segunda-feira, 3 de janeiro de 2005

Todas as vezes que tenho crises, e xingo o país e ...

Todas as vezes que tenho crises, e xingo o país e falo que vou voltar para o Brazil, e como demais, e choro demais, e engordo demais, e fico furiosa e fumando demais, eu sento, respiro fundo e entro em qualquer site que venda qualquer coisa, desde que este seja brasileiro. Me dá uma pânico tão grande que eu sossego na hora. (Nossa, como meu consumismo é forte!)


Entrando nas lojas americanas hoje (sim, porque eu tive mais uma crises destas hoje!) eu vejo uma Máquina Fotográfica que aqui custa 10 vezes a menos que aí. Eu quase caí de costas. Me acalmei e decidi ficar por aqui mesmo!


Agora, pensando neste assunto, eu estou mais assustada que antes. Eu notei como minha compulsão por determinada coisa é forte. Eu não sei de onde tirei a idéia fixa de que devo ser feliz de alguma forma. Como eu sou extremamente infeliz eu vou compensando uma área, com a outra e fodendo com minha vida, consequentemente. Explico: quando eu me separei do Afonso, eu estava (ou esóu?) compeltamente infeliz, magoada, machucada, etc, etc, etc, yada, yada, yada, que as pessoas se sentem quando se separaram. Eu compensei com comida. Eu comi tanto, que eu engordei o possível e o impossível, ficando mais infeliz ainda e acabei mudanda para o setor compras. Eu fiquei tão compulsiva com compras que eu me enfiei em uma divída gigantesca, da qual está muito dícil se livrar. Tive que me trancar dentro de casa e me coloquei a assistir filmes, eu assiste a tantos filmes, nos meses que se passaram, que todos os filmes do mundo acabaram para mim. No final das contas eu tinha virado (recapitulando) uma mal-amada, gorda-comilona, viciada em shopping, endividada, enfurnada dentro de casa, sem amigos, e com meus filmes.


Meu Deus, que destino, ainda bem que 2004 acabou, e que junto com o 31 de Dezembro eu tenha enterrado esta minha obsseção-compulsão.

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