quinta-feira, 27 de janeiro de 2005

Garden State




OK, que as pessoas não tenham a lifetime experience assistindo Garden State, como eu tive. Está provado, tudo o que um filme causa em você está proporcionalmente relacionando com o seu background. Morar no "garden state", ter tomado os mesmos remédios pelo mesmo espaço de tempo, e estar muito, muito longe de casa me aproximou mais da obra de Zach Braff (que escreveu, atuou e dirigiu o filme semi-indie). Poucos são os momentos em que tanta perfeição (no sentido de relação com sua própria vida) te tocam desta forma, com trilha de The Shins no fundo. Ontem, eu me arrepiei ao assitir o filme, e hoje eu me decepciono com os reviews que tenho encontrado na Net. Pobre.


Para mim, é difícil escrever sobre Garden State simplesmente pq eu não fui desenvolvida para escrever sobre sentimentos. E o filme é isso para mim, uma porção de sentimentos, todos juntos. É difícil escrever, pela dificuldade de alcaçar uma descrição correta do que aquelas duas horas significaram na minha vida. São alguns minutos que resumem toda uma existência. E isso, não é fácil de colocar no papel, não com toda a perfeição com que Braff fez.


***





Um erro imbecil que nunca poderá ser corrigido, frustração, ódio, culpa, arrependimento, morte da auto-estima, 20 anos de remédios, inibidores de sentimentos, inibidores de expressões. Numb, anestesiado. Este sim, é o verdadeiro morto vivo. E sem esperar, a chance de mudar tudo, concertar tudo, começar a viver e aceitar que sentir não é ruim, nem que seja dor. Muita dor. Sentir dor é melhor do que não sentir nada. Correr riscos é melhor do que não sentir nada.

Mais ou menos sobre isso do que o filme se trata.


Não se deixe enganar pelos reviews imbecis que existem por aí, como diz minha vó, certas pessoas falam pelo cú.

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