segunda-feira, 25 de abril de 2005

Chicago

Eu tenho uma convulsão a cada vez que páro para pensar que vamos para Chicago. Eu vou ter zilhões de orgasmos vendo estas bandas. Mal consigo me concentrar no trabalho, não consegui dormir. Conversando com um amigo no telefone, em meio aos meus ataques eu fui obrigada a explicar: "Yeah, well, I'm kind of a Rock'n'Roll Whore." A melhor frase de todos os tempos.

Hoje de manhã eu tentei voltar ao normal e começar a me preocupar com as coisas práticas. Estamos procurando os tickets de avião para Chicago. Gostaria de saber se alguém tem alguma dica de site muiiito barato. É uma super-budget-trip fora de hora. Se nós tivéssemos vergonha na cara não estaríamos viajando. Então encontramos os tickets da Independence Air (minha preferida, aquela que tem o slongan "I'm Not Normal," eu tenho imãs deles pela casa toda!), por cerca de $79.00 one way.

A estadia está garantida no Chicago International Hostel, que parece ficar no centro da cidade, e é super barato, $19.10 a noite. Se o pessoal conhecer a área do Grand Park e tivesse dicas para nos dar seria ótimo! Vai ser uma pena não ter tempo para conhecer Chicago, que deve ser lindíssima, e tem uma fama ótima por estes lados de cá.

domingo, 24 de abril de 2005

Lollapalooza 2005

Imagine você sair de casa no sábado de manhã para ir á uma fazendo. Lá você encontra cinco tendas, e artistas fantásticos cantando em cada uma delas. A festa continua até as 11:00h da noite. No dia seguinte você faz o mesmo percurso, só que a bandas são diferentes, cerca de 60 delas, entre os dois dias. É verão, calor de matar, e você tem fazer escolhas. "Irei assistir Pixies ou Arcade Fire?" Difícil não?

Eu quase tive um enfarto em casa quando li a matéria da FOLHA. Loollapalooza 2005. A lista de bandas é esta: Pixies, Weezer, Widespread Panic, The Killers, Arcade Fire, Liz Phair, Black Keys e Death Cab For Cutie, Cake, Dashboard Confessional, Dinosaur Jr., Kasabian, Kaiser Chiefs, Louis XIV, Tegan & Sara, M83, Los Amigos Invisibles, Blue Merle, Redwalls, Changes, Dandy Warhols, Digable Planets, Brian Jonestown Massacre e Billy Idol. Tem muito mais.

A Lili no telefone e nós tomamos a decisão. Vamos para Chicago, estaremos no Grant Park. Eu não sei como, mas nem que seja engatinahndo daqui até lá, eu vou! Imagine uma crinaça de 10 anos indo para a Disney? Este é o meu equivalente. Eu vou ver The KIllers, eu vou gritar muito e dançar na grama. Eu vou ver Weezer! Todas a bandas que eu perdi de ver e queria muito, pelo preço de uma só. Bem, isso se você não contar o ticket de avião. Eu falei que eu ia ver The Killers nem que fosse do alto de uma árvore!

Alguns dizem "All you need is love." Eu respondo: "Indie Rock'n'Roll is all I need."

Glamorous
Indie rock'n'roll is what I want
It's in my soul, it's what I need
Indie rock'n'roll, it's time
Two of us
Flipping through a thrift store magazine
She plays the drums, I'm on tambourine
Bet your, your bottom dollar on me

sábado, 23 de abril de 2005

Maldito Homeless

Às vezes eu odeio esta cidade tanto, que minha cabeça acaba explodindo em enxaqueca. Eu acordei cedo, fui para aula, saí no meio do curso, fui pegar trem correndo para a Times Square para usar aquela internet barata e comprar os tickets para ver The Killers. Tudo perfeito, se não fosse por Murphy, meu melhor amigo, nunca me esquece, e o homeless bandido que ateou fogo na subway.

Explico: há um tempo atrás (Lili me contou essa), um homeless foi fazer uma fogueirinha para se esquentar na Subway e acabou colocando fogo em meio quarteirão, debaixo da terra. Resultado: trens C e E não estavam funcionando, assim como o A Express. Parece que eles vão demorar cerca de dois ou três anos para reparar a área que foi incendiada. Enquanto isso eu fico quase 30 minutos presa na West 4th Street, esperando por um metrô. Que ódio.

Quando finalmente eu chego na Times Suqare, NOVE minutos atrasada os Tickets para o Summerstage já estavam esgotados. Eu tentei online, no Irving Plaza, no próprio Central Park e finalmente na linha do Summerstage e nada! O carinha me contou que os tickets acabaram com três minutos de venda e que se eu quisesse eu poderia ver Alanis Morrissete no Radio City Music Hall. Maldido parque do summerstage que é supper-pequeno e não cabe ninguém.

Eu queria xingar o cara. Não tem nem comentários. Eu vou perder The Killers. Isso significa pensamentos suicidas por uns três meses. Argh.

Mas eu não desisto, no dia 4 de Junho eu estarei no Rumsey Field, nem que seja para escutar The Killers cantar de longe, do outro lado da grade ou do alto de alguma árvore. Beleive me.

***

Turns out we ARE going to see Alanis.

Despis que liguei para a Lili e contei o ocorrido ela se animou e comprou os convites para vermos Alanis. Que deve ser fantástico, mas mesmo assim eu continuei aborrecida.



***

Sábado a noite, sozinha em casa, assisinto Saturday Night Live com a Kelly Clarkson. Só motivos para risadas e performances na frente da TV. Hilário.

sexta-feira, 22 de abril de 2005

Fato

Todas as bandas que você vê de graça no Siren Music Festival do Village Voice on Julho em Coney Island, você acaba pagando uma fortuna para assistir um ano mais tarde no Summerstage em Manhattan. O Village Voice tem uma visão incrível!

quarta-feira, 20 de abril de 2005

Mexico

Há quatro meses atrás meu escritório mudou de Belleville para Newark. Desde então eu estou acostumada a ser olhada como ET quando digo que "Não, eu não entrei pelo México," ou "Sim, eu entrei com visto de trabalho," e até, "Não, eu não nasci aqui." 99% dos brasileiros que moram nesta área aqui entraram no país ilegalmente. Ou pelo Mexico, ou com visto falsificado.

O mais engraçado é que o pessoal não faz esta loucura apenas uma vez não. Dois dos meus chefes (eu tenho 3 major chefes e suas respectivas esposas), não só entraram pelo México como não deixam de tirar férias no Brasil. Um deles me disse que não deixa nunca de visitar o país, conhece todos os melhores coiotes e todas as formas de visto falsificado. Duas vezes ele entrou no país passando pela imigração normalmente com um passaporte comprado e só sua foto alterada no visto. Das outras ele veio pelo México.

São histórias fascinantes. Não há como não imaginar por quê uma pessoa se mete a fazer algo deste tipo? Que tipo de vida miserável no Brasil esta pessoa tinha para se submenter a isso? É tão melhor assim a vida aqui? Até que ponto isso vale a pena?

Um dos meus chefes está trazendo os três filhos da atual esposa, todos vindos pelo México. Até perguntei se ele não tem medo, disse que se fosse minha família eu nunca os submeteria a isso. Ele, "bobagem, eu conheço todos os coiotes que estão naquela fronteira, eles vão vir com tratamento de primeira classe, nem vão ter que andar."

Hoje, este mesmo chefe me pediu para digitar a carta que ele escreveu para a mãe há 12 anos atrás quando chegou na América pela primeira vez. As folhas estão amareladas, se despedaçando, ainda asism é impossível não se emocioar. Esse povo tem uma coragem imensa.

Eu continuo sem entender tudo isso. Às vezes, quando eu páro para pensar na minha vida eu fico em dúvida se eu não estou fazendo merda. Enquanto eu poderia estar vivendo no Brasil, uma vida normal de uma menina de 19-23 anos, dentro da casa da mãe, perto da minha família e amigos, ter me formado, ter carro, ter o direito de dirigir eu vivo aqui. Eu larguei a vida fácil de lá porque amo outro lugar. Só sou feliz aqui, nas minhas dificuldades diárias, porque eu tenho um orgulho imbecil de dizer, desde os 19 anos, eu não vivo com nenhum centavo da minha mãe.

Não sei quem é o mais burro, eu ou eles. Eles que estão lutando por uma vida melhor, e estão conseguindo e eu que de melhor aqui não consegui nada. Quando se eu estivesse no Brasil poderia estar formada, trabalhando na miha área, perto de gente que amo, com mordomias aos meus pés, nunca ter engordado assim, mas mesmo que tivesse poderia emagrecer fácilmente, poder operar ,meus olhos mípes, tratar meus pulsos fodidos e meus joelhos doídos...

***

Depois que eu digitar a carta eu copio os trechos mais interessantes aqui!
O meu lado jornalista não deixa de espiar como a gramática do meu chefe era boa, mesmo assim eu quero "editar o texto."

terça-feira, 19 de abril de 2005

KILLERS

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Sábado eu vou sair mais cedo da aula e voar para a Times Square para usar um destes cafés-internet por $1.00, enquanto isso a Lili vao voar no parque e vamos ver quem consegue comprar primeiro e mais barato. É uma luta para garantir tickets aqui, e este eu não posso perder por nada neste mundo!

segunda-feira, 18 de abril de 2005

Summer-stage

O verão é uma época do ano tão fantástica por aqui, não só pelo tempo que já está lindo e superquente, mas pelas coisas que acontecem na cidade. Hoje eu me peguei anotando na agenda os progrmas até Outubro(!!!), para não me atrapalhar e marcar duas coisas no mesmo dia. Então aí vai:

Abril:
22- O Homem que Copiava - The Man Who Copied, eu quase me matei do nome, mais um para a lista de traduções mais toscas do títulos de filmes. De qualquer forma eu esperei muito tempo para o filme estrear aqui! Bem, o filme não estava em nenhum dos dois cinemas que eu visitei. Aacabei desistindo de ver o filme. Passei a tarde rindo na cama com quatro meninas. Se trocadilhos.

21 - Tribeca Film Festival - O famoso festival de cinema fundado pelo Robert De Niro, o mais próximo de Sundance que dá para chegar. Eu ainda não tive tempo de olha nos 158 filmes que vão ser apresentados no festival, quero ver se assisto pelo menos algum brasileiro e o 9 Songs.

27 - 9 Songs - Eu estava desesperada com a data de estréia deste filme por aqui: Novembro 11th. Eu já tinha assistido o trailler umas 200 vezes, indicado para todos os meus amigos e me correoído de édio por não morar na Europa ou no Brasil e poder ver o filme que reúne as duas melhores coisas do planeta: sexo e rock'n'roll. Um casal se conhece num show do Black Rebel Motorcicle Show e volta para casa juntos. Daí en diante, todos os shows que eles se encontram - 9 no total, 9 bandas incríveis! - eles voltam para casa e passam alguns dias fazendo sexo. Quer um plot melhor que este?

Maio:
18 - Aniversário do Afonso - Vou acabar tendo que arrastar o Afonso para afzer algo fun no aniersário dele, no mínimo um teatro.

- Viagem para Washington - ainda não está marcado mas pretendemos passar um final de semana em washington, curtir os bares, e visitar a maior quantidade de Museus possível. Dormir me hostel novamente. Não vamos mais para Washington por conta do Loolapalloza. Vamos à Chicago instead.

Junho:
Formatura - Eu termino o curso de Legal e Ethical Issues in Journalism em Junho e finalmente pego meu certificado. Eu não aguento mais esperar! Demorou demais para eu conseguir pagar por todas as cadeiras e agora, mesmo que tudo dê errado (não vai dar, eu sei!), pelo menos eu terminei o que eu vim fazer aqui.

04 - The Killers @ Summerstage - Espero que até lá os shows do Summerstage já estejam TODOS anunciados. Incrível a demora deste ano, no ano passado, nesta mesma data, o calendário completo do festival já estava na internet. Este ano eu estou visitando o Ticket Master diarimanete, e hoje saiu o show do The Killers. Finalmente! Eu estava deseperada procurando shows desta banda, não tinha nenhum em NYC e 200 na Califórnia! Que alívio! Mas uma coisa está me deixando completamente curiosa neste show, duas na verdade: quem vai abrir o show e neguinho de apresentando de terno e gravata de baixo de um sol de 45º! Só se eu assistir do alto da árvore né.

07 - Keane @ Radio City Music Hall - Ah, Keane! Que maravilha que vai ser este show! E fazia muito tempo que eu estava doente para ir no Radio City. Eu queria que o show fosse hoje.

15 - Alanis Morrissete @ Radio City Music Hall - Este ano é sem dúvida meu melhor ano aqui, em que eu tenho menos dinheiro e estou aproveitando mais. Vamos ver Alanis, que eu queria há muito tempo no Radio City. Nós quatro, Eu, Ju, Lili, e Karina. Quarteto terrível esse!

Julho:
Mama - Ela chega aqui no final de Junho (se tudo der certo, dedinhos cruzados) e eu pretendo passear bastante e curtir muito a mamãe já que ela provavelmente não vai voltar no Natal. Não tem sentido minha minhã vir para cá no frio, ná dá para sair de casa, não dá para passear, viajar, fazer nada! Além disso eu não faço a mínoma questão de Natal ou Ano Novo.

Philadelphia/ Boston - Se a mamãe vier relamente, além de arrastá-la para o centra Park Summerstage, eu quero levá-la para um final de semana em Philly ou Boston. Dedinhos cruzados ao quadrado!

Loolapalloza 2005 - Washington - Meu motivo de risadas fora de hora. Minha disneylandia.

Agosto:
12- Disney - Pela primeira vez em quase QUATRO ANOS eu vou tirar 10 dias de férias e vamos, só as meninas, para Orlando. Realizando dois sonhos em um só, Disney e Férias. Eu não consigo esperar. Vai ser meu presente para mim mesa de formatura! Já comprei Guia e já fiz lista de compras e itinerário!

Setembro:
Estágio - Já que eu sou pobre e não posso me dar ao luxo de aplicar para um estágio full time e parar de trabalhar para me dedicar a escrever, eu vou aplicar para um estágio part-time, em um jornal ou revista na cidade. Torcendo para que alguém me aceite trabalhando apenas noites e finais de semana que eu que aguente o traco! se der tudo certo vai ser fantástico e vai fazer muito bem adicionar um estágio em um veículo americano no meu currículo.

Outubro:
Fall - Final do Verão, começo do inverno e do frio de matar. ültimos shows, e passeios ao ar livre. Pegar firme no estágio e começar a aplicar para o curso de Art History ou English LIterature. espero ter me decidido até lá, minha porção Libra me atrapalha a vida!

11 - U2 - Show do U2 em um sábado a noite, sozinha. Eu só vou porque é U2, praticamente uma obrigação ver um show deles antes de morrer. Sem contar que How to Dismantel a Atomic Bomb é muito bom!

Uma resumida nos planos, e de acordo com as mudanças eu vou atualizando esta lista que é muito mais útil para mim do que interessante para os outros. Só uma coisa me perturba, o ditado "Quer fazer Deus dar gargalhadas? Faça Planos." Very Disturbing!

Rachel's Holliday

Minha amiga me escreveu numa tarde destas que eu TINHA que ler o Férias (Rachel's Holliday aqui), porque fui EU quem o tinha escrito. Ela disse que ler o livro a tinha feito lembrar de mim a cada 5 minutos, o jeito que eu falo e exagero as coisas... Seungo ela era fantástico.

Eu acabei comprando Rachel's Holliday e na primeira frase eu começo a me matar de rir. "They said I was a drug addict." Eu imaginei a imagem que minha melhor amiga tinha de mim. Que coisa! Eu mudei muito, pensei. Nos primeiros capítulos eu adorei o livro, principalmente os que se referiam à vida de Rachel em New York, e achava chatíssimo aqueles que se passavam na Irlanda.

No meio do livro eu queria enforcar minha amiga. Com excessão da forma como as duas (eu e Rachel) falam e o problema com o peso, nós não tínhamos nada a ver, Rachel é fútil, obssecada com padrões, lables, status, imagem, não gosta de teatro, cinema, só quer saber de fazer festa e encher a cara, não tem o mínimo de consideração pelos outros, não respeita a melhor amiga, enfim, o tipo de pessoa que eu odeio.

Eu acabei escrevendo um e-mail desaforado a esta minha amiga, ofendida, escrevendo linhas e mais linhas de argumentos e provas de que eu não tinha nada a ver com Rachel. Acabei perdendo o interesse pelo livro e odiando a personagem que realmente é fraca, insegura, maria-vai-com-as-outras, argh. Rachel me irritou. No final o livro ainda acaba com um conto de fadas, beijos e tudo mais.

O livro te faz pensar. Porque nós destruímos o nosso corpo como fazemos, seja com alchool, com drogas ou com cigarro. Eu parei para pensar porque nós nos matamos diariamente fumando maços e maços, por que nós acabamos atrabalhando nosssos relacionamntos com outras pessoas por conta de nossos vícios, no meu caso cigarro, comida, e gastar dinheiro. Você acaba fazendo terapia junto com a Rachel, pensando na sua vida inteira, na sua infância, no que nos leva a ser tão infelizes e nos odiarmos tanto a ponto de machucarmos o nosso corpo... Interessante.

Adorei a forma como Marian Keyes escreve. Eu sou totalmente incapaz de ecsrever ficção, meu cérebro não suporta passar muito tempo focado num mesmo assunto (será que eu tenho AADD?), mas se algum dia eu ecsrever qualquer livro, será algo muito próximo de Férias. Entretanto a história me deixou brava. Eu não gosto de Rachel, acho ela medíocre, e ela não merecia o gostoso do Luke Costelo (que na minha imaginação é algo de Jude Law com Julian Casablancas).


Pesquisando na internet eu vi que o filme está para começar a ser filmado em breve e a Rachel vai ser feita pela Catherine Zeta Jones. Mais um vez fiquei revoltada. Como pode uma mulher tão maravilhosa como a Catherine Zeta-Jones ser a Rachel? Rachel é grande, gordinha (como eu...), complexada pela aparência. Péssima escolha. Agora eu estou louca para saber quem vai ser o Luke Costelo.

domingo, 10 de abril de 2005

Nick Hornby + Fever Pitch

About Nick Hornby

Nick Hornby é um dos meus escritores favoritos. Ele não tem frescura, escreve num estilo completamente conteporâneo, não usa palavras-firulas, só para se fazer cool e dizer que é intelectual, e ainda assim escreve incrivelmente bem. É tão bom quer atér quando o assunto começa a ser chato (Fever Pitch - futebol para mim é muito chato) ou sério (quando fala sobre seu filho Danny que é autista), o faz tão bem que o texto fica leve, agradabilíssimo.

Eu posso listar uma infinidades de características que Nick Hornby tem que me fez ler (quase) todos os seus livros. Não tem preconceito (vide I'm Like a Bird), mesmo sendo um amante de música ele não se prende aos clássicos do passado, desprezando tudo que é novo, escreve com tanta paixão que é impossível não se sentir contagiado pelo seu amor á música e a Marvin Gaye e ouvir os cds do cara, e entrar no embalo junto com ele (Songbook). High Fidelity é um marco na minha vida, o amor que ele trânsmite ao que ele acredita e á música está traduzido nas letras daquele livro.

Eu amo Nick Hornby, é um dos poucos ídolos que eu tenho, ainda assim, eu tenho vontade de dar um croque na cabeça dele quando ele começa a reclamar que não cosnegue escrever letras de música, e passar a frustração por nunca ter se tornado um compositor. Segundo ele, ser compositor é o trabalho mais difícil e gratificante da Terra. Eu digo que Hornby is such a whiner. Se eu tivesse nascido com o talendo que o cara nasceu, de conseguir falar, por páginas e páginas, sobre uma música, ou traduzir o amor e à dedicação aos que se acredita como ele faz, se eu tivesse 1/3 do talento que ele tem, eu não estaria por aí reclamando por não ser um songrighter. Ok, mentira, é claro que eu estaria por aí reclamando por não conseguir escrever algum tipo de coisa, mas ainda assim... Nick Hornby é um gênio pop, e ele deveria ter completa consciência disso.

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About Fever Pitch

Ao mesmo momento que deve ser fantástico você ver um livro seu ser traduzido para o cinema de uma maneira tão linda como foi High Fidelity, deve ser apavorante. O medo de o grupo diretor/produtores/roteirista/atores destruir a idéia de uma obra na qual você trabalhou com tanto carinho deve ser incrível. Hollywwod já trabalhou três livros de Hornby, High Fidelity, About a Boy e Fever Pitch. Falando gradualmente em cada um deles. High Fidelity é excelente filme, John Cusack simplesmente está fantástico alí, é impossível não amar. Ainda assim, a regra, não tão bom quanto o livro se aplica. About a Boy não carrega nem 50% do que o livro significa. Hugh Grant não é o melhor ator do planeta, e o roteiro é falho, pobre em muitos momentos. Agora, O QUE É QUE ESTE POVO FEZ COM FEVER PITCH?

O filme é uma bosta total. Os diálogos são pobres, não há contexto, o roteiro é cretino, a tradução para a cultura americana mata muito do chame da coisa, e RED SOX é de chorar! Mesmo com Drew Barrymore, que eu amo, e Jimmy Fallow, o filme saiu podre. Acaba parecendo que os atores são péssimos, por conta dos diálogos patéticos. Eu saí do cinema me sentindo mal pelo pessoal que trabalhou no filme e furiosa por Hornby. Deve ser muito, mas muito decepcionante mesmo.

O pior é que o pessoal não sabe diferenciar o filme ao livro e no final ads contas é Hornby que sai com a fama de mal escritor, o que não é verdade, para quem gosta de futebol o livro é fantástico e a mensagem final de pretar atênção à suas prioridades e amores, e em como as coisas que você gosta podem afetar a sua vida é linda. E foi tão pobre, tão mal explorada no filme.

Saí do cinema muito, muito triste.

quarta-feira, 6 de abril de 2005

Sin City




Acima de tudo, o filme é hot. Eu saí do cinema me sentindo o menor dos seres humanos, e querendo ser qualquer uma das pessoas que teve, nem que fosse um pouquinho assim ó, a ver com o filme. É uma obra de gênio e eu não sou digna de escrever crítica sobre tal. Mas isso não me impediu de sair do cinema e gritar "Man, that's just FANTASTIC!!!"

Eu passei o filme inteiro chorando de felicidade pelo cast, os diretores, as cores, os efeitos, os Defeitos. Não tem como fugir, quando eu vou assistir uma produção deste tipo eu sempre fico caçando erros de corte de cena, e problemas no roteiro (que este filme apresentou muitos). Mas o resultado final, a imagem, são incríveis.

É o filme mais lindo do século. E tem Clive Owen, e Brittany Murphy que eu amo de paixão, e ela está com aquele olhar de louca, e cara de bêbada! Ai, eu estou simplesmente apaixonada pelo filme. E o Elijah Wood está fantástico, eu nunca gastei muito tempo nos quadrinhos, mas o filme é belíssimo!É simplesmente um comic book animado. Sem tirar. As cenas são quadros, literalmente, a narração é perfeita, idêntica a narração de comics. Os diálogos são curtos, exatamente como em um comics, é assistir e delirar. Os HQ-freaks com certeza vão amar.

Não, não adianta querer escrever sobre isso agora, eu só vou melar. Daqui a pouco o filme deixa de ser preto e branco e se torna cor-de-rosa.

sexta-feira, 1 de abril de 2005

Notes

Duas semanas terríveis estas desde que voltei da Philadelphia. A primavera realmente chegou, e a chuva, 24 horas lá fora, não pára. O Spring break, se tornou uma correria para atender a diferentes compromissos marcados todos no mesmo horário. Finalmente, depois do dia mais estressante, sentei aqui para contar das últimas.

Eu tento, neste momento, focalisar no show do Keane (Radio City Music Hall - Junho 7) e do The Killers (ainda não está marcado, mas eu sei que será, em breve)como recompensa pela vida aqui. Quanta contradição!

Em três anos por estas terras, eu fui assaltada duas vezes. Duas vezes, dois brasileiros diferentes. Está no sangue. O primeiro vivia dentro da minha própria casa. A prova viva de que alugar apartamento para roomate desconhecido é o pior negócio. Talvez saia mais barato morar sozinha mesmo. O segundo entrou no escritório da Companhia na quarta-feira a noite. Levou cash e meu PDA. A culpa, é lógico é minha.

Gritos e mais gritos depois, a única coisa que eu poderia pensar é "calma, você está pagando pelo direito de não estar aqui, calma..." Newark é o verdadeiro inferno na terra! Outros pensamentos me vieram na cabeça "abra a boca e passe três meses trancada dentro de casa e sem salário." Impotência total. Frustração digna de dar câncer na garganta.

O pior, não é não poder abrir a boca no trabalho. O pior é chegar em casa e ainda escutar "eu não quero ouvir."

Ok, again, killers, keane.

Keep in mind, killers, keane.