sexta-feira, 8 de julho de 2005

"Eu conheço uma boa rádio pela qualidade do seu som"

Se eu começar a cantar "mãozinha, mãozinha, mão na cinturinha e mexe, mexe, mexe..." não fiquem assustados.

No meu prédio opera a Rádio Alterntiva FM - "A Primeira Rádio 100% Brasileira nos EUA." O pessoal que trabalha lá é todo cool, modernetes, a recepção da rádio parece um lounge, cool people hanging out e tal. Eu me dou bem com o pessoal, mas como eu me dou bem com qualquer estranho. Fico na minha.

Não é que um dos meninos entra no meu escritório e me trás um presente: um rádio, sintonizado na 103.4, "para alegrar meu dia", e de cinco em cinco minutos ele entra na minha sala para checar o sinal. Só quem me conhece sabe que esta situação é o equivalente a minha idéia de inferno.

Eu não acho que porque eu sou brasileira eu tenho que escutar estas músicas. Eu não acho que todas as pessoas de um mesmo país são obrigadas a ter o mesmo gosto musical, e se eu gostasse disso, eu não teria me mudado para cá. Justo eu, que mesmo não sendo religiosa, só falto ajoelhar e agradecer à Deus, por morar aqui e não ter que escutar este tipo de coisa. Eu eliminei isto da minha vida de uma tal uma forma que eu sequer conheço as bandas, letras, músicas novas. É só uma questão de gosto.

Não quer dizer que eu não escuto música do Brasil. Eu tenho certos amigos que me jogam toneladas de rock gaúcho na orelha. Coisa que eu não escuto há um tempo, resquícios de bad break-up, mas que eu adoro. Eu posso passar o dia escutando Wonkavision e Bidê ou Balde, mas não me peça para escutar o Latino, e..., e..., bom eu nem sei o nome do povo... Babado Novo. Eu não vou. É muita falta de educação invadir a sala de alguém desta forma, sem conversar comigo e se preocupar em saber qual é o meu gosto. Eu achei muito legal o cara querer me agradar, mas"meu amigo, você começou errado.

Agora eu vou desligar o rádio e com muita educação e minha cara de anti-social ir té a sala deles devolver e agradecer.

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