segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Sérgio Mendes, sinônimo de música atemporal



Vanessa Mael

Da Redação

É bem provável que você já tenha assistido à Will. I. Am cantando, com sua banda Black Eyed Peas, a música “Mas Que Nada”, composta por Jorge Ben, e gravada por Sérgio Mendes pela primeira vez há quarenta anos. No clipe, Mendes aparece em imagens de sua infância tocando piano e acrescentando brasilidade à nova melodia criada por Will. O americano grita, “Mas Que Na-da” e a divertida versão da banda pop-hip-hop incendeia o público.

A cançao, que já estrelou comerciais da marca de tênis Nike, durante a Copa do Mundo de Futebol deste ano, é o carro chefe do mais recente trabalho do músico brasileiro, o primeiro após um hiato de oito anos, o disco “Timeless”, lançado em 2006 pela gravadora Concord Records.

Um dos mais celebrados músicos no exterior, Mendes nasceu em Niterói e estudou piano desde criança. No início dos anos 60, passou a se apresentar em jam-sessions de casas noturnas cariocas, especialmente no Beco das Garrafas. O disco do grupo Sergio Mendes & Bossa Rio, de 1964, com arranjos de Tom Jobim, é considerado ícone da Bossa Nova.

“A Bossa Nova foi um movimento musical muito bonito do qual eu fiz parte. Nesta época, foram criadas grandes canções brasileiras. Quando as pessoas escutam músicas de Antonio Carlos Jobim, que são músicas eternas, elas se emocionam. É uma época marcada pela força melódica da música brasileira.”

Ainda nos anos 60, Mendes excursionou por vários países e veio até New York, participar dos grandes concertos da Bossa Nova, realizados na casa de shows Carnegie Hall. O compositor se mudou de vez para Los Angeles, na Califórnia em 1964. Foi lá que ele fundou Brazil’66, grupo que gravou a canção de Jorge Ben, “Mas Que Nada” há 40 anos. A banda também é a responsável pelo disco "Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brazil 66", que vendeu mais de 1 milhão de cópias.

Em 1993, Mendes alcançou a máximo do reconhecimento internacional, ganhou o prêmio Grammy pelo disco “Brasileirinho”, criado com música dedicada à percussão e que tem a participação de Carlinhos Brown.

Mais do que atemporal, Mendes criou uma obra que demonstra a forte relação de troca cultural entre o Brasil e os EUA . “Timeless” conta com a produção do músico Will. I. Am, da banda americana Black Eyed Peas.

“Eu conhecia o trabalho do Black Eyed Peas e o Will.I.Am me procurou para fazer uma participação no disco Elephunk, de 2003,” conta Mendes. “Nos tornamos amigos e tivemos a idéia de produzir um disco que combinasse as melodias da MPB com hip-hop e rap norte-americanos, que se traduziu no álbum “Timeless”, lançado em 2006.”

Com músicas que misturam soul, hip-hop, rap e bossa-nova, “Timeless” tenta mostrar um pouco da complexidade musical brasileira. “O Brasil é um país de música rica, com um repertório totalmente diferenciado onde você encontra coisas maravilhosas do ponto de vista rítmico e melódico. “Timeless” ajudam a divulgar estes rítmos, esta mistura,” afirmou ele.

O álbum ainda conta com a participação de artistas como Justin Timberlake e Will.I.Am, do Black Eyed Peas. “Um dos meus convidados é o músico Marcelo D2, que eu adoro e é considerado um grande artista. Hoje, o rap é considerado um estilo mundial e jovem. Uma das razões pelas quais eu queria que o Marcelo D2 participasse deste álbum é justamente para registrar a presença de um rapper brasileiro no disco. Tanto na canção “Samba da Benção”, como em “Forrop”, existe a contribuição do Marcelo.”

Mendes gravou “Timeless”, no Brasil, em Los Angeles, nos EUA e em Paris, na França. Com o avanço da tecnologia, o processo de gravação de discos em diferentes países se tornou possível. O música faz uso deste advento como maior ferramente de seu rico trabalho.

“No passado isso seria complicado. Desde a máquina de gravar, cheia de canais, até a fita, os equipamentos eram muito pesados,” relembrou Mendes. “Hoje, com o advento do formato mp3, é muito mais simples gravar em qualquer lugar.”

O músico aproveitou a estadia do rapper O Marcelo D2 na Europa enquanto fazia turnê internacional e se encontraram em Paris para a gravação da participação especial. “Com o Pro Tools (software da empresa Digidesign utilizado para gravação de áudio) meu trabalho fica muito mais fácil, é possível editar ou acrescentar rítmos com rapidez e eficácia. Mas, no final o que importa é a melodia, a música.”

Em turnê mundial, Mendes passou por New York em 13 de Outubro. Em janeiro em 2007 pretende levar sua performance ao Brasil.

A ciência da felicidade

O caminho para a felicidade
A Psicologia Positiva apresenta resultados chocantes ao escarafunchar os mecanismos humanos para tentar ser feliz e propõe novas maneiras de encarar a questão


No Yahoo.com.br

Vanessa Mael
Da Redação

A história da psicologia clássica se concentra no estudo dos males que afetam a mente humana. Um dos mentores destes estudos é o neurologista austríaco, também conhecido como “pai da psicanálise”, Sigmund Freud. Foram suas pesquisas que popularizaram noções como inconsciente humano, mecanismos psicológicos de defesa, e simbolismo dos sonhos.

Entretanto, nos últimos cinco anos, com o advento da Psicologia Postiva - uma nova ciência que estuda os fundamentos da felicidade - falar de Freud se tornou coisa do passado. Fundada pelo Doutor em Psicologia e Diretor do Instituto da Felicidade Autêntica (Authentic Hapiness), da Universidade da Pennsylvania, Dr. Martin Seligman, esta ciência estuda emoções positivas, caráter baseado na força interior e instituições saudáveis. Em outras palavras, Seligman descobriu que é possível sim ser (mais) feliz e manter uma estabilidade de emoções.

Após uma extensa pesquisa que analisou diversos aspectos da vida em sociedade e a própria história da psicologia, Seligman estabeleceu uma drástica mudança no conceito de felicidade, que agora deixa de ser um estado e passa a se tornar um valor, que pode ser agregado ou não à vida do indivíduo. Para isso, é importante encarar os resultados da pesquisa e, em alguns casos, mudar comportamentos enraizados, o mais importante deles: o pensamento negativo.

Com o objetivo de promover avanços satisfatórios na qualidade da convivência social que, segundo Seligman, é um dos maiores fatores de alteração do estado emocional humano, foram estabelecidas teorias sobre o ambiente ideal saudável para o desenvolvimento de relacionamentos, tanto dentro do círculo familiar, como escolar ou de trabalho. Também, é importante ter uma lista de coisas boas que é possível fazer para si próprio e trabalhar para que a mente siga por um caminho positivo.

Entretanto, os resultados de suas pesquisas são um tanto quanto chocantes. É necessário estar aberto para estabelecer uma concepção completamente nova de vida social e individual para se apegar aos ensinamentos de Psicologia Positiva, que é vista como a ciência-religião.

***

Dicas de como ser feliz, segundo a Psicologia Postiva – No website da Universidade da Pennsylvania é possível realizar pequenos testes desenvolvidos por Martin Seligman. Estes testes foram dos pontos que ajudaram o psicanalista a estabelecer vinte dos princípios básicos da felicidade como valor. Estes são alguns deles:

• Esqueça o conceito de psicologia clássica. Se você quer ser feliz, ficar pensando no passado e analisando fatos que não podem ser alterados, tentando descobrir o que poderia ter sido feito de uma forma diferente, não vai ajudar nada. Segundo Seligiman, autor do livro “Authentic Happiness,” ser contra os ensinamentos de Freud e a favor do bom-senso é o caminho correto para dias felizes. Longas discussões sobre problemas que ocorreram na infância devem ser abolidos. “Pensar nisso apenas irá deixá-lo com raiva, ao invés de trazer um sentimento de alívio.”

• Inclua atividades diárias na rotina das crianças. Ocupe o tempo dos pequenos com programas educacionais e culturais. Acampamentos de verão, internatos edicacionais, férias na casa dos avós, ou qualquer lugar que seja bem longe de casa também é uma boa pedida. Seligman constatou que pessoas que têm em sua rotina a responsabilidade de cuidar dos filhos sentem o mesmo nível de prazer executando esta tarefa do que quando estão lavando louça. Além de que manter crianças ocupadas, gera desde cedo noções de responsabilidade, além de ampliar o campo de conhecimento. Seligman explica que crianças que criam uma lista de interesses, ao invés de passar todo o tempo sem fazer nada ou assistindo à tevelvisão, tendem a se transformar em adultos mais contentes, independentes e habilidosos.

• Faça parte de uma igreja, junte-se a um grupo de yoga ou pintura, faça academia ou vá à escola. Aqui, objetivo é fazer amigos, procurar pessoas com que se tenha o mínimo de interesse em comum, com quem seja possível estabelecer uma linha de diálogo aberto. Segundo as pesquisas, as pessoas que têm mais amigos ou pertencem a grupos de construção comunitária são mais felizes.

• Não sofra com escolhas difíceis, no último caso, faça “uni duni tê”. Segundo os estudos apresentados no livro “The Padarox of Choice”, de Barry Schwartz, são mais satisfeitos aqueles que não examinam cada minuto de suas vidas. Pessoas que pensam muito em momentos de mútiplas escolhas (que universidade estudar, que curso fazer, que caminho seguir...), acabam sempre se arrependendo pela opção que não será experimentada. Encontrar a opção perfeita é pura ilusão.

• Não aplique para a faculdade de Direito, os advogados são 3.6 vezes mais depressivos e infelizes que outros profissionais. Assim como os jornalistas, falta de controle, dúvidas éticas, longos ciclos de trabalho e estresse não ajuda ninguém a ser feliz.

• Não faça hora-extra. Estudos mostram que pessoas de países pobres como Brasil e China são mais felizes do que aquelas dos países desenvolvidos. Seligman explica que após satisfazer necessidades básicas como providenciar moradia e alimentação, dinheiro não traz felicidade. Os cem mais ricos empresários eleitos anualmente pela revista Forbes não são as pessoas mais felizes do planeta, assim, trabalhar horas a fio não irá comprar mais felicidade.

sábado, 28 de outubro de 2006

Orquestra Sinfônica de São Paulo em turnê nos EUA




Vanessa Mael
Da Redação

Criada em 1954, como parte das comemorações pelos 400 anos de fundação da cidade de São Paulo, a Orquestra Sinfônica do Estado (OSESP), figura na primeira linha das sinfônicas do país.

Inaugurada por Souza Lima, foi regida durante 24 anos pelo maestro Eleazar de Carvalho, até que, em 1997, John Neschling assumiu a batuta e passou a escrever um importante capítulo da história cultutal brasileira.

Neschling, primo-neto do compositor Arnold Schoenberg e do maestro Arthur Bodanzky, começou estudar piano quando criança. Seguiu carreira trabalhando com orquestras européias, onde venceu importantes prêmios da música erudita, como o Florença de 1969, a Sinfônia de Londres de 1972 e o Prêmio La Scala de 1976. Também, dirigiu os teatros São Carlos em Portugal, Sankt Gallen na Suíça, Maxximo em Palermo, além de ser residente da Ópera Estadual de Vienna. Nos EUA, em 1996, conduziu a Ópera Il Guarany, de Carlos Gomes, com Plácido Domingo no papel de Peri.

O maestro fez uso do expetacular currículo e abundante experiência para marcar a revolução e transformação da OSESP em uma das mais respeitadas orquestras do mundo, com mais de 138 apresentações anuais. Para convênce-lo a aceitar o cargo de diretor artístico e principal regente, o governo estadual que atendeu às todas suas exigências. Dentre a série de reformulações realizadas, está a localidade na qual a orquestra passou a ser baseada, a Sala São Paulo, construída exclusivamente com esse propósito.

Neschling exigiu também que os funcionários fossem bem remunerados, em função de oferecer estabilidade financeira e abrir caminho para explorar o potencial de cada um de seus músicos que, segundo o maestro, são escolhidos a dedo. "Não é possível oferecer um salário três vezes maior e pedir que a pessoa toque três vezes melhor. Invisto naqueles que têm talento, que podem crescer como músicos." O orçamento destinado à Fundação OSESP é de US$ 25 milhões anuais, destes, US$ 15 milhões são financiados pelo governo de São Paulo, o restante vêm de doações de empresas privadas.

Em conferência de apresentação da OSESP aos jornalistas de New York, Neschling traçou um histórico da cultura musical erudita brasileira, desde as primeiras criações de peças barrocas, passando pelo período romântico até chegar à realidade atual. "Tivemos uma miríade de compositores clássicos responsáveis por excelentes músicas. No Brasil, temos compositores de primeira classe que já foram completamente esquecidos," afirmou ele. "Assim, decidi que a missão desta orquestra é reinventar a música erudita brasileira."

Neschling explicou que faz uma extensa pesquisa da música dos séculos 18 e 19, antes de iniciar as seções de treinamento com os instrumentistas. "Nós procuramos por trabalhos antigos, estudamos, criticamos, fazemos adaptações e reapresentamos as canções mais importantes. É como um estudo antropológico da produção musical brasileira."

A OSESP está se certificando de que toda a riqueza da nossa música não permaneça perdida e já gravou 25 álbuns temáticos nos últimos cinco anos. "É parte da nossa missão redescobrir esta música e reapresentá-la para o público brasileiro e mundial através das gravações. Temos um contrato com uma gravadora suíça e com a qual já desenvolvemos 12 novos discos. Somos uma das orquestras que mais grava de todo o mundo," afirmou Neschling.

Para ele, a orquestra brasileira alcançou tamanho sucesso internacional através de sua tática de vitória baseada na recuperação da música brasileira. "Decidimos gravar exclusivamente música erudita brasileira no princípio, a fim de fazer com que a orquestra se torne conhecida. Temos que viajar o mundo mostrando nossa música, gravar álbuns de alta qualidade para, enfim, recriar um interesse internacional na música clássica do Brasil."

Em dez anos à frente da orquestra, Neschling pode se considerar um homem de extremo sucesso. Ele, que iniciou a Fundação OSESP com apenas três pessoas, conta hoje com mais de 350, que se dividem entre a orquestra, três corais (um coral sinfônico, um coral de câmara e um coral infantil, com mais de 260 pessoas no total), e profissionais que desenvolvem programas de ensino e incentivo e educação para músicos. "O Brasil tem excelente qualidade musical".

Segundo ele, uma das mais importantes características da música brasileira é sua similaridade à música norte-americana. "Não existe uma separação clara entre a música clássica e a música popular brasileira," explica. Neschling estabelece um paradoxo entre a riqueza da música popular brasileira e americana através de comparações entre MPB e Jazz.

"Vários dos maiores compositores de MPB, como Tom Jobim, Egberto Gismonti e, até Heitor Villa Lobos são considerados populares. Não são vistos como um músicos clássicos. Villa-Lobos tocou guitarra e violão mas, tocava cello muito bem. E, o mais importante, ele era auto-ditada e teve como mestre, Antônio Francisco Braga, um dos mais interessantes compositores da música clássica romântica brasileira."

Em turnê norte-americana com a OSESP, se aparesentará em New York, Maryland, North Carolina e Florida, na série de concertos que incluem o célebre instrumentista Antônio Meneses, mestre do violoncelo. Serão executandas peças de Shostakovich "Festive Overture", Tchaikovsky "Variations on a Rococo Theme, Opus 33" e Rachmaninoff "Symphony No. 2", além da obra de Heitor Villa Lobos.

Para o o futuro, Neschling informou que iniciará a recriação do trabalho de Alberto Nepomuceno, que deverá ser transformado no próximo disco da OSESP. "Ele escreveu a primeira sinfônia romântica das Américas e é comparado aos compositores pré-expressionistas," disse.

Os ingressos para as apresentações em New York custam entre $25 e $35 dólares, para 1º de novembro, no Auditório Grace Rainey Rogers, do Metropolitan Museum of Art e em 4 de novembro, no Lehman Center, no Bronx.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Já que é Halloween...



Não sei o porquê mas, este ano, o Halloween está pegando muito mais que nos outros, ou é impressão minha? Preparativos malucos para festas, todo mundo comprando pelo menos duas fantasias diferentes, asas para todos os lados, galera se reunindo nas mesmas baladas...

Enfim, maior euforia!

Show do Tiger Lillies marcado para dois dias em Manhattan, o que é incrível já que os caras são uma lenda e são ingleses (= nunca vêm para cá).

Tipo, para explicar Tiger Lillies, que já é algo inexplicável, nada melhor do que este gif animado:



Tipo, é meio performance e meio banda de rock. Os caras trabalham para te chocar, se vestem como o palhaço de "House of a 1000 Corpses", são extremamente creep e originais. O mais engraçado do show deles é notar o quão chocado o povo sai do lugar ou, eu sou uma freak e fim de conversa. Enfim, imperdível.

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Também impersível é o Horror Fest. Na teoria(é, porque eu ainda não vi e, enquanto não ver, é tudo lenda...), os caras fazem uma seleção de filmes de terror que não puderam ser exibidos nas salas de cinema, para a audiência regular, por serem muito "gráficos", e passam neste festival.

Só deve ter freak. Meu lugar, claro.

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Não sei como as pessoas associam Halloween com medo. Para mim, é uma data de pura diversão desmiolada. Enfim... Tem o filme "The Turistas", que está com uma puta campanha pesada de marketing. Jovens babacas e extremelly hot, vão ao Brasil de férias e acabam em pedacinhos. Engraçado, no mínimo.

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Estão lançando, pelo que eu entendi, um canal digital chamado Fear Net que, como amante dos filmes de terror trash, serei obrigada a assinar.

Dizem que vão fazer 24 horas diárias de filmes de terror e afins. Mais uma vez, só vendo para crer. Apesar de que deverá ser algo parecido com a Horror Channel de New Jersey. Interesting...

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Meu Halloween se resumirá em dias e mais dias de festa sem parar. 1 - Por que não festejar? 2 - Tudo é desculpa para festa. 3 - Trick or treating é super fun these days. (Eu ando tão contente que estou até irritante, não?)

sábado, 21 de outubro de 2006

Padrão Stepford de beleza

ou, a cada dia mais sinto a incontrolável vontade de me transformar em uma ogra. Ou lésbica...

Vanessa Mael
EXTRA USA

Este é um momento crítico para a indústria da moda. A discussão sobre como o padrão de beleza estabelecido pode agredir a saúde das modelos cresceu e, até quem não é ligado ao setor tem dado sua opinião. Estariam, as modelos, magras demais? O mais preocupante disso tudo é o peso que esta tendência tem sobre a sociedade atual.

Celebridades, sejam modelos, atrizes ou cantoras, são o referencial de beleza de muitas mulheres. Hoje, está estabelecido que ser magro é sinônimo de ser bonito. Entretanto, é necessário alertar para os riscos que isso pode causar para a saúde, principalmente das adolescentes, que ainda se encontram em período de crescimento e podem desenvolver sérios distúrbios alimentares.

As discussões sobre qual seria o nível de magreza aceitável para as modelos vieram à tona quando a organização da Semana de Moda de Madri obrigou as modelos a apresentar um índice de massa corporal (IMC) superior a 18. Aquelas que não atendessem à requisição foram dispensadas da principal semana de moda espanhola.



Distúrbios alimentares

Uma série de comportamentos são dicas claras de que uma adolescente pode ter desenvolvido distúrbios alimentares. Aquela amiga que vive de regime ou usa indiscriminadamente inibidores de apetite ou outros medicamentos como laxantes e diuréticos é forte candidata a desenvolver doenças como anorexia ou bulimia.

Jejuar ou vomitar após as refeições também são comportamentos padrão entre as meninas que querem perder peso com rapidez e, fortes indícios de transtornos alimentares. Um por cento da população feminina entre 18 e 40 anos sofre de algum tipo de transtorno relacionado à alimentação.

Os transtornos alimentares são um fenômeno mundial e nos últimos anos se tornaram uma epidemia. De um modo geral, o pensamento das pessoas que apresentam algum distúrbio alimentar se caracteriza pela busca da perfeição do corpo e pela obsessão pela imagem de um ídolo.

“Reduzir excessivamente a ingestão de alimentos, eliminar refeições, passar uma semana inteira bebendo líquidos são atitudes que se parecem mais com autoflagelação do que com uma dieta. A auto-imposição de grandes sacrifícios e de metas absurdas não favorecem o processo de emagrecimento”, afirma a endocrinologista e nutróloga Ellen Simone Paiva, diretora-clínica do Centro Integrado de Terapia Nutricional - CITEN.



Padrão “Stepford Wife”

Existem, ainda, outros motivos psicológicos mais sérios que levam ao desenvolvimento de práticas de autoflagelação que estão profundamente enraizadas na sociedade atual. Em busca do corpo perfeito, muitas mulheres se tornam verdadeiras “Stepford Wives”.

O conceito vem do nome do filme de suspense de 1975 de Bryan Forbes, regravado em 2004 por Frank Oz, com Nicole Kidman no papel principal. A história original conta que Joanna Eberhart, ao se mudar com seu marido para a pequena cidade de Stepford, CT, tem o seu maior pesadelo feito realidade: lá, os maridos matam as esposas, substituindo-as por robôs, que são esteticamente perfeitos e foram criados apenas para servir, cozinhar e fazer sexo.

Muitas mulheres, hoje em dia, ainda adotam comportamentos que levam a distúrbios alimentares tentando agradar seus namorados ou maridos. O medo real de que são os homens que impõem os padrões de beleza, exigindo que suas companheiras sejam tão magras ou bonitas quanto modelos das capas das revistas de moda, faz com que as mulheres se autoflagelem.



Beleza é saúde

É muito importante estabelecer a idéia de que beleza é saúde, e que os dois conceitos estão estreitamente interligados. A dieta ideal é aquela que emagrece e alimenta ao mesmo tempo. Todas as vezes que optamos por seguir uma dieta restrita, perdemos muito mais do que as gordurinhas que nos incomodam tanto.

“Perdemos saúde e perdemos beleza. Perdemos gordura sim, mas perdemos também componentes muito importantes para a beleza e juventude, como o colágeno, que dá saúde e beleza ao cabelo e à pele. E não adianta ingerir cápsulas de colágeno, pois serão totalmente ineficientes”, explica a médica Ellen Simone Paiva.

Outro problema comum entre os que fazem drásticas restrições calóricas é o aparecimento da desnutrição, pois é impossível garantir a ingestão dos micronutrientes básicos, como as vitaminas e os minerais. Muitas mulheres adotam as farmácias GNC (General Natural Center), de produtos naturais, presentes em todo o território norte-americano, como se fosse sua visita semanal ao supermercado.

É muito comum o pensamento de que cápsulas de gelatina e colágeno ou vidros de vitaminas especiais para mulheres, ou vitaminas de A a Z, podem substituir o que é perdido quando se pula uma refeição.

Entre os maiores riscos nutricionais estão a falta de ferro, cálcio e vitaminas. “As mulheres são mais vulneráveis, pois menstruam todos os meses e a perda de ferro não reposta resulta em anemia. O cálcio não ingerido resulta em massa óssea insuficiente para garantir as perdas naturais da maturidade e todas as vitaminas em falta na puberdade se traduzirão em menor potencial antioxidante no futuro, impossível de serem repostas através das mega-dosagens de vitaminas, atitude totalmente ineficiente e muitas vezes arriscada”, alerta Ellen Paiva.

Então, o que fazer?

“Reconhecer que todos os seres humanos precisam se alimentar, pois são os alimentos que nos fornecem energia e nos dão disposição para o desenvolvimento das atividades diárias. Saber que a melhor forma de perder peso é se alimentando corretamente”, aconselha a nutróloga.

Para emagrecer com saúde é necessário que um plano complexo seja seguido. Tudo tem início com uma visita ao endocrinologista, que fará exames e dosagens de hormônio para estabelecer se existe alguma disfunção corporal. Somente após esses exames será possível saber se existe algum problema com o metabolismo da paciente.

Um dos problemas mais comuns, descobertos através de exames, é a disfunção da tireóide. Também, após os 30 anos de idade, o metabolismo feminino desacelera naturalmente. É necessário aceitar os ciclos da vida e procurar sempre a ajuda de um profissional.

O segundo passo seria uma consulta ao nutricionista, para a criação de um cardápio balanceado, que atenda as necessidades diárias de cada pessoa, sem causar nenhum risco à saúde ou privar o corpo de qualquer nutriente. É nesta fase que será recomendado o uso de vitaminas complementares ou cápsulas de colágeno e gelatina.

Pular refeições para emagrecer é uma conduta muito comum que deve ser evitada, principalmente durante o jantar. Muitas pessoas não jantam com receio de que o corpo não metabolize os alimentos com a mesma agilidade da hora do almoço, o que não é real. “Todas as vezes que pulamos refeições, deixamos de ser seletivos e abusamos na próxima refeição. Todas as vezes que fazemos jejum prolongado, nosso corpo ‘lê’ essa situação como escassez de alimentos e se protege, reduzindo a queima calórica”, explica a especialista.

Outro grande mito é a retirada do carboidrato do jantar. O ganho de peso não ocorre pela presença deste componente de nossa dieta e sim quando o total calórico ingerido no dia é maior do que a queima. Da mesma forma que a perda de peso não ocorre com a suspensão do carboidrato das dietas, sempre que se consegue ingerir menos calorias do que se gastou. “Isso é muito mais fácil e seguro de se conseguir com a adoção de uma dieta balanceada”, defende a endocrinologista Ellen Simone Paiva.

E, por último, os exercícios físicos vão mostrar o resultado desejado. É sempre seguir uma lista de boas práticas de alimentação, conciliando o emagrecimento com a preservação da saúde e incluindo o exercício na rotina diária.



Regras do emagrecimento saudável

As regras do emagrecimento saudável sugeridas por qualquer profissional incluem sempre o consumo de alimentos variados em três refeições e dois lanches diários. O ideal é estabelecer uma rotina de alimentação seguindo o relógio e parar para comer, de três em três horas, quantidades reduzidas de alimentos.
Muitas pessoas esperam até completar dez ou vinte quilos a mais na balança para correr atrás do prejuízo. É importante não subestimar um ou dois quilos a mais e correr atrás para perdê-lo. Como? Através da prática de atividades físicas todos os dias. Na falta de tempo, inclua na rotina a prática de andar a pé, subir escadas e dançar. Arrumar seu quarto também queima calorias, só não vale ter preguiça.

Se for ingerir arroz e feijão diariamente, como é de costume dos brasileiros, é melhor fazê-lo acompanhados de legumes e vegetais com folhas. Também é importante a ingestão de quatro a cinco frutas diariamente.

É possível adicionar ao cardápio refeições com carboidratos integrais como pães e arroz e reduzir a ingestão de açúcar associado às gorduras como os sorvetes, chocolates e tortas. Isso não significa abolir a sobremesa dos seus sonhos. Ela só não pode ser uma rotina na sua vida.

Na hora do lanche, priorize as frutas ao invés de biscoitos, bolos e salgadinhos, e tente não comer muito sal, evitando alimentos enlatados e embutidos como salame, mortadela e presunto, que têm sal. Evite também adicionar sal à comida já preparada.

Dê preferência ao leite desnatado e consuma produtos lácteos com baixo teor de gordura, pelo menos três vezes ao dia, além de ingerir muita água. É a mais fácil de todas as práticas.

O capitão Kirk ficaria orgulhoso...

Cientistas fazem prova prática de "manto de invisibilidade"

O capitão Kirk ficaria orgulhoso: uma equipe de cientistas britânicos e americanos criou um manto de invisibilidade, como o que protege as naves romulanas em Jornada nas Estrelas. Ele ainda não funciona tão bem a ponto de ocultar uma nave estelar, mas já conseguiu fazer um serviço decente na hora de esconder um tubo de cobre.

No experimento, os cientistas usaram microondas para tentar localizar o tubo. Como a luz comum e o radar, as microondas são refletidas por objetos, o que os torna visíveis e faz com que projetem uma sombra. A diferença é que os seres humanos têm um sentido - a visão - para detectar a luz e as sombras da luz, enquanto que para captar microondas e radar, precisamos de necessários aparelhos.

Se você consegue esconder algo das microondas, é bem possível que consiga esconder do radar também - uma oportunidade que fascina os militares. Essa tecnologia de invisibilidade é diferente da tecnologia "stealth". O "stealth" reduz a superfície refletora de um objeto, tornando-o difícil de rastrear. A invisibilidade simplesmente faz com que as ondas de radar - ou outras - contornem o objeto, dando a impressão de que ele não está ali.

O novo trabalho indica o caminho para uma versão aperfeiçoada que poderá ocultar pessoas e objetos da luz visível. Em teoria, adaptar o conceito para luz visível é possível, disse o projetista do sistema, David Schurig. Mas, na prática, o problema é "desafiador", acrescenta ele.

A despeito disso, a prova prática com o cilindro vem apenas cinco meses depois de Schurig e colegas terem publicado a teoria sobre o assunto. O primeiro sucesso experimental será publicado, nesta sexta-feira, na revista Science.

"Fizemos o trabalho muito depressa... e isso levou a um manto que não é ótimo", disse o co-autor do trabalho, David R. Smith. "Sabemos como fazer coisa muito melhor".

Este primeiro manto funcional só opera em duas dimensões e projeta uma pequena sombra, diz Smith. O próximo passo é operar em três dimensões, e sem sombra.

O dispositivo, feito de metamateriais - misturas de metal e materiais de placas de circuito, que podem incluir cerâmicas, teflon ou fibras - canaliza as microondas ao redor do objeto, como quando a água flui ao redor de uma pedra. O sistema tem de ser projetado para comprimentos de onda específicos.

Se um manto para luz visível for criado, diz Smith, alguém olhando para o objeto coberto "veria o que está do outro lado. Isto é, o manto é, em termos ideais, transparente. Já que ainda não temos um manto perfeito... o pano de fundo seria visto, mas um pouco escurecido".

Outras aplicações da tecnologia poderiam envolver a blindagem de sistemas sensíveis contra certos tipos de radiação - que seria desviada pelo manto, como se fosse luz - e até algum tipo de blindagem acústica, para proteger estruturas contra ondas mecânicas, como as geradas em terremotos. (AE-AP)

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Still the best show on television!

Você sabe que está assistindo ao melhor show na televisão quando você chora, grita, ri, pula, treme, grita mais um pouco, chora mais, bate palma e pensa, "Thank God, I'm alone!". Tudo isso durante um mesmo episódio!

Battlestar Galactica é a coisa mais foda na TV e o quarto episódio do terceiro ano foi sensacional! Cada imagem tem um milhão de significados e você grita "This is the best fracking jump ever!"









Dead RAZR V3

É com muita felicidade que eu enterro o podríssimo The Motorola RAZR V3 e dou boas vindas ao L2. Na verdade, eu queria enterrar a Motorola mas, nem tudo é perfeito.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Academia - Parte II

I'm so amazed by the fact I've been working out that I'm able to write the most stupid posts about it. Later on, my sister will probably write me saying, "Are you fucking out your mind?!" or Lilly will call me and say I'm posesed or something...

Anyway, I'm entitled to do it.

It's been a month since we first enroled at the NYSC, so today my sdvisor called me to schedule my Personal Trainer sessions. When Tomita decided he wanted to do gym, I called the NYSC and everyone at the newspaper signed up together. Because of that, we got free sessions with a Personal Trainer.

The first month, we were suposed to get used to the place, plan a efective schedule and work on the cardio exercises, you know, the thredmill, the stationery bike... Now, we are suposed to exercise like normal human beigns, what nobody told me is how much that could hurt.

My first day, Robert calls me to schedule the personal trainer and says Tea is going to take care of me. I answer him, "No, I want a male personal trainer, I'm not paying that much money to work out with a woman...". He insisted on Tea and that's the best thing he did, I could act like an idiot with a man.

So, first, she came with the whole questionaire:
What goals do you want to achieve in a short-term period?
What goals do you want to achieve in a long-term period?
Why are you here?

What is that? That's crazy talk, man! I'm here because I don't wanna die before my 30's, like, I still have a lot to do. I'm here because I haven't done anything, not even a streching exercise since the 1990's.

Well, I had to answer the craziest things that came to my head. "My goal is to have very strong arms and back, like Jessica Biel in Blade Trinity (how gross!), and run the state marathon". I swear to God I did that.

The truth is, I had an episode Sunday night. Usually, I pack up with cigarrets for the weekend. By Friday, I have like, three packs in my purse. This past week was no different. Bu, somehow I lost the last pack in my house. On Sunday, I started to look for it, destroyed the house and couldn't find it anywhere. Then, I found one last cigarret in my jacket's pocket. After that, I went out, it's was fucking cold, I had just a jacket on and my flip flops.

I walked to the licquor store, a block from my house and the dman thing was closed. I got really scared and walked on the other side, looking for another deli/pahrmacy/licquor and everything was closed. What was that? Licquors are suposed to close after 10pm on Sundays!

Than I got really mad, came back home and started calling all the delivery numbers I have asking if they had cigarrets and delivered them to me. The only one that did that was closed 9what the fuck happened on Sunday?), and I had to spend the rest of the night with smoking. I even thought about calling a cab a asking him to drive me to some Quick Check or Walgreens, but that would be too much.

So, today I started the training program for real. While we were doing the cardio thing I was ok. Last week, we started with the 2 pound weights for the arms. That was fine to, I can do the 1/2 hour with 2 pounds. Today, we started with the 5 pounds and the whole circuit. I had to do sit ups on a plastic ball.

First of all, I looked like a country-woman inside the gym, everything gets a "wooowww". Second of all, my first thought when I saw that ball was going to rip it all up if I sit in it.

She is a mad woman, she made me do all the sit ups on the ball. My thoughts were, "this is going to fucking rip it all off with my weight on it, or I'll loose the balance and fucking fall in the floor". Then, everything started to hurst so much, WHY DO PEOPLE go through that much pain? Seriouslly, why?

Things only got worse, she made me do push ups. Man, I can't do any push ups. I'm like a walking jelly, my arms are like a child's arms. She asked for 15, I did 12 and died in the floor. My spirit is typing in here. I'm there, dropped dead. (I'm such a woman, sometimes... Gosh!)

Then the series of exercises for the butt came, my knees gave up, I was red, sweaty, a mess. We ended up with the exercises for the arms, with the 5 pounds weights. I already changed my mind, I want to be soft for the rest of my days and If I have to die by the time I'm 27, I'm fine with it. As long as I don't have to go through all of that ever again.

That said, my next personal trainer session is schedule for wednesday, after the kickboxing class. I'm really out of my mind. It didn't take the whole day to realise it. Early in the morning I called Lilly to ask the name of the thing you put in the shower and five minutes after you leave the place, the things turns on and starts cleaning the walls with some kind of chemmicals. Also, I want to buy the Sweefer-vaccum. The that cool vaccum called Kone.



Authomatic Shower Cleaner. That's the name! Fantastic invention!

Oh, and that Roomba i-Robot. That one is nice, the red one. Yeah.

[the lack of nicotine in my bloodstream is causing all this]

Chica Migranã e otras cositas mas

Este episódio do Garoto Exaqueca - como Migraine Boy é conhecido no Brasil - é demais!



Coisas estranhas têm acontecido e, apesar deste meu atual "cheerfull state of mind", meus pensamentos psicóticos continuam constantes. Eu tenho os diálogos mais surreais do universo. Trabalhando e xingando o universo, como sempre, minha chefe olha para mim e diz, "Você é a típica Garota Enxaqueca". Eu, que não conhecia a série animada da MTV, fui procurar no YouTube e quase morro de rir. O passado que escreveu aquilo com certeza absoluta me conhecia. É muito tudo o que eu falo/faço! Amei de paixão.

Agora, meu apelido no trabalho é Migraine Girl ou Chica Migrnã, como nos episódios em Espanhol! As pessoas amam tirar onda com a minha cara! E eu me divirto, lógico!

Quando eu falo, "I don't play well with others", it's exactly this I mean:



That's my idea of humor.

sábado, 14 de outubro de 2006

23:36

No dia em que eu me inscrevi no vestibular da Pucc (e mais tarde no programa de admissões do Bergen Community College, da NYU e do SVA), se eu soubesse que eu estaria, 15 horas após ter entrado no trabalho, às 23:38hs de um sábado à noite, abrindo uma garrafa de Red Bull para conseguir aguentar o tranco de ter que escrever mais quatro textos antes de poder deitar; ligando para meus amigos para desmarcar a balada, teria eu preenchido os quadradinhos do gabarito das provas?

Heim, heim, teria?

Ou, teria eu permanecido no conforto do meu lar e pensado, "pau no cú do vestibular!"?

Huummmm

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Eternal life and such

The other day, while I passed by a Church, coming home from an exhibit, there were two women giving out folders about God’s teachings. [I’m not talking about Stephen Colbert now].

She stopped me – they always do, I must have an angel’s face or something, and I really try hard to look like a bad ass – and gave me the folder and asked, “Child, do you believe in eternal life?”

I [swear to God I did] answered, “Yes, if you are a vampire.”

The best day ever.

The Colbert Report

Life has changed. So much so, even I don't believe it sometimes. My days start at 6:30am now. By 7:30am, I'm in front of the Hilton Hotel, getting in the New York Sports Club. No. I don't work at the NYSC. I'm going to gym.

[People who know me will be sure, by now, that I've completely flipped out.]

It's not that I started believing in some kind of "healthy way of life". It's just that, if I continue to live the way that I do, I won't make it to my 30s. And I intend to live a little bit past that. The Red Bull ad I live in is not helping, so NYSC it is.

Then, why the hell go to gym in the morning, right?

Well, I certainly won't do it when I'm wide-awake. So, I do it in the mornings, when I'm on automatic pilot. Plus, there is the television schedule and I can find another million reasons not to go to gym after 12pm.

Of course, there are those days when I pass by the newsstand, look through a New York Magazine with God (a.k.a. Stephen Colbert) on the cover and decide to buy it, sit on the bench at the Hilton's sidewalk and read it.

I must tell you, it feels a lot better than to exercise. I buy my Red Bull, lit up a cigarrete and read to Mr. Colberts teachings. It's heaven.

The problem with that kind of day is that I start thinking about how much time we spend doing nothing, going to gym, shaving the legs, looking at the mirror, making sure we are not rotting alive, instead of reading, it freaks me out.

Then, I get paranoid and swear I'll never go back to the NYSC again. It's just when I remember I paid a two-year membership that I change my mind. Of course I'll exercise, it costs a lot of money.

The only way to get me inside a gym is the thought of a very young death by heart attack or something and money thrown away.

I'm a horrible human being.

"you are so fucked up, i wish you die".

***

So, I've dropped weight, from 182lbs to 158lbs. It's not that much and it's not the ideal either. But the jokes come along with it.

By boss calls me "percelana rasa".

Que diabos significa porcelana rasa? De onde as pessoas pegam estas expressões totalmente sem sentido?

Ele ainda completa, "você vai ficar igual a menina da novela". Que novela e que menina, eu não sei.

Meu chefe grava a novela no Tivo. Meu ídolo!

***

Tem show do The Rapture marcado para um dia antes do Halloween. Eu tô convencendo a acessora de imprensa dos caras que sou digna de uma entrevista com eles antes da performance.

Se tudo der certo, eu converso com a banda em New York um dia antes do show e alguns minutos antes de entrarem no palco. Argumentos para convencer a moça, não me faltam. No one knows Pieces of the Poeple We Love better than I do. Neither the band. Eu cito trechos das músicas nos momentos menos apropriados.

Se rolar, eu provavelmente morrerei do coração. Depois do show, claro.

[O pessoal do trabalho acha que eu tenho uma fixação com morte. I wonder why...]

***

Eu estive fora por três dias na semana passada, having the time of my life. When I got back to the paper, my mother'd sent a package. I got so excited, ripped off the box open and found underwear. Underwear everywhere and everybody starring at me.

Then, I found a pretty little doll. Her t-shit says "Happy Birthday". I put the thing on my desk and everyone who gets in asks me when it's my birthday. When I say "February", they look at me with that question mark in their eyes. It's just precious to see it. Then, they say, "Sua mãe é louca."

***

Claro que dentro da caixinha tem uma porção de remédios. Minha mãe deve ser a única pessoa do planeta capaz de sneak in com remédios pela fronteira. Faixa preta e tudo...

***

Halloween.

Qxt's for sure.

Serei uma marinheira (eu não tenho a mínima idéia se esta palavra existe!). I'll be a fucking sailor.

E depois o Tomita ainda quer discutir a facilidade da construção de frases em certas línguas...

***

I'm working on a piece about "early-pregnancy diagnostics of fetal anomalies". It's a tricky piece. Even though I'm in the US and here abortion is an option, I write in Portuguese, for a Brazilian paper, and in Brazil it's not.

Interesting. To say the least.

***

Shortly after Mychelle left the paper, Romulo did too. To me, it was devastating. We are friends, all right. But the newspaper is really our only link. The people you work with are the only people you really see everyday. I knew that I was not going to meet them as often, and I knew Mychelle would never answer her cell phone, so... It was pretty much it.

Today, Romulo is back working at the paper. And it means so much to me. He is the stupidest fuck I've ever known. The music video bellow proves it. So, he is the closest a person can get of be like me or making a connection with me.

Anyway, I'm just so happy I have someone to give the finger to first thing in the morning, call "moron", slap him in the face as I feel like it. **happy***

This is the closest of public affect displays I get.

So, welcome back, you fuck!

***

You see, I have about 30 videos on You Tube. The one that is watched the most is Romulo singing funk carioca. Like, over 1300 hits.

People love stupid people.

I should create a "stupid people's club".

***

After 9:00pm, I don't really think straight anymore. It's almost 12, so I have no idea what I writing. It's proved, in the paper when I work late, the craziest things come out of my mouth.

***

Six degrees é a melhor surpresa na temporada de séries nova. Claro que tem Studio 60 e Heroes. Mas, Six degress é rei! Vício total.

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Você quer cagar comigo?

Tosco life-style, é para quem entende, não para quem quer. Nisso, o Romulo é rei! Frontman da banda Coliformes Fecais, primeiro clipe tosco no You Tube! Muito bom!

É hoje!

Ok.

Quem pensou que eu iria falar sobre Lost, caiu do cavalo.

[Que expressão cretina! Meu Deus, eu me supero a cada dia. O que quer dizer "caiu do cavalo"? Seriouslly. Eu tô vencendo hoje, soltando as expressões da Vó. Incrível!]

Vim falar sobre o time slot em que colocaram Freak Show, tão cretino quanto a minha expressão alí em cima. 10:30pm? What about The Nine? OMG!

Enfim, ainda bem que existe a ABC e eu posso assistir online o episódio de The Nine que eu vou perder hoje para conseguir assistir Freak Show.

Para quem não sabe, Freak Show é mais uma destas séries de desenho animado para adultos, total sem-noção. Criada pelo David Cross (que também faz a voz de um dos irmãos siameses), estréia hoje, no canal Comedy Central.

Eu ando numa paixão sem fim pelo o David Cross. Já gostava do cara por ter o papel mais ordinário de Arrested Development, aquilo sim é um verdadeiro freak e, por ter aparecido no clipe dos Strokes. Mas, quando conheci o stand up dele, me apaixonei. O show é sensacional (odeio esta palavra, no meu mundo, só carioca fala "sensacional" e eu sou a senhora preconceituosa, odeio carioca. Com exceção destes bixos lindos que surgem na minha vida e me deixam perdidamente apaixonada como João e Romulo, de uma tosquice sem precedentes, mas isso é outro assunto.)

Baixem na internet, pessoas!



No show "Shut up, You fucking baby!" o cara é fantástico, muito meu estilo. Preconceituoso. Desce a lenha (outra expressão sem sentindo, o que é "descer a lenha"?) nas crianças. Odeia crianças, odeia casamentos, odeia pessoas, odeia tudo e o melhor, usa muito sarcasmo, muito desdém.

Shut up, You fucking baby! tá na internet e Freak Show começa hoje.

É hoje!

\O/

terça-feira, 3 de outubro de 2006

"Tropicália" no Bronx Museum

Ignorance is bliss

Hoje, durante uma longa conversa com uma amiga, eu explicava como eu sou obrigada a me divertir para conseguir viver, ao contrário de viver para me divertir, como todas as outras pessoas do planeta parecem estar. Neste diálogo, eu expliquei como, ao vir ao mundo sem parecer físicamente com a Sienna Miller ou a Jennifer Conelly, eu sou obrigada a me divertir.

Ando pelas ruas parecendo uma palhaça: são camas sob camadas de roupas, mesmo no verão. Combinações que não fazem o mínimo sentindo completas com uma porção de acessórios. Minha racioncínio é lógico, é fato que não tenho corpo e rosto exuberantes. Neste caso, não importa o que eu visto, não é como se eu estivesse escondendo uma beleza inigualável. Assim, me divirto. Faço uma loucura com as peças, jogo outras por cima, uso vestidos que ninguém mais em todo o planeta usaria, coloco laços extremamente cafonas nos cabelos ou na cintura e dou risada de mim mesma.

O mesmo acontecem com as fotos. Para entender, some as informações a cima com o fato de que nasci desprovida de qualquer grau de fotogenia. Minhas fotos parecem caricaturas, as câmeras têm o dom de escolherem o que eu tenho de pior e enfatizar aquele ponto na imagem. O que me resta? Me divertir! Eu faço careta, mostro a língua, faço bico, escondo o rosto... Enfim, faço uma foto divertida. É o que me resta.

E é assim com todos os outros aspectos da minha vida. Este ano, pela primeira vez, eu fui fazer cobertura de Tapete Vermelho para o jornal. O primeiro foi o lançamento de United 93. O segundo foi Missão Impossível: 3. Ambos como parte do Tribeca Film Festival. A profissão mais cretina do planeta é a de um fotógrafo/repórter de Tapete Vermelho. É necessário chegar no local com horas de antecedência, encontrar o local pré-terminado - separado com seu nome colado em um papel no chão - e esperar. Para MI:3 eu esperei por cerca de cinco horas. Em pé.

Eu, que já não acho o Tom Cruise nenhuma simpatia, pelo contrário, o enxergo como um seguidor da seita "Michael Jackson Freak", passei a odiar o cara mais ainda. O que fazer nestes casos? Me divertir! Eu fiz as perguntas mais sem-noção do planeta para as personalidades que passavam por mim. Gritei palavrões em todas as línguas que conheço (e olha que, apesar de conhecer poucas línguas, eu conheço muitos plavrões), e assustei as pessoas. Se não fosse isso, eu dormiria. Pior do que a cobertura do Tapete Vermelho, fica a Fashion Week. Se enquadram na categoria "eventos de dar sono".

Nestas últimas semanas, foram as coberturas de novas exposições em renomados museus de Nova York. O engraçado é que, nestes eventos - chamados de Press Review - só tem velho. Me sinto sempre em um clube exclusivo para maiores de 80 anos. Uma intrusa. Os outros jornalistas olham para mim como quem diz com os olhos, "O que esta pirralha sabe sobre arte?" Quanto mais seguimentada é a exposição, pior fica a faixa etária dos formadores de opinião.

Outro dia, em uma mostra sobre vazos de porcelana e cerâmica do Japão pós-guerra, me senti como se estivesse internada em uma casa de repouso em algum país distante. Lá fora, a água caía pela parede no que era uma representação de uma cascata. Lá dentro, um senhor inglês, formado em Literatura e Língua Chinesa pela Universidade de Oxford explicava como a porcelana é relativamente nova no Japão. Os velhos, é claro, me olhavam e, depois da apresentação se apresenta, e perguntam minha idade. E eu? Eu me divirto. Minto, falo que tenho entre 15 e 105 anos. E falo sério. Conto histórias absurdas sobre como estudei arte indígena na universidade, invento nomes de tribos.

De que outra forma eu poderia responder à estas pessoas que associam conhecimento com idade? Porque eu ainda não completei meu primeiro século de vida como eles, que parecem ter passado por muitos, eu não posso saber absolutamente nada de arte? Quem inventou que apreciar arte é exclusividade de quarta idade (terceira, não!)?

Hoje, visitando a exposição "Tropicália", no Museum of Arts do Bronx, uma senhora veio me perguntar se eu me lembrava da época da tropicália. Ela era uma das curadoras do evento e me achou "muito novinha". O que responder? "Minha senhora, quantos anos você acha que eu tenho? Nesta época, eu sequer era um espermã."? Ou deveria eu explicar a realidade? "Eu eu não vivi a tropicália porque nasci vinte anos após o início do movimento mas, sempre escutei falar, não apenas da instalação do Hélio Oiticica, mas de tudo que aconteceu como expressão de arte na época da ditadura."?

Fala sério! Eu preciso me divertir. A ignorância das pessoas é tanta que o meu papel na Terra é simplesmente colaborar para que ela apenas aumente. Então, eu minto. Faço piada, conto histórias, me divirto. É apenas uma questão de sobrevivência. Diversão para poder sobreviver.

Acabei pintando a parede da exposição interativa com palavras nas quais eu realmente acredito. "Ignorance is bliss."



***

Como diz meu mestre, Pedro, na internet sempre tem um imbecil chamando os outros de imbecil. E outros imbecis lendo tudo isso.

Imbecil!

\O/