A apresentação da Bachiana de Câmara foi de arrepiar. Quatro surpresas que não estavam no programa: no primeiro ato, estávamos aguardando apenas a execução de “Orchestral Suite#1”, de Bach. Acabaram adicionando mais três peças do compositor e alongando a apresentação. Depois, era a vez da estréia da peça “Amazonas”, do pianista-compositor belga Stefan Meylaers, que já havia confirmado que não estaria presente na apresentação. Não é que o homem entra no palco e dá um show no piano? O susposto fim da apresentação, que deveria apenas conter obras de Vila-Lobos me deixou felicíssima com a inclusão de peças de Alberto Nepomuceno e Guerra Peixe. A idéia foi incluir o trabalho de três gerações de compositores brasileiros. Foi emocionante mesmo. Então, o maestro João Carlos Martins resolveu tocar piano apenas com três dedos. Dois encores com Bach, de arrepiar.
Depois de tudo isso, saímos correndo e fomos assistir a Pan’s Labyrinth. Quem me conhece sabe que eu odeio cinema. Dificilmente eu saio da minha casa ir ao cinema, tem que ser um filme muito, mas muito bom mesmo para eu fazer o sacrifício de aguentar o mundo exterior. Neste, de Guillermo del Toro, eu acertei em cheio. Um espetáculo imperdível. Uma fuga do final da Segunda Guerra, no caos que deveria ser a Espanha e o resto do mundo.
Para arrematar, finalizamos a noite com uma maratona com as suas temporadas de Extras, a nova (aqui, lá já é velha) série de Ricky Gervais, criada pela BBC em contribuição com a HBO e que estréia aqui a segunda temporada em 14 de janeiro. É hilário. É muito parecido com o Office inglês, Gervais é gênio de te deixar sem-graça por ele. Fantástico.
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