terça-feira, 17 de maio de 2005

Insônia

Desde criança eu tive problemas para dormir. A noite era um monstro na minha cabeça e toda vez era o mesmo problema, eu chorava de medo e acabava dormindo com as mãos dadas com minhas mãe. Isso durou até tarde (muito tarde, eu até tenho vergonha de dizer quando). Então eu sempre procurei por técnicas para ficar acordada de uma forma em que eu não sofresse, morrendo de sono no dia seguinte.

Acabei encontrando a tal fórmula, que envolve herói de história em quadrinho e programa de computador, mas o mais interessante se tornou a minha experiência para saber por quanto tempo eu conseguiria me manter sem dormir, conseguir trabalhar no dia seguinte normalmente, e repetir a dose no dia seguinte. O resultado foi: "três semanas". Uma loucura.

Sempre tive uma neurose muito grande de pensar, lá pelas 11 pm. do dia anterior, "eu tenho que dormir, para acordar bem amanhã, para conseguir trabalhar." Coisas de quem não faz o que ama, duvido que todo mundo pense assim. Era um pensamento que me torturava muito, depois da fase do medo de dormir, sentia como se estivesse perdendo tempo. "Poxa, tem tanta coisa bacana para fazer e uma vida é muito pouco tempo."

Desta vez eu passei os dias dormindo, no máximo, duas horas por noite (para fazer inveja em qualquer um destes caras que falam que precisam apenas de quatro horas de sono), e uma vez por semana, em que dormia oito horas seguidas, sempre aguardando para que o cansaço chegasse, o que aconteceu ontem.

Eu estava em um estado incrível de desepero por uma cama, que estava sendo impossível colocar em ordem qualquer frase que saia da minha boca, eu já não conseguia mais andar, e acabei me irritando demais com as pessoas, o que fez minha mãe desligar o telefone na minha cara.

Experiência concluída, limites estabelecidos, preciso sentar para esclarecer regras com meu computador e meu vídeo-game. Justo eu, que odeio regras, preciso voltar à uma rotina "normal", se eu quiser manter qualquer tarefa executada decentemente na manhã seguinte. Mas duvido que eu vou voltar a dormir as oito ou nove horas diárias de antes. Poxa, tem tanta coisa interessante para fazer!

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