e ainda ser original para não parecer com nenhuma das trocentas resenhas já publicadas para The Aviator.

O que dizer de Howard Hughes? He was bored out of his mind. O que um cara de 19 anos deve fazer quando se vê só com uma fortuna nas mãos em 1920? O que ele fez obviamente. Não tinha nada para fazer naquela época e que ele fazia me parecia óbvio. Bem se eu fosse milhonário da década de 20.

Pathetic.

Obs. Sobre o post abaixo, vamos todos nos lembrar que todos nós acordamos com o pé esquerdo de vez em quando. Bem, uns mais do que os outros. Bad day.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

Descanso

Os únicos jornais escritos em português que eu tenho tido tempo de ler são estes publicados aqui e com textos de qualidade, digamos, muito duvidosa. Esta semana eu cheguei no escritório com uma cópia de um destes jornais (um para o qual eu já trabalhei) debaixo do braço, e comecei a ler.

Notei que, de repente, eu estava com uma caneta na mão sangrando o texto da pessoa, editando e corrigindo tudo que eu lia e além das milhares de dúvidas que surgiram na minha cabeça ("Porque eu não tenho um emprego em um jornal, Meu Deus, e esta pessoa tem?"), apareceu também uma luz.

São quatro anos de blog. Ninguém visita este espaço, nem os parentes mais, não há a mínima necessidade de escrever para as paredes. So I figured: Why bother? Na verdade não há a mínima necessidade de escrever at all. Até porque escrever em português nem faz mais tanto sentido assim na minha cabeça. Eu sou leitora e não escritora. Therefore, eu sei editar e não escrever.

Neste semestre eu termino a faculdade de jornal na segunda melhor universidade deste país e o que isso me garante? Nada. Tem gente por aí que escreve muito mais e melhor do que eu. Depois de quase cinco anos trabalhando dentro de escritório é difícil enxergar qualquer coisa além de organização de files e agendas.

Assim sendo, eu me rendo e dou, no mínimo, uma pausa neste blog. Alí na coluna do seu lado direito tem escritores fantásticos que merecem muito mais a atenção de todos.

Um momento de realismo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Consumo

Como o aniversário passou e eu acabei não me dando nenhum presente - com excessão de um bolo de sorvete que eu adoro, acabei fazendo uma lista gigantesca (cheia de livros, cds, mochilas, e óculos) do que eu quero, depois fiz uma triagem e agora apareci com os produtos mais votados, que eu vou tentar comprar até o começo de abril.

Posters O problema é comprar e depois ter dó de pregar na parede, acontece constantemente.

Stationery Bikes Preciso destruir este pneus de uma vez por todas.

MP3 Agora sim eu tenho coragem de pagar um valor razoável por um MP3 maios-ou-menos.

Ah, o show do Oasis ficou para trás, minha cadelinha (que nome...) está doente no Brasil, o que gera custos.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005

Nightmare

Este final de semana quando eu passei a noite inteira acordada atrás do Afonso que tinha desaparecido e foi finalmente encontrado (muito, mas muito mais tarde) num hospital- "beat up" - eu tomei uma decisão, que obviamente deveria ter sido tomada há muito tempo, e vou acabar com o pesadelo americano (é, sonho my ass!) e vou me mudar.


Estou realmente lutando para achar alguma coisa, já há algumas semanas, mas está impossível. Eu moro num apartamento grande e velho de dois quartos bem espaçosos, com todas as utilidades incluídas e pago uma miséria, menos do que o valor de 1 quarto para alugar. O dilema viver num local bom e barato mas sem ter paz e viver num local pequeno e caro mas em paz acabou. A segunda opção venceu.


Para quem tem interesse em saber o valor de 1 quarto para alugar em NY/NJ, Trisate area, aqui vai a lista mais famosa de todos os tempos, Craig's List NY. É de deixar o queicho cair.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

Jet Crash





11 Feridos e 2 Desaparecidos.


O Teterboro Airport é pequeno e 90% dos voôs originados ali são de aviões de pequeno porte e particulares. Hoje um deles atingiu o prédio do aeroporto (que por acaso é onde o meu ex-host father trabalha) e causou pânico no povo, eu mesma já recebi várias ligação para confirmar se é ataque terrorista (!!!).


É incrível a capacidade do povo de entrar em pânico até quando acidentes (aparentemente) acontecem!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005