segunda-feira, 29 de maio de 2006

Isolada

Como se já não bastasse perder o i-Pod, agora eu estou sem internet. Mais de uma semana sem contato com o mundo! Ai, ai...

Bom, se você não entender o que o i-Pod tem a ver com a internet, bem... é coisa da minha cabeça!

sexta-feira, 26 de maio de 2006

SHIRLEY

Imagine, morar no quarto andar de um prédio sem elevadores. Fazer a mudança com ajuda de apenas outras duas pessoas. Resultado: três seres aleijados.

Conversa que explica meu estado pós-mudança:

Mary Jane: Menino, como você está? Tipo, como estão as suas batatas da perna e os músculos dos braços? Caralho!!! Eu estou praticamente um vegetal. Fiquei aleijada! Não ando, juro! Eu me arrasto pelas ruas desta cidade maravilhosa. Pareço aquela manca daquela novela que tinha o jamanta!

uuahuhuauhauauha

Mijei de rir agora!

Como aquela manca chamava? Irmã sa Sandrinha, lembra?
uahauhauhauahua

Então, não tem como habitar aquele apartamento, olha o trocadilho = apertamento! Cara, tem tanta merda, eu não consigo caminhar lá, nem achar nada, eu tô tendo que ir dormir na casa do Babe.

Vai levar tempo pra eu me acostumar! Ah, te vi ontem! Passou por mim em Harrison. Leonardo não quis me levar no trabalho e me deixou an rua do Path e você passou! Quase que sai correndo atrás do seu carro, pena que agora eu sou manca!

Saudade, seu porco!
Beijos!

Ps. eu vou aí assim que minhas pernas sararem!

A Palhaçada do World Trade Center

WTC

terça-feira, 16 de maio de 2006

Antes

Ah, claro: as fotos!

Este é o quarto:





Banheiro pequenino:





Cozinha:



Futuro closet:







Estas fotos mostram que o glamour da minha vida está na absoluta falta de glamour.

Casa nova

Tô indo tirar fotos da minha casa nova. Quando eu voltar, com as fotos na máquina, eu conto a história toda!

Vou me mudar, finalmente!

up-date:

Eu me mudei para o apartamento onde eu moro hoje em Setembro de 2002. Ou seja, eu moro aqui há quatro anos. Praticamente. Eu tive uma dificuldade tão grande para alugar este apartamento. Eu morei por dois meses em um lugar horrível, pagando barato, e juntando cada centavo para conseguir três meses e meio de aluguel (1 e 1/2 de security deposit + 1 de taxa da imobiliária + 1 de aluguel adiantado), tive que passar meu Social Security, para eles checarem meu crédito (que não existia na época, eu morava nos EUA por menos de um ano), e tive que apresentar carta de recomendação. O jeito americano de se alugar um imóvel, através de imobiliária e com contrato é esse.

O apartamento é grande, tem dois quartos, sala, cozinha, e um banheiro enorme (perto do banheiro do apartamento para o qual eu vou, este é gigante!). E o melhor de tudo, o aluguel é controlado e não pode sofrer alteração. Em quatro anos, aumentou apenas duas vezes. Deste aumentos simbólicos. O prédio é bem velh. Na verdade, é o prédio mais velho da cidade. Então, a louça do banheiro e da cozinha é no estilo anos 60. Muito a minha cara.

Fora o fato de o apartamento ficar no quarto andar e, justamente por isso, não ter elevador, era a única coisa que me incomodava muito. A cidade é uma graça e minha rua é a rua do correio, prefeitura, departamento de polícia e bombeiros. Perfeito, certo?

Errado. Pelo apartamento ser de dois quartos, eu sempre tive que alugar o segundo quarto para outra pessoa, para poder me ajudar com o aluguel. Por isso, eu sofri muito.

Em quatro anos moraram aqui seis pessoas diferentes. Conbstantemente eu me sentia insegura, sem saber se no mês seguinte eu teria alguém no apartamento me ajudando com o aluguel. Uma vez eu fui roubada por um roomate, e em outra o moço se mudou e "esqueceu" de me avisar e de pagar o aluguel.

Um inferno! depender de outra pessoa para morar em qualquer lugar é o fim do mundo. Assim, decidi me mudar.

O Leonardo se mudou recentemente, para um lugar pequeno, mas em uma cidade muito gracinha. Foi aí que eu descobri que eu poderia ter um lugar menor e só meu. Ver o Léo tão contente com a casa dele e arrumando tudo tão direitinho me inspirou.

É, para algumas pessoas, não basta levar na cara. Demora quatro anos para cair a ficha! Sim, eu sou lerda!

É hora de eu ter paz na minha vida e de não depender de mais ninguém para pagar meu aluguel. Se no final do mês, eu não tiver o valor total, vai ser por culpa total minha.

Então eu fiz o contrário do que qualquer pessoa normal faria. Ao invés de encontrar o novo apartamento e depois dar o aviso para a imobiliária, eu dei o aviso na imobiliária (por escrito, com carta registrada), e depois fui procurar o apartamento.

Na semana passada eu encontrei um lugar lindo. Na cidade ao lado, a mesma distância de Manhattan - esta cidade tem uma avenida chamda Schyller,porque de lá pode-se ver o skyline de Manhattan.

A casa (é, eu vou morar em uma casa!), é uma graça. O meu apartamento fica no segundo andar (é um avanço de dois andares!), e tem apenas um casal de chineses morando no apartamento do primeiro andar. Os donos são um casal de portugueses velhinhos, que me lembram muito minha vó.

Confesso, também não foi fácil alugar, sendo brasileira (you know, brasileira é sinônimo de puta no dicionário português), mas eu os convenci que sou uma puritana. Ui!

Acabei de buscar as chaves e fotografar o lugar. Começo a levar minha mudança amanhã. É claro que o lugar é bem menor que o meu, mas pelo preço que eu consegui, foi um milagre o apartamento ter quatro dividsões (quarto, sala, cozinha e banheiro).

Por dentro, a casa me lembra uma casa de camping, toda de madeira, parece casa de boneca! O baheiro é bem pequeno, mas eu tenho certeza que dá para aplicar estilo em tudo e deixar muito bonitinho.

A sala será meu walking closet. Eu tenho tanta tralha, tanto sapato, tanta merda, que um closet comum não comporta tudo. E eu nem preciso de sala, quando eu estou em casa eu me jogo na cama e de lá eu não saio.

A cozinha é boa para minha mãe. Eu sou turista de cozinha, frequento o cômodo apenas para abrir a geladeira para pegar bebida. Nunca como em casa e quando como é porque eu pedi delivery.

O quarto eu sei que eu consigo trabalhar a ponto de deixar do jeito que eu gosto! Enfim, no dia 24 eu me mudo, e caralho! E vou morar sozinha!

É claro, eu moro sozinha desde os 19 anos. Mas ter que dividir apartamento com roomate não é exatamente morar sozinha.

Vou sentir muita falta do Arthur, principalmente porque o bastard vai embora para o Brasil. É delicioso acordar e contar piadas para ele, cantar músicas com rimas, e fazer todas estas coisas absurdas que nós fazemos morando aqui juntos há quase um ano.

Mas é hora de vida nova, que começou alí com o emprego novo. Só vai ficar faltando i-Pod e namorado novo para completar! ;-P

segunda-feira, 15 de maio de 2006

05/15

Que noite incrível para a televisão. O presidente Bush em pronunciamento direto da Casa Branca, falando sobre a imigração. Defendendo a proteção da fronteira com o México, avisando que vai mandar o exército pra lá, e dizendo que o Senado tem que entrar em uma cordo NESTE MÊS, e criar uma lei para resolver o problema dos mais de 12 milhões de ilegais presentes aqui.

É importante ressaltar que, para o governo, ilegais são apenas aqueles que entraram no país sem nenhum tipo de documentação. Aqueles que entraram aqui, como a maioria dos brasileiros, com um visto de turista de 10 anos, e que extrapolaram a permanência, não estão inclusos neste número. Imagina o número real...

Enfim, a discussão este mês vai ser apenas uma: como unir dois pontos completamente diferentes. Como encontrrar o meio-termo entre deportar todo mundo e legalizar todo mundo?

Este debate eu vou assistir de perto! ;-P

***

Último episódio de Prison Break.

A maluca da vice-presidente (que é a mesma atriz que faz a terapeuta dos agentes de Alias!), é convidada a desaparecer do mapa, caso contrário, ela morre.

Os fugitivos mais amados da televisão correm pra lá e pra cá, discutem uns com os outros, se batem, se matam, e finalmente, Lincoln Boroughs fica livre. O caramba! Os filhos de uma puta transferiram todos os bafos para uma segunda temporada. Agora eu vou ter que esperar até o outono para saber o que vai acontecer.

Damnit.

***

Faz um tempo já que a ABC colocou os episódios de cinco séries na internet. Você pode assistir o episódio que você quiser DE GRAÇA! Um bafo! Fim da era em que eu pagava o i-Tunes para assistir as coisas simplesmente porque eu não tinha paciência para baixar.

E eles ficam disponíveis assim que o episódio acaba de ir ao ar. Uma maravilha!

domingo, 14 de maio de 2006

Casamento

Minha melhor amiga se casou! Já era de se esperara, ela é daquelas que encontrou alguém maravilhoso e que a faz feliz. Há seis ou sete anos aconteceu isso. O casamento foi apenas uma consequência.

O ruim é não estar por perto, para dividir com ela este momento. Aí, esta semana, chega a foto. Linda, de vestido preto, uma bota maravilhosa até o joelho, aqueles cabelos escuros e grossos maravilhosos, arrumados em um penteado.

Ela tomou todos os cuidados para não ser cafona e se casar no mês de maio. Fez a cerimônia no civil em abril e a festa será em julho. Meu orgulho. Ela é uma daquelas pessoas que fazem tudo da forma mais perfeita possível (sob o meu ponto de vista, claro).

Destas pessoas que combinam tanto com você, que até te assusta. A menina casou de preto, como eu, você acredita nisso?

E eu, toda orgulhosa, mostrei a foto para os meus amigos, morrendo de felicidade. Eu nem tenho que dizer nada do tipo: parabéns, ou coisa parecida. Ela sempre soube que o relacionamento dela é a minha esperança de que relacionamentos podem dar certo. E que eles continuarão a ser felizes é fato.

Minha melhor amiga se casou!
Cacete!

sábado, 13 de maio de 2006

O assunto da semana

Como o ser humano é miserável sozinho. Eu fico chocada ao ver o que as pessoas são capoazes de fazer para não se sentirem sozinhas. Cada uma acaba desenvolvendo algum tipo de mecanismopara se defender da solidão.

É claro, eu estou falando daqueles que, como eu, nunca tiveram a sorte de achar alguém de verdade para dividir a vida.

Há pessoas que se se jogam para fora de casa, em uma série de encontros e descontros sem nenhuma importância, apenas para sentir que tem alguém por perto.

Outros, desenvolvem inúmeras técnicas para fazer da casa vazia, um lugar seguro, atrativo e interessantes.

Eu me incluo no segundo grupo. Acabei fazendo da minha casa um centro de diversão. Passei a vida desenvolvendo hobbies (música, televisão, cinema, produção de vídeos caseiros, fotografia), para me sentir bem acompanhada por mim mesma.

Este assunto foi a manchete na minha cabeça esta semana. E no final das contas eu acabei alugando "Shop Girl" - um filme baseado no livro do Steve Martin, que eu sempre odiei, mas que queria ver apenas porque Death Cab for Cutie faz parte da trilha sonora.



Ironia, ironia.
Não é que o filme fala do mesmo assunto?

A personagem da Claire Danes tem uma vida miserável e solitária em uma cidade estranha (sunny LA!). Ela acaba conhecendo dois homens absolutamente diferentes um do outro.

O primeiro é um moleque. Interessando em arte e rock, não tem a mínima idéia do que está fazendo. O segundo é um homem de mais de 50 anos, com uma vida completamente diferente e entediante.

Todos eles tem uma coisa em comum: são seres miseráveis e sozinhos.

Na verdade, esta é uma coisa que a maioria de nós tem em comum. Miseráveis e sozinhos.

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Yahoo.com.br

Estão no Yahoo:

Lá vem o circo

Missão: agente com sentimentos

United 93 aterrissa em TriBeCa

Missão: NYC

Missão: vilão

Missão: agente pacifista

Entrando na ´faca´ com Dr. 90210

CORTEO

As matérias da BR Press estão todas sendo publicadas pelo Yahoo.com.br. Destas coisas que você está lá lendo o site como quem não quer nada, e bate de cara com umas 10 matérias suas, que você nunca saberia que estavam lá. Simplesmente bafo!

Entretenimento
Qui, 11 Mai - 15h45
Lá vem o circo


BR Press





Vanessa Mael, do Extra*/Especial para BR Press (Nova York, BR Press*) - O novo espetáculo do circo mais famoso do mundo, que vem ao Brasil pela primeira vez no segundo semestre, atrai multidões para a região de Randhal Island. Corteo é todo em italiano e abriu temporada do Cirque dia 25/04. Segue até 18/06. A próxima cidade a receber Corteo é Chicago. Las Vegas tem espetáculo permanente e, como o Cirque du Soleil é onipresente em vários cantos do mundo, tem agendada a turnê Saltimbancos na América do Sul, Brasil incluído. O show é a mais nova criação do grupo franco-canadense e tem como tema uma procissão (corteo, que significa "cortejo" em italiano). Apresenta os mistérios entre o céu e a terra, por meio da imaginação de um velho palhaço, interpretado pelo artista italiano Mauro Mozzani. O palhaço sonha com seu próprio funeral, ele parece mais contente do que com medo e imagina uma festa com uma atmosfera de carnaval. Pelos ares Corteo é um show de produção aérea – durante todo o espetáculo anjos sobrevoam presos por cabos de aço. Na transição aos céus, o palhaço ganha asas e faz o público se divertir ao aprender a voar. O espetáculo traz, entre os personagens principais, os anões encantadores Grigor Pahlevanyan e Valentyna Pahlevanyan, além do homem gigante Victorino Lujan. Belas garotas com figurino da década de 1960 realizam acrobacias sensuais penduradas a lustres de cristais – entre elas a brasileira Helena Sadanha. No ato Bouncing Beds, o palhaço retorna às brincadeiras de infância. Artistas dançam em camas elásticas, encenando uma briga de travesseiros intercaladas com saltos sincronizados. Nessa parte, um dos protagonistas é o brasileiro Gustavo Lobo, que realiza saltos mortais deixando boquiaberta a platéia. Sonho Outra cena vibrante é a parte em que uma cama pendurada por cabos traz o palhaço sonhador que tenta se equilibrar com muito bom humor. O efeito visual é espetacular, o público realmente é transportado para o sonho. Atos que levam à catarse são intercalados com apresentações mais lentas, como o momento em que a pequena Valentyna aparece amarrada a balões de ar. A artista anã é jogada com toda delicadeza pelo palhaço para a audicência e seus pés alcançam as mãos das pessoas na platéia. Um dos momentos mais inusitados de Corteo é uma apresentação de dança rítmica, com arcos, bolas e laços, finalizada com uma chuva de frangos de plástico, o que provoca muitas gargalhadas. Além disso, o palhaço anda sob uma corda-bamba de cabeça para baixo provocando um efeito chocante, enquanto um grupo de malabaristas brinca com arcos. Cirque du Soleil Lounge Não tem quem não saia encantado e mais leve da tenda principal. Do lado de fora, o Cirque du Soleil Lounge já está montado aguardando os convidados que quiserem dar uma esticada madrugada adentro. Chegar à ilha Randhal não é tarefa das mais fáceis. É necessário ir até a 125 th Street, em Manhattan, e de lá seguir até o cruzamento com a Lexington Avenue, com a opção de seguir de ônibus ou táxi para cruzar a Triborough Bridge, onde se pode avistar o circo. Na volta, o mais aconselhável é usar o barco que fica ancorado em frente ao circo. A viagem compensa o esforço. Temporada brasileira Após grande procura de ingressos em pouco mais de uma semana de vendas, será prorrogar a temporada de Saltimbanco, primeira produção do Cirque du Soleil a desembarcar no Brasil. As novas apresentações em São Paulo acontecem entre 28 de setembro e 15 de outubro, de terça a domingo. As entradas estarão disponíveis a partir desta quinta (11/05), em diversos pontos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Campinas ou pelo telefone (11) 6846-6000; outras localidades: 0300-7896846; e pela Internet: www.ticketmaster.com.br .

(*) Conteúdo do jornal Extra, publicado nos EUA, e distribuído no Brasil pela BR Press.

quarta-feira, 10 de maio de 2006

terça-feira, 9 de maio de 2006

Velma

Fui eleita a Velma do Scooby Doo. O tempo inteiro eu falo "Gente, eu tive uma idéia!", "Gente!" E os óculos colaboraram! Está definido!

Eleições em Newark

Às vésperas das eleições, esquenta o clima em Newark


Durante as semanas que antecederam as eleições municipais, a propaganda eleitoral tomou conta das ruas de Newark, NJ. Carros com auto-falantes circularam pela área do Ironbound fazendo propaganda dos candidatos. No dia (09), serão eleitos nove vereadores e um novo prefeito, já que o atual – Sharpe James -, declarou em março que não iria concorrer ao sexto mandato consecutivo. Mais de 120 mil pessoas estão registradas para votar, praticamente 40% da população residente hoje na cidade.


Prefeitura
Os dois principais candidatos à prefeitura, Cory Booker e o atual Senador por New Jersey, Ronald Rice, desenvolveram técnicas de campanha diferenciadas. Rice teve uma candidatura tardia, e em recente entrevista ao Jornal EXTRA, afirmou que aposta em um plano de governo baseado em 20 pontos que acredita serem fundamentais para o melhoramento da cidade. Entre eles estão questões básicas como moradia, segurança e educação.

O senador apostou em uma campanha baseada no popular “boca-a-boca”. Conhecedor da cidade e amigo da população, não raro encontra-se com ele em algum restaurante da área do Ironbound jantando com seus acessores. Confiante, ele apoiou o mandato de Sharpe James, acreditando assim, receber os votos dos eleitores do atual prefeito. Com um orçamento limitado (estima-se que por volta de $180 mil), é difícil encontrar pelas ruas da cidade cartazes ou bandeiras com seu nome.

Já o jovem político Booker, que foi vereador da cidade, tem seu nome estampado em prédios de todo Ironbound (área na qual focalizou a sua campanha). Nas últimas semanas, os jornais publicaram notícias sobre o orçamento depositado na candidatura de Booker, estimado em cerca de $6.5 milhões, dinheiro este que teria vindo de nomes como Oprah Winfrey e Ben Afleck. Não é claro qual interesse as celebridades teriam em uma cidade de New Jersey, mas eles não são os únicos.

Empresários e cidadãos de Newark apoiaram a candidatura de Booker com doações generosas, somando quase $1 milhão. Essa fator também contribuiu para aumentar o já expressivo orçamento do político, ao contrário do que aconteceu há quatros anos, quando ele levantou apenas $42 mil dentro da cidade, para sua campanha contra Sharpe James.

Booker, porém, enfrenta a oposição dos eleitores que hoje são funcionários da cidade, contratados por James. São cerca de 10 mil pessoas que ocupam cargos públicos e que se assustam com a possibilidade de perderem o emprego assim que o próximo prefeito assumir a cadeira. Alguns deles adotaram a técnca de se “aliar ao inimigo” e após o anúncio de que o atual prefeito não iria concorrer ao cargo, decidiram fazer doações para a campanha de Booker, a fim de assegurar suas posições.

Rice tem, repetidademente, acusado Booker de receber apoio financeiros de grupos conservadores. Além disso, questiona o interesse de investidores de estados como Arkansas e Wyoming em New Jersey.

Booker, poré, se esquiva. Responde apenas que os quatro anos passados da última eleição, foram o suficiente para aprender com a derrota para James. Segundo ele, neste tempo, ele pôde estudar o que fez de errado e mudar as estratégias, estabelecendo conexões com pessoas importantes. Assim, soube de onde tirar a verba necessária para executar a campanha que sonhava.

sexta-feira, 5 de maio de 2006

Tudo passou

Consolo na Praia
Vamos, não chores
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizaram.
Mas, e o humor?



Se chegou ao ponto de eu estar postando poesia de Carlos Drummond de Andrade, é porque a coisa está feia.

Missão: NYC

CINEMA - Missão: NYC - entretenimento - Data: Quarta 3/5/2006 21:35:55


Vanessa Mael, do Extra*/Especial para BR Press

(Nova York, BR Press*) - Tom Cruise enlouqueceu a mídia e os fãs na última quarta (03/05), enquanto executava o projeto de publicidade de Missão: Impossível III, preparado sob medida para o lançamento do filme, em pré-estréia no festival de cinema de TriBeCa.

Chamado Missão: NYC, levando o tema do filme adiante, o ator passeou por Manhattan de moto, barco, carro esportivo, metrô, helicóptero e caminhão dos bombeiros até chegar, "normalmente" de carro à premiere nacional dos EUA, no teatro Ziegfeld.

Como parte do show, Cruise saiu através do teto solar do carro, provocando gritos ensurdecedores dos fãs. Em tempo: as pessoas esperaram mais de seis horas pela presença do ator.

Enquanto muitos artistas atendem à apenas uma mostra de seus trabalhos, Cruise participou de três sessões do filme. Sua missão teve início às 15h30, quando participou da gravação do programa TRL, da MTV. Uma audiência de curiosos aglomerou-se na Times Square, esperando pela aparição de Cruise.

Transporte público

Após assinar alguns autógrafos, ele partiu em um caminhão do corpo de bombeiros. Durante a volta pelo metrô nova-iorquino, especialmente contratado pela produtora do ator por US$ 12 mil, Cruise se juntou aos colegas de filmagens de M:I III.

No seu ponto final, o tapete vermelho do cinema entre a 54th St. e a 6th Ave., o ator passou cerca de uma hora tirando fotos com fãs e dando autógrafos.

(*) Conteúdo do jornal Extra, publicado nos EUA, e distribuído no Brasil pela BR Press.

Missão: Vilão

CINEMA - Missão: vilão - entretenimento - Data: Quarta 3/5/2006 21:57:14


Vanessa Mael, do Extra*/Especial para BR Press

(Nova York, BR Press*) - Dentre dezenas de celebridades que foram à premiere, o vencedor do Oscar de melhor ator por Capote e vilão do filme M:I III, Philip Seymour Hoffman conversou com a reportagem:



Você já está acostumado com esta loucura de tapete vermelho?

Hoffman - Este filme tomou proporções que até eu talvez não esperasse. Estou me saindo bem melhor hoje.

Como você encara seu personagem, Owen Davian, e qual a reação você espera do público?

Eu acredito que todo mundo vai gostar deste vilão. É um trabalho completamente novo para mim, eu nunca havia feito um personagem como este anteriormente. E eu acho que o público vai gostar. Davian é mal, é um homem inescrupuloso.

O agente pacifista de M:I 3

CINEMA - Missão: agente pacifista - entretenimento - Data: Quarta 3/5/2006 22:19:21


Vanessa Mael, do Extra*/Especial para BR Press

(Nova York, BR Press*) - Mais conhecido como a estrela no mais novo filme de Woody Allen, Match Point, Jonathan Rhys-Meyers faz um personagem secundário em M:I III, como parte do time do agente secreto Ethan Hunt, personagem de Tom Cruise. Ele conversou com a reportagem, no tapete vermelho antes da pré-estréia do filme nos EUA.



*

Você está filmando "August Rush" com a sua colega de M:I III, Keri Russel. Foi está indo?

Rhys-Meyers - Já acabamos de filmar. E eu adoro trabalhar com a Keri, ela é uma pessoa muito fácil de lidar.

Como será o filme?

Rhys-Meyers - Muito diferente de Missão: Impossível – é o que eu posso garantir.

Como você enxerga seu personagem em M:I III? Você teve de se preparar de alguma forma especial?

Rhys-Meyers - Eu não tive de me preparar de nenhuma forma especial, eu fiz academia como faço regularmente. Mas também não tive que lutar, não uso armas, não bato em ninguém. Neste filme, sou mais do tipo de agente secreto pacifista. Meu personagem pensa assim: "Talvez eu possa conversar com este vilão, possa convencê-lo a não destruir o mundo" (risos).

Você disse que os vilões no filme geralmente são os caras mais legais na vida real. E que os heróis geralmente são pessoas desprezíveis. Isso se aplica à Missão: Impossível 3?

Rhys-Meyers - Bom, Tom Cruise é a exceção absoluta à esta regra. É muito fácil interpretar algo que não é você de verdade. Em experiências passadas, já trabalhei com pessoas que simplesmente não são legais. Mas com Tom foi fantástico. Ele é generoso e acessível. Eu poderia me sentar no set de filmagens e conversar com ele por horas.

Como foi trabalhar com J.J. Abrams, já que foi seu primeiro longa-metragem como diretor?

Rhys-Meyers - Ok, pode ser o primeiro longa-metragem dele, mas na verdade ele tem uma experiência riquissíma à frente de três dos promagras de TV mais bem sucedidos dos últimos 20 anos. É apenas a primeira vez que ele se senta atrás das câmeras para gravar um filme para o cinema. Antes disso, ele já era um gigante. J.J. Abrams demonstrava muita confiança e entusiasmo. A cada dia, parecia que era o primeiro dia de trabalho dele, sempre muito animado, transmitindo um sentimento bom para as pessoas.

(*) Conteúdo do jornal Extra, publicado nos EUA, e distribuído no Brasil pela BR Press.

quinta-feira, 4 de maio de 2006

United 93

Este é velho. Nós participamos da premiere de United 93 há quase duas semanas, na abertura do Tribeca Film Festival.

CINEMA - United 93 aterrissa em TriBeCa - entretenimento - Data: Terça 2/5/2006 19:27:44


(Nova York, BR Press*) - O filme United 93, primeira produção de Hollywood sobre os atentados terroristas de 11 de setembro, e que estreou nos cinemas do Estados Unidos na última sexta (28/04), traz conteúdo emocional que deve surpreender os norte-americanos.

Este foi o filme escolhido pela curadoria do TriBeCa Film Festival para dar início ao evento, na terça (25/04). Na calçada do Teatro Ziegfield, foi estendido um longo tapete vermelho por onde celebridades do cinema e da música desfilaram para os jornalistas e fotógrafos. Estrelas como Julia Stiles e Joan Allen prestigiaram não apenas o filme, dirigido de forma quase documentarista pelo britânico Paul Greengrass, mas também a estréia do festival, que foi criado por Jane Rosenthal e Robert De Niro, como protesto aos ataques de 11 de Setembro.

United 93 apresenta uma trama que acompanha, minuto a minuto, o último vôo dos quatro aviões seqüestrados que fizeram parte do pior atentado terrorista vivido nos EUA. Como descrito no título, o filme se concentra nesse quarto avião, único a não atingir o alvo dos terroristas e que caiu na Pensilvânia depois de os passageiros se rebelarem contra seu fatídico destino, tentando retomar controle da aeronave.

Terrorismo

O festival conta também com uma série de filmes sobre terrorismo, como Five Fingers, com astro de Missão: Impossível III, Laurence Fishbourne, do diretor Laurence Malkin e o documentário The War Tapes, de Deborah Scranton.

Do lado de fora do teatro, um grupo de protestantes levantavam cartazes dizendo 9/11 – We Need to Know the Truth (11/9 – Nós Precisamos Saber a Verdade). Um dos protestantes, Justin Ware, explicou que o grupo não concorda que Hollywood faça filmes sobre os atentados terroristas, pois o governo ainda não contou toda a verdade sobre tais atentados.

(*) Conteúdo do jornal Extra, publicado nos EUA, e distribuíbo no Brasil pela BR Press.

J.J. Abrams

CINEMA - J.J. Abrams encara Missão: Impossível III - entretenimento - Data: Terça 2/5/2006 13:55:16


Vanessa Mael, do Extra*/Especial para BR Press

(Los Angeles, BR Press*) - Poucos produtores de TV são conhecidos pelo público e adorados pela mídia. J. J. Abrams é um deles. Considerado o homem mais quente da televisão hoje, ele é o criador de dois dos seriados de maior audência no EUA, Lost e Alias. Seu primeiro seriado de sucesso foi Felicity, que relatava os dramas de uma jovem forte e independente. Aliás, os personagens femininos de Abrams sempre demonstram esta característica: são figuras fortes, ao contrário de mocinhas que precisam ser resgatadas por um herói. E assim continua sendo em Missão: Impossível III.

Seu novo trabalho é a estréia em grande estilo no cinema. O convite foi feito por Tom Cruise, que recebeu de presente duas temporadas completas do seriado de ação Alias. O resultado? Puro estilo de Abrams. À frente da franquia, o diretor de 44 anos transformou o "filme-marca" de Cruise em um episódio de Alias, e adicionou ao elenco forças como Laurence Fishbourne e o ganhador do Oscar de melhor ator, Philip Seymour Hoffman.

Em entrevista exclusiva, Abrams conta como foi sua primeira experiência como diretor de cinema em um filme com sucesso de bilheteria garantido.

*

Como foi a sua estréia na direção de cinema?

Abrams - Desde que eu era criança, queria dirigir filmes. Quando Tom me ofereceu este trabalho, foi um sonho. Eu não conseguia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Não apenas porque era um filme, mas era o tipo de filme que eu sempre quis fazer, um longa-metragem, com muita ação, efeitos visuais. Mas havia um espaço reduzido para uma estória emocional em M:I III. Então, nós desenvolvemos uma idéia simples: o que acontece quando você mente para a pessoa que você ama? Esta era a premissa.

O elenco de M:I III é incrível, com Philip Seymour Hoffman, Johnathan Rhys-Myers e Laurence Fishbourne, entre outros. Você teve que receber autorização de Tom Cruise para escalar o elenco?

Abrams - Tom Cruise e Paula Wagner, os dois produtores do filme, apoiáram minhas escolhas 100%. Ao mesmo tempo em que eles estavam envolvidos em todas as decisões importante do filme, me davam liberdade de escolha. Deixaram-me escrever o filme que eu queria escrever, escolher elenco, dirigir, editar e cortar o que eu achasse necessário. Foi inacreditável. Quando eu quis adicionar pessoas com quem eu trabalhei em Alias, que eu sabia que eram a melhor escolha para o trabalho, eles disseream "Você quer o Scott Chamblers? Ok." E o Scott Chamblers se juntou ao grupo, fez o design do filme, um trabalho espetacular, todas as sequências do filme são lindas, os interiores de fábricas, do Vaticano, das casas na China, foram desenvolvidas e reconstruídas por ele.

Sabendo que Tom Cruise gosta de gravar todas as cenas de ação sem o uso de dublês, você teve receio de que alguma cena pudesse machucar o ator?

Abrams - Houve apenas uma cena que eu não quis que ele filmasse. Era uma na qual ele tinha que passar pelo vidro. Mesmo sendo vidro fictício, ele poderia se cortar, se machucar, e nós tínhamos de continuar filmando. Você pode ser um dublê excelente, mas não pode prever de que forma o vidro irá se quebrar. Seria impossível permitir que ele ficasse com arranhões e cicatrizes, sendo que tínhamos filmagens agendadas para o dia seguinte. Não havia necessidade de ser ele, era uma cena aberta, mas Tom queria fazer assim mesmo. Tom fez uma versão da cena em que ele entra com o pára-quedas dentro do prédio de vidro, mas antes do impacto nós mudamos para o dublê. Fora isso, todo o resto do filme, o tiroteio na ponte, ele caminhando nos telhados em Xangai — é Tom Cruise.

O com você lidou com o medo de que algo pudesse acontecer com ele?

Abrams - Tiveram momentos em que eu senti medo. Mas foi tão surreal participar deste filme e ver Tom Cruise pendurado por um fio de aço, a 100 pés do chão, que parecia não ser real. Nós estávamos em boas mãos, Vic Armstrong (coordenador de dublês), que é fantástico. Nós sabíamos que havia risco, mas que era o mais seguro possível para um set de filmagens. Uma coisa que eu odiei foi na cena da ponte, quando um caminhão passa por cima de Cruise. Aquilo foi assustador, era um caminhão passando por cima de Tom Cruise!

Missão: Impossível

CINEMA - Missão Cruise Impossível - entretenimento - Data: Terça 2/5/2006 13:36:08


Vanessa Mael, do Extra/Especial para BR Press*



(Los Angeles, BR Press) - Neste outono por aí e primavera por aqui, Missão: Impossível III promete arrastar multidões aos cinemas. Os amantes de filmes de ação não perderão por nada desse mundo a continuação da saga do "agente secreto" Ethan Hunt vivido por Tom Cruise.

Acompanhado por mulheres lindas (Michelle Monaghan, Maggie Q e Keri Russel), um elenco calibrado (Philipe Seymour Hoffman e Laurence Fishbourne) e um diretor competente, a fórmula de sucesso de bilheteria está completa. Até hoje, a franquia Missão: Impossível já arrecadou mais de U$ 1 bilhão no mundo todo. E a nova produção não é nada simples. O terceiro filme da série teve um orçamento de U$ 150 milhões.

A(gente)

Se nas duas primeiras edições — dirigidas por Brian De Palma e John Woo — o foco da história era a ação, dessa vez o diferencial que o diretor J.J. Abrams (Jeffrey Jacob) apresenta é o lado desconhecido do agente secreto: sua vida pessoal.

Sob o comando do conhecido diretor de televisão que assina a criação de dois dos shows mais assistidos da atualidade, Lost e Alias – que juntos, atraem um público semanal de mais de 35 milhões de espectadores —, o filme mostra um Ethan Hunt com sentimentos.

M:I III foi adiado por mais de dois anos. O diretor escalado por Tom Cruise anteriormente, Joe Carnahan, responsável pelo filme Narc, foi demitido por "diferenças artísticas". Por isso, o medo era que J.J. Abrams se tornasse uma marionete nas mãos de Cruise. Aparentemente, não foi o que aconteceu.

Para quem conhece o seriado Alias, fica fácil identificar os traços de J.J.Abrams. Falar sobre dramas pessoais em meio a cenas de ação é uma de suas especialidades. Outra característica típica de Abrams é a estrutura dada ao roteiro do filme. Assim como nos episódios do seriado, a história se inicia com uma cena tensa.

Lançamento em NY

A première nacional nos EUA de M:I III acontece nesta quarta (03/05), na programação do TriBeCa Film Festival. No maior estilo "missão impossível", Tom Cruise irá cruzar a ilha de Manhattan utilizando os diversos meios de transporte apresentados no filme: barcos, helicópteros, carros e motocicletas, entre outros.

Mais tarde, ele participará da gravação do programa TRL, da MTV, e, em seguida, passará pelo carpete vermelho do Teatro Ziegfeld, na apresentação do filme para as celebridades. É o projeto Missão: NYC, que contará também com a participação de todo elenco do filme.

Tudo ele

Cruise, ao lado de sua sócia e amiga Paula Wagner, produziu o filme. Mais do que produtor, ele merece o título de "marqueteiro". Desde o lançamento de Guerra dos Mundos, o ator tem sido alvo principal dos tablóides. Ele trabalhou "duro" para recuperar espaço na mídia.

Casou com a atriz Katie Homes, teve uma filha, declarou que comeria a placenta e o cordão umbilical e agora invade New York de forma espetacular. O lançamento deste filme deve ser um evento inesquecível na ilha de Manhattan.

Dia sem Imigrantes

EUA - Dia sem Imigrantes- especial - Data: 2/5/2006 18:57:39


Mychelle Romeda, Vanessa Mael e Nilza Barros, do Extra*/Especial para BR Press

(EUA, BR Press*) - No dia em que se comemora o trabalho mundialmente, os imigrantes ilegais nos Estados Unidos foram às ruas de Los Angeles, New York, Philadelphia e outros Estados do sul do país. O 1º de maio foi marcado como o dia do boicote nacional em favor da legalização e contra um endurecimento nas leis de imigração.

Em mais de 60 cidades norte-americanas, milhares de pessoas ficaram fora das salas de aula, locais de trabalho e shoppings, para fazer sentir seu peso e influência na economia e na sociedade norte-americana.

As manifestações ocorrem enquanto o governo norte-americano discute novas propostas envolvendo os imigrantes no país. Uma delas, atualmente paralisada no Senado, facilita a legalização dos imigrantes, enquanto a outra aumenta as punições aos imigrantes ilegais e o controle nas fronteiras.

Newark, New Jersey



A intenção dos organizadores do protesto era realizar uma manifestação como a que aconteceu no filme Um Dia Sem Mexicanos. Ruas vazias, comércio e serviços públicos caótico – o dia em que o país parou. Essa pode ter sido a realidade de muitas das 60 cidades que participaram do movimento, mas com certeza não foi a da cidade de Newark.

Desentendidos

Com uma das maiores concentrações de imigrantes na costa leste dos Estados Unidos, o bairro do Ironbound estava o mesmo de sempre. Apesar de vários pontos comerciais importantes terem fechado suas portas e aderido ao movimento, grupos de pessoas nas esquinas pareciam não entender ou discordavam do sentido do movimento Um Dia sem Imigrantes.

Seja por medo ou ignorância, muitos moradores não quiseram se pronunciar a respeito ou alegaram não estar a par dos acontecimentos. O advogado aposentado Ramiro González imigrou com a família vindo da República Dominicana, em 1964, e considera-se experiente para afirmar que há falhas de ambos os lados.

“O que se percebe é uma falta de entendimento em torno da definição do que vem a ser um imigrante. Imigrar é entrar num país para nele viver. Não tem nada a ver com o que a maioria pratica. Vem, trabalha, usurpa do país, manda todo o dinheiro para o país de origem e vai embora, sem nunca nem ter pago um centavo ao governo e sem contribui. Isso não é ser imigrante e esses não merecem legalização”, acredita.

Danbury, Connecticut

Em Danbury, os protestos começaram no domingo (30/05). Os imigrantes marcharam do Kennedy Park até o Rogers Park. A manifestação contou com aproximadamente 3 mil pessoas de diferentes nacionalidades, segundo os organizadores. A passeata foi uma iniciativa das empresárias Linalva Coelho, Maria Evans e Elisa Xavier.

“Tínhamos por obrigação colocar 10 mil pessoas na Main Street de Danbury. Mas os que mais necessitavam mostrar a ‘força’ dos imigrantes estiveram ausentes, talvez por medo da exposição. Acho incrível que as pessoas que arriscam suas vidas na fronteira com o México tenham medo de comparecer a uma passeata pacífica onde a própria polícia deu proteção", afirmou Maria Evans.

Manifestantes contrários

A passeata também contou com a presença de muitos norte-americanos simpatizantes da causa dos imigrantes. Mas um fato que chamou a atenção foi a presença de um grupo de manifestantes contrários à regularização dos imigrantes. Eles empunhavam cartazes com frases Arrest Criminal Employers (Prendam os empregadores criminosos), “Ilegals have no right being here or in our schools” (Ilegais não têm o direito de viver aqui ou em nossas escolas), “Illegal aliens don’t pay for property taxes” (Imigrantes ilegais não pagam taxas sobre imóveis) e “Illegal aliens I want you out of my country” (Imigrantes ilegais eu quero vocês fora do meu país).

Nova York, NY

No cruzamento entre a Baxter St. e Canal St., em New York, exatamente às 12h16, do dia 1º de maio, uma linha de pessoas surgiu, formando uma corrente humana. Alinhados à calçada, contra as lojas da área conhecida como Chinatown, eles carregavam cartazes que diziam We Are America (Nós Somos América) e I Love Imigrant New York (Eu Amo New York-Imigrante).

O horário escolhido se refere à data em que a House of Representatives aprovou a lei HR 4437, em 16 de dezembro de 2005. Esta lei que ainda está sob decisão do Senado norte-americano, pretende transformar todo e qualquer imigrante que esteja sem documentos em criminoso. “Em 1920, meus pais chegaram em New York vindos da Irlanda e enfrentaram muitos problemas”, conta Jim Wellby, norte-americano participante da corrente. “Sou a favor desse movimento. Não fosse pela imigração, eu não estaria aqui neste país”, continuou.

12 milhões

Durante exatos vinte minutos, imigrantes de diversas nacionalidades e norte-americanos deram as mãos uns aos outros, em protesto às ações que o governo tem tomado com a finalidade de fechar as fronteiras do país e criminalizar mais de 12 milhões de pessoas que vivem hoje ilegalmente no EUA. “Eu sou imigrante, vim da Nigéria há 17 anos e já sou cidadã norte-americana”, disse Ojiug Uzoma. “Sou solidária à causa, outras pessoas deveriam ter os mesmos direitos que eu tenho”.

O evento – parte da paralização denominada Dia sem Imigrantes - foi organizado pelo grupo New York Immigration Coalition, com apoio do Make the Road by Walking, com base no Brooklyn, onde a idéia da corrente humana também foi levada à prática no Ditmas Park.

Além de Manhattan e Brooklyn, a mobilização também aconteceu em distritos comerciais de outros três bairros da cidade. Um dos organizadores, Ramon Martinez, original da Costa Rica e cidadão do EUA há mais de 20 anos, afirmou que mais de 3 mil pessoas se reuniram em Chinatown.

(*) Conteúdo do jornal Extra, publicado nos EUA e distribuído no Brasil pela BR Press.