Um dia o Mr. Pratt, enquanto construia o primeiro prédio do Pratt Institute, lá no Brooklyn, na época da segunda guerra mundial, sentou naquela escadaria de degraus largos e pensou em mim. Pensou que tinha que desenvolver um curso que integrasse todos os meus interesses em um só. Um curso completamente diferente das outras coisas por aí, sem um foco único.
"Our program breaks the rule that says you have to do your college major from a single perspective like fine arts or literature or biology or sociology. The B.A. program in Critical and Visual Studies, based in the Department of Social Science and Cultural Studies, provides a range of disciplines and courses in cinema and media studies, critical theory, urban studies, globalism, literature, writing, and the arts, and seeks to understand human culture in its full complexity. Many of our students come with an interest in photography and other digital media and learn to integrate these interests with their abilities as writers and thinkers, to develop their artistic side while exploring the intellectual and scholarly aspects of their interests."
E assim surgiu o curso de Critical and Visual Studies do Pratt. Também conhecido como o curso para a Vanessa. É a única coisa que eu consigo pensar nas últimas semanas. É claro que com o final da faculdade eu deveria estar pensando em encontrar estágios legais - já aconteceu, está aparecendo idéias e pessoas, aquela história de gente certa, no lugar certo, na hora certa. Mas eu só consigo pensar em estudar. Em fazer Francês até sair o processo do Pratt.
quarta-feira, 31 de agosto de 2005
domingo, 28 de agosto de 2005
Foo Fighters + Weezer
Foo Fighters - Times Like These
Tickets comprados para o show, só resta confirmar se Kaiser Chiefs toca na mesma noite. Estou começando a achar NJ o melhor estado... Bafo!
E nem falei nada do Weezer. E ando cheia de teorias sobre a banda. Hum...
Tickets comprados para o show, só resta confirmar se Kaiser Chiefs toca na mesma noite. Estou começando a achar NJ o melhor estado... Bafo!
E nem falei nada do Weezer. E ando cheia de teorias sobre a banda. Hum...
sexta-feira, 26 de agosto de 2005
Freaks come out at night
Somos sete hoje. Mas um ano atrás, era somente eu. E como eu desejei encontrar estas pessoas... Estas seis pessoas que cruzaram as portas do QXT comigo. Temos todos o mesmo perfil: somos crianças de vinte-e-poucos anos que largaram o Brasil e se mudaram para NY. Absolutamente sozinhos. Sofremos sozinhos. Uns mais, outros menos, mas ainda assim, no nosso olhar, existe aquele brilho perdido de quem já se fodeu muito.
E é só necessário um olhar, para nos entendermos. Nossas dores são as mesmas, mas mais forte do que isso foi uma paixão que nos uniu: ROCK. Um grupo que se juntou por amor à música. Nós dividimos inúmeros interesses comuns, mas o amor ao rock é o mais forte deles.
Se você esbarrasse conosco por aí, talvez colocaria uma porção de rótulos em cima da gente. "Ow, they are a bunch of indie-punk kids." Não. escutamos coisas completamente diferentes. Eu e o Léo Carioca escutamos muito inde-rock e clássicos (Keane, Arcade Fire, Killers), enquanto o Léo Paulista escuta rock mais pesado, algo de metal (System of a Down, My Chemical Romance). A Amanda sempre vota para rock misturado com eletrônica (Bloc Party, Rapture, Fisherspooner), e o Arthur é o cara que conhece tudo, e sempre indica as músicas mais engraçadas (Kung Fu - que banda é aquilo?). Já o Tiago e a Vivi são os que eu conheço menos, mas que se balançaram comigo na pista de dança, sem parar.
A troca é impagável. Chegar na casa dos meninos e encontrar o Léo C. sentado no computador, escutando eletronic-rock (Apollo Four Fourty e Benny Benassi), é de animar qualquer um. Você começa a pular sem parar e já sai de casa completamente suada. Com este pessoal eu sempre tenho que andar com um caderninho, anotando tudo que é fantástico e que eu tenho que escutar. Ou roubar o i-Pod da Amanda e descobrir tudo de bom que tem alí. É informação a cada segundo.
Quando entramos no QXT, eu senti uma coisa que eu nunca tinha sentido por estas bandas: este é meu povo! Não tirei foto dos tipos góticos, ou sado-masoquistas que estavam lá. Sem dúvida nenhuma, nós somos o grupo mais normal que frequenta o melhor bar que eu já fui na vida. Mas me preocupei em registrar este nosso momento (mais de 200 fotos e quatro vídeos hilários comprovam isto). Um puta grupo, do qual eu tenho orgulho de fazer parte.
Push me , and than just touch me
so i can get my
satisfaction
Satisfaction - Benny Benassi
***
A banda que toca Kung Fu é Guttermouth. E ainda Lipstick é hilária, música de vagabundo. Fun, fun, fun.
* update com a ajuda do Léo P.
***
E é só necessário um olhar, para nos entendermos. Nossas dores são as mesmas, mas mais forte do que isso foi uma paixão que nos uniu: ROCK. Um grupo que se juntou por amor à música. Nós dividimos inúmeros interesses comuns, mas o amor ao rock é o mais forte deles.
Se você esbarrasse conosco por aí, talvez colocaria uma porção de rótulos em cima da gente. "Ow, they are a bunch of indie-punk kids." Não. escutamos coisas completamente diferentes. Eu e o Léo Carioca escutamos muito inde-rock e clássicos (Keane, Arcade Fire, Killers), enquanto o Léo Paulista escuta rock mais pesado, algo de metal (System of a Down, My Chemical Romance). A Amanda sempre vota para rock misturado com eletrônica (Bloc Party, Rapture, Fisherspooner), e o Arthur é o cara que conhece tudo, e sempre indica as músicas mais engraçadas (Kung Fu - que banda é aquilo?). Já o Tiago e a Vivi são os que eu conheço menos, mas que se balançaram comigo na pista de dança, sem parar.
A troca é impagável. Chegar na casa dos meninos e encontrar o Léo C. sentado no computador, escutando eletronic-rock (Apollo Four Fourty e Benny Benassi), é de animar qualquer um. Você começa a pular sem parar e já sai de casa completamente suada. Com este pessoal eu sempre tenho que andar com um caderninho, anotando tudo que é fantástico e que eu tenho que escutar. Ou roubar o i-Pod da Amanda e descobrir tudo de bom que tem alí. É informação a cada segundo.
Quando entramos no QXT, eu senti uma coisa que eu nunca tinha sentido por estas bandas: este é meu povo! Não tirei foto dos tipos góticos, ou sado-masoquistas que estavam lá. Sem dúvida nenhuma, nós somos o grupo mais normal que frequenta o melhor bar que eu já fui na vida. Mas me preocupei em registrar este nosso momento (mais de 200 fotos e quatro vídeos hilários comprovam isto). Um puta grupo, do qual eu tenho orgulho de fazer parte.
Push me , and than just touch me
so i can get my
satisfaction
Satisfaction - Benny Benassi
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A banda que toca Kung Fu é Guttermouth. E ainda Lipstick é hilária, música de vagabundo. Fun, fun, fun.
* update com a ajuda do Léo P.
***
Disney Nightmare - Part II
Day 2 - Na manhã do nosso primeiro dia na Flórida tivemos que correr atrás de tickets para os parques. Tudo isso porque não fizemos o que deveria ter sido feito e comprado os tais tickets ainda em NY, antes de chegarmos lá. É nisso que dá, acordamos cedo, e fomos tomar café da manhã num hotel bacana, que vende os tickets a um preço muito mais em conta, e enquanto as meninas comiam, eu tentei resolver o nosso problema. Não deu certo, eu saí do hotel com um ódio tremendo e com fome.
Seguimos para o Island of Adventure - Universal e tivemos que pagar o preço normal de todos os parque que nós decidimos ir, isso fez com que cortássemos o número de parques de 9 para 6.
Apesar da manhã podre, este foi um dos melhores dias. Conseguimos ver praticamente o parque todo, foi o parque mais interessante, e nós ainda não tinhamos brigado.
Day 3 - Repetindo o dia anterior nós fomos para a Universal Studios, que também foi muito legal e tinha a melhor montanha russa da viagem toda: Múmia. Isso porque descartamos viajar até Tampa para ir ao Bush Gardens (que deve ser um parque fantástico!), por causa de grana. Eu eu ando preocupada, aparentemente eu perdi total o medo de ir em Montanha Russa, não passei medo em nenhhuma (eu caracterizo "passar medo" o estado em que eu chego que até chorar eu choro quando o carrinho começa a nadar, como aconteceu no Six Flags). Definitivamente eu virei um homem.
Pegamos um dia quente dos infernos, filas enormes e não cosneguimos completar o parque todo. Pena, Pena.
Day 4 - Primeiro dia de Disney - Epcot. A Lily ficou doente, passou um tempo na enfermaria do parque e perdeu parte dos rides. Fora isso tudo correu bem smooth. Foi o dia de maior resistência minha em relação à Disney. O clima de perfeição, e "todos viemos felizes para sempre" me incomodava. Mais tarde eu fui desenvolvendo que aquilo alí não tem absolutamente nada a ver comigo.
O parque é muito diferente do que eu imaginava, e muito menor. Vir para a Disney com 22 anos foi, definitivamente, uma má idéia. Talvez se eu tivesse vindo 10 anos mais nova, ou sem nunca ter morado aqui, talvez eu achasse tudo maravilhoso, e ficasse encantada. Não sei explicar, de uns tempos para cá pouquíssimas coisas me deixam admirada, ou encantada. Talvez morar aqui fez isso comigo.
Achei a Disney nada demais. Claro, padrão Disney em tudo, limpeza, organização, beleza, música. Mas ainda assim, nada com que eu não esteja acostumada. É, com exceção da minha casa.... Anyway, nada de demais. Pena, acho que perdi alguma coisa, de conhecer um lugar e achar "Wooooww, that's amazing!" Não aconteceu desta vez.
Day 5 - Um dos piores dias. Animal Kingdom. As a bad person that I am, I like animals, in the zoo, in the wild, very, very far from me. And I like myself in the city, surrounded by trafic-lights, pollution, concrete, etc... Então o Animal Kingsdom foi extremamente boring para mim. Eu não tenho sonhos de fazer safaris na África. É o tipo de coisa que se acontecer, ok, vai ser fantástico pela experiência, mas eu não me esforçaria muito para que isso aconteça na minha vida.
Eu estava cansada (resultado de quatro meses em que eu não tenho me cuidado, só cansado, cansado, cansado, sem absolutamente nenhum final de semana de folga. Cansaço acumulado por mais de um mês fora de casa, dormindo por aí, ou na casa dos outros, longa história.), sem paciência, e com calor. Cranky. Para completar teve discussão pra caralho. Clima péssimo entre eu e as meninas.
Day 6- Descanso. Nossa, a idéia de fazer parques todos os dias, pelo menos para mim, parece ridícula agora. Eu não consigo mais fazer isso, não no estado em que eu ando. Passamos o dia na piscina do hotel (meu lugar preferido da Flórida), onde eu pedia beber e fumar tranquila. Absolutamente ninguém me enchendo o saco.
Fomos na Pleasure Island a noite. Uma delícia. Por mim voltaria todos os dias. Este negócio de andar nas ruas no calor, poder consumir alcool, fumar, ver gente do mundo todo e escutar música altíssimo é muito a minha praia. Passeamos pelas lojas, achei altos presentes bacanas para o pessoal (para Amanda, um switch plate da Betty Boop e da Coca-cola, muito lindo; para mim imã do David and Goliath, promoção de DVds da Virgin).
É eu não estou falando muito do ponto ruim da viagem. Focus, Vanessa, focus.
Nesta noite eu me perdi dentro do Wyndham Hotel e não me encontrava mais, e o taxista que nos buscaria deu para trás e simplesmente desligou o celular.
Day 7 - MGM Studios. Deve ser o parque mais legal da Disney. Aquele em que eu esqueci todos os meus beliefs a respeito da corporação e consegui me divertir de verdade. De manhã, é claro que rolou estress entre as meninas, briga e discussão até que nos separamos. Eu e a Ju para um lado, a Lily e a Karina para o outro e assim ficou o restante todo da viagem. Rítimos diferentes, clima ruim, não tinha como ser diferente.
Eu e a Ju passeamos tranquilas, descansamos bastante, fomos seguidas vezes à Rock and Roller (a montanha mussa do Aerosmith! - cara eu achei isso muito legal), e assistimos ao Fantasmic, um show lindíssimo que acontece no final da noite. Aliás, o que eu assisti de teatro, show, parada, fogos de artifícios, foi absurdo, eu já confundi tudo e virou um show só na minha cabeça. Mentira. O Fantasmic é o mais cool, porque é o show mais dark. Bruxas enfeitiçam o Mickey (do caralho!), e ele começa a ter pesadelos, com pitadas do filme Fantasia passando numa queda d'água, e todas as princesas sendo afogadas. A-do-rei. I hate fary tales. Claro que no final o Mickey tira forças sabe-se lá de onde e mata as Bruxas e todos vivem felizes para sempre. Isso é muito cretino. Mas o show é lindo.
Day 8 - Deveríamos ter ido ao Sea World. No money, no cash. As meninas foram para a Universal, gastar o terceiro dia de ticket free e eu e a Ju ficamos no Hotel e decidimos visitar os outlets. Comprei presentes para quem mais estava faltando, e nos perdemos voltando para casa. Dencanso.
Day 9- Magic Kingdom. Se eu desconfiei a viagem toda que meu guia da Lonely Planet estava totalmente desatualizado, neste parque eu tive certeza. Muita coisa faltando. Você pode defender dizendo que é o aniversário de 50 aos da Disney e que por isso tem atrações e shows novos. Eu chamo de guia desatualizado mesmo.
Ok, Magic Kingdom, que de magic mesmo tem muito pouco. Sim, é o único momento na Disney que você realmente se sente "na Disney." Mas, ainda assim, é mais fraco do que eu imaginava. Eu tive 23 anos para construir, com o depoimento de todos os meus amigos que já vieram para cá, minhas idéias do que seria o parque. E no meu mundo ele era enorme, gigantesco, infindável. Expectativa muito grande, decepção proporcional.
Calor, muito, muito calor. Cara, fez 119º neste dia. Fala sério, que ser humano aguenta isso? É nestes momentos que eu tenho segundos de insanidade e desejo que fosse inverno e que eu estivesse em NY. Este verão foi incrível, é um história de verão mais quente em 45 anos em Chicago, 60 anos na Flórida. Coisa absurda, meus pés fritavam na sandália, a ponto de eu não conseguir mais usá-la. Parada, sorvete, parada, coca-cola. E como tudo é caro nesta desgraça de Disney. Se você contar o quanto eu gastei de cola-cola. Vamos lá: $2.00 cada garrafa. Eu preciso de uma nova cada vez que eu vou fumar. 20 cigarros em um maço. 1 maço por dia. O resultado é horrível. O calor parece que fez pacto com o parque. Não, com a Coca-cola. Até a água que vende lá é da coca-cola.
Foi o dia em que eu mais xinguei a falsidade toda que a Disney representa. Não xinguei para a Ju, coitada, que eu não ia encher o saco da menina com a minha chatice. Mas quanto mais eu via aquela coisa falsa, mais eu pensava nos meus problemas e fui me afundando num ciclo sem fim de sorriso falso, coração quebrado, e assim por diante. O clima de perfeição me irritava, o clima de conto de fadas me irritava.
I don't fucking believe in fairy tales. Desde quando era pequena. Minha mãe me comprou uma coleção de livros da Disney. E ela lia aquelas história incríveis (eu tinha cinco anos, come on...), e eu detestava os finais. Como assim "viveram felizes para sempre?" Eles tiveram filhos? O cara traiu a princesa (tema muito recorrente na minha vida real)? Eles tiveram filhos? Ela teve dificuldade para engravidar? O que eles faziam o dia inteiro? Qual era o hobby da criança? Enfim, este negócio mal explicado de "lived happly ever after" não cola. Eu quero saber o que aconteceu depois, e eu aposto que não foi tão feliz assim a história.
Com certeza, debaixo daquele sol todo, a história não foi feliz.
***
Wishes: eu não tenho como não falar bem deste show. Último show que eu assisti por lá, e até chorar eu chorei. A trilha é linda, os fogos são fantásticos. É completamente daquela merda que tem no Brasil, uma barulheira do inferno, eu morria de medo. Aqui fogos de artifício é sinônimos de cores, luz e não barulho. Teve até Tinkerbell que saiu voando do Castelo da Cinderela. Rídiculo eu falando isso, certo? Man, eu chorei. Juro. Ou o show realmente era muito lindo, ou como foi o último show que eu assisti, eu devo ter me rendido aos encantos do parque. Nunca acredito em um lado só da história, mesmo que a história seja minha.
Day 10- Hotel. Pelo amor de Deus. Nem que se eu tivesse muitos dólares eu sairia do hotel neste dia. Eu comecei a delirar com minha cama em NJ. Não aguentava mais. Tirei o dia para nadar, dormir, nadar, fumar, nadar, dormir. Isso é que tem gosto de férias.
Day 11- Um daqueles dias que você só consegue se preocupar com a volta para casa. Quer notícia pior do que "nothing happend?" Ah, sim, tem uma pior. Um amigo meu me liga, e me deixa mensagem. Quando eu chego em Manhattan, eu escuto o seguinte: "Olha, eu tô em Mimi Beach e eu sei que você está em Orlando, vem para cá passar a semana comigo?" Eu odeio não ter escolhas.
Seguimos para o Island of Adventure - Universal e tivemos que pagar o preço normal de todos os parque que nós decidimos ir, isso fez com que cortássemos o número de parques de 9 para 6.
Apesar da manhã podre, este foi um dos melhores dias. Conseguimos ver praticamente o parque todo, foi o parque mais interessante, e nós ainda não tinhamos brigado.
Day 3 - Repetindo o dia anterior nós fomos para a Universal Studios, que também foi muito legal e tinha a melhor montanha russa da viagem toda: Múmia. Isso porque descartamos viajar até Tampa para ir ao Bush Gardens (que deve ser um parque fantástico!), por causa de grana. Eu eu ando preocupada, aparentemente eu perdi total o medo de ir em Montanha Russa, não passei medo em nenhhuma (eu caracterizo "passar medo" o estado em que eu chego que até chorar eu choro quando o carrinho começa a nadar, como aconteceu no Six Flags). Definitivamente eu virei um homem.
Pegamos um dia quente dos infernos, filas enormes e não cosneguimos completar o parque todo. Pena, Pena.
Day 4 - Primeiro dia de Disney - Epcot. A Lily ficou doente, passou um tempo na enfermaria do parque e perdeu parte dos rides. Fora isso tudo correu bem smooth. Foi o dia de maior resistência minha em relação à Disney. O clima de perfeição, e "todos viemos felizes para sempre" me incomodava. Mais tarde eu fui desenvolvendo que aquilo alí não tem absolutamente nada a ver comigo.
O parque é muito diferente do que eu imaginava, e muito menor. Vir para a Disney com 22 anos foi, definitivamente, uma má idéia. Talvez se eu tivesse vindo 10 anos mais nova, ou sem nunca ter morado aqui, talvez eu achasse tudo maravilhoso, e ficasse encantada. Não sei explicar, de uns tempos para cá pouquíssimas coisas me deixam admirada, ou encantada. Talvez morar aqui fez isso comigo.
Achei a Disney nada demais. Claro, padrão Disney em tudo, limpeza, organização, beleza, música. Mas ainda assim, nada com que eu não esteja acostumada. É, com exceção da minha casa.... Anyway, nada de demais. Pena, acho que perdi alguma coisa, de conhecer um lugar e achar "Wooooww, that's amazing!" Não aconteceu desta vez.
Day 5 - Um dos piores dias. Animal Kingdom. As a bad person that I am, I like animals, in the zoo, in the wild, very, very far from me. And I like myself in the city, surrounded by trafic-lights, pollution, concrete, etc... Então o Animal Kingsdom foi extremamente boring para mim. Eu não tenho sonhos de fazer safaris na África. É o tipo de coisa que se acontecer, ok, vai ser fantástico pela experiência, mas eu não me esforçaria muito para que isso aconteça na minha vida.
Eu estava cansada (resultado de quatro meses em que eu não tenho me cuidado, só cansado, cansado, cansado, sem absolutamente nenhum final de semana de folga. Cansaço acumulado por mais de um mês fora de casa, dormindo por aí, ou na casa dos outros, longa história.), sem paciência, e com calor. Cranky. Para completar teve discussão pra caralho. Clima péssimo entre eu e as meninas.
Day 6- Descanso. Nossa, a idéia de fazer parques todos os dias, pelo menos para mim, parece ridícula agora. Eu não consigo mais fazer isso, não no estado em que eu ando. Passamos o dia na piscina do hotel (meu lugar preferido da Flórida), onde eu pedia beber e fumar tranquila. Absolutamente ninguém me enchendo o saco.
Fomos na Pleasure Island a noite. Uma delícia. Por mim voltaria todos os dias. Este negócio de andar nas ruas no calor, poder consumir alcool, fumar, ver gente do mundo todo e escutar música altíssimo é muito a minha praia. Passeamos pelas lojas, achei altos presentes bacanas para o pessoal (para Amanda, um switch plate da Betty Boop e da Coca-cola, muito lindo; para mim imã do David and Goliath, promoção de DVds da Virgin).
É eu não estou falando muito do ponto ruim da viagem. Focus, Vanessa, focus.
Nesta noite eu me perdi dentro do Wyndham Hotel e não me encontrava mais, e o taxista que nos buscaria deu para trás e simplesmente desligou o celular.
Day 7 - MGM Studios. Deve ser o parque mais legal da Disney. Aquele em que eu esqueci todos os meus beliefs a respeito da corporação e consegui me divertir de verdade. De manhã, é claro que rolou estress entre as meninas, briga e discussão até que nos separamos. Eu e a Ju para um lado, a Lily e a Karina para o outro e assim ficou o restante todo da viagem. Rítimos diferentes, clima ruim, não tinha como ser diferente.
Eu e a Ju passeamos tranquilas, descansamos bastante, fomos seguidas vezes à Rock and Roller (a montanha mussa do Aerosmith! - cara eu achei isso muito legal), e assistimos ao Fantasmic, um show lindíssimo que acontece no final da noite. Aliás, o que eu assisti de teatro, show, parada, fogos de artifícios, foi absurdo, eu já confundi tudo e virou um show só na minha cabeça. Mentira. O Fantasmic é o mais cool, porque é o show mais dark. Bruxas enfeitiçam o Mickey (do caralho!), e ele começa a ter pesadelos, com pitadas do filme Fantasia passando numa queda d'água, e todas as princesas sendo afogadas. A-do-rei. I hate fary tales. Claro que no final o Mickey tira forças sabe-se lá de onde e mata as Bruxas e todos vivem felizes para sempre. Isso é muito cretino. Mas o show é lindo.
Day 8 - Deveríamos ter ido ao Sea World. No money, no cash. As meninas foram para a Universal, gastar o terceiro dia de ticket free e eu e a Ju ficamos no Hotel e decidimos visitar os outlets. Comprei presentes para quem mais estava faltando, e nos perdemos voltando para casa. Dencanso.
Day 9- Magic Kingdom. Se eu desconfiei a viagem toda que meu guia da Lonely Planet estava totalmente desatualizado, neste parque eu tive certeza. Muita coisa faltando. Você pode defender dizendo que é o aniversário de 50 aos da Disney e que por isso tem atrações e shows novos. Eu chamo de guia desatualizado mesmo.
Ok, Magic Kingdom, que de magic mesmo tem muito pouco. Sim, é o único momento na Disney que você realmente se sente "na Disney." Mas, ainda assim, é mais fraco do que eu imaginava. Eu tive 23 anos para construir, com o depoimento de todos os meus amigos que já vieram para cá, minhas idéias do que seria o parque. E no meu mundo ele era enorme, gigantesco, infindável. Expectativa muito grande, decepção proporcional.
Calor, muito, muito calor. Cara, fez 119º neste dia. Fala sério, que ser humano aguenta isso? É nestes momentos que eu tenho segundos de insanidade e desejo que fosse inverno e que eu estivesse em NY. Este verão foi incrível, é um história de verão mais quente em 45 anos em Chicago, 60 anos na Flórida. Coisa absurda, meus pés fritavam na sandália, a ponto de eu não conseguir mais usá-la. Parada, sorvete, parada, coca-cola. E como tudo é caro nesta desgraça de Disney. Se você contar o quanto eu gastei de cola-cola. Vamos lá: $2.00 cada garrafa. Eu preciso de uma nova cada vez que eu vou fumar. 20 cigarros em um maço. 1 maço por dia. O resultado é horrível. O calor parece que fez pacto com o parque. Não, com a Coca-cola. Até a água que vende lá é da coca-cola.
Foi o dia em que eu mais xinguei a falsidade toda que a Disney representa. Não xinguei para a Ju, coitada, que eu não ia encher o saco da menina com a minha chatice. Mas quanto mais eu via aquela coisa falsa, mais eu pensava nos meus problemas e fui me afundando num ciclo sem fim de sorriso falso, coração quebrado, e assim por diante. O clima de perfeição me irritava, o clima de conto de fadas me irritava.
I don't fucking believe in fairy tales. Desde quando era pequena. Minha mãe me comprou uma coleção de livros da Disney. E ela lia aquelas história incríveis (eu tinha cinco anos, come on...), e eu detestava os finais. Como assim "viveram felizes para sempre?" Eles tiveram filhos? O cara traiu a princesa (tema muito recorrente na minha vida real)? Eles tiveram filhos? Ela teve dificuldade para engravidar? O que eles faziam o dia inteiro? Qual era o hobby da criança? Enfim, este negócio mal explicado de "lived happly ever after" não cola. Eu quero saber o que aconteceu depois, e eu aposto que não foi tão feliz assim a história.
Com certeza, debaixo daquele sol todo, a história não foi feliz.
***
Wishes: eu não tenho como não falar bem deste show. Último show que eu assisti por lá, e até chorar eu chorei. A trilha é linda, os fogos são fantásticos. É completamente daquela merda que tem no Brasil, uma barulheira do inferno, eu morria de medo. Aqui fogos de artifício é sinônimos de cores, luz e não barulho. Teve até Tinkerbell que saiu voando do Castelo da Cinderela. Rídiculo eu falando isso, certo? Man, eu chorei. Juro. Ou o show realmente era muito lindo, ou como foi o último show que eu assisti, eu devo ter me rendido aos encantos do parque. Nunca acredito em um lado só da história, mesmo que a história seja minha.
Day 10- Hotel. Pelo amor de Deus. Nem que se eu tivesse muitos dólares eu sairia do hotel neste dia. Eu comecei a delirar com minha cama em NJ. Não aguentava mais. Tirei o dia para nadar, dormir, nadar, fumar, nadar, dormir. Isso é que tem gosto de férias.
Day 11- Um daqueles dias que você só consegue se preocupar com a volta para casa. Quer notícia pior do que "nothing happend?" Ah, sim, tem uma pior. Um amigo meu me liga, e me deixa mensagem. Quando eu chego em Manhattan, eu escuto o seguinte: "Olha, eu tô em Mimi Beach e eu sei que você está em Orlando, vem para cá passar a semana comigo?" Eu odeio não ter escolhas.
quarta-feira, 24 de agosto de 2005
Disney Nightmare
Oposing the Disney Dream, or the Happiest Cellabration on Earth spirit, we lived on the last 10 days, the Disney Nightmare.
Eh claro que quando eu disse que soh contaria aqui as partes ruins da viagem, eu imaginava ou post vazio, ou um nao-post.
Day 1
A única coisa que eu posso dizer que realmente conheci no primeiro dia foi, o que eu costumo chamar de: "As Maravilhas do Aeroporto La Guardia." Incrível, saimos de casa as 3:00 am porque nosso voo era as 7:00. No meio do caminho pegamos o metro errado, descemos na estacao errada, passamos por uma espera sem fim pelo nosso proximo trem, ficamos presas em um elevador na Times Square com um cheiro insuportavel e quando, finalmente, chegamos ao La Guardia nosso voo havia sido cancelado!
Esperamos maravilhosas seis horas naquele aeroporto digno de cidade do interior de Minas Gerais. Ele eh pequeno, the food court is ridiculous, nao tem como dormir no chao ou nas cadeiras, nao tem nada de interessante. Aborrecidas, nos fizemos nossa versao do video "Buffy, The Slayer of the Vampires" ! Eu era o Andrew. (A Karina comprou uma mini DV e nos nos divertimos fazendo videos total-podres e falando muita merda, o tipo de video que soh a gente entende.)
Chegamos em Orlando cansadas e nao fomos bem recebidas. Era tarde e a unica coisa que deu para notar eh que a cidade fica no meio do mato, como tudo nos EUA fora NY (hihi), e seguimos para nosso "Motel do Norman Bates" (a Lilla ia gostar desta, principalmente porque de madrugada, na piscina, eu juro que ficava procurando por uma velhinha...). A Piscina e Jacuzzi se tornaram minha casa. Eu me permiti parecer crianca do interior que esta vendo as coisas pela primeira vez (de uma certa forma eh a primeira vez....), e aproveitei o que eu queria.
***
A Florida eh um estado fantastico. Estou pensando seriamente em me mudar para ca. Existem coisas que sao muito importantes para minha sobrevivencia e que me prendem a NY, uma delas sao os shows de rock. Mas a Florida acaba competindo feio com meu atual estado.
Pros:
*O cigarro custa $2.70. Eh isso mesmo: $2.70. Eu entrei no Seven Eleven e gritava, descontrolada, $2.70! Juro que foi a parte mais interessante da Disney. Eu pago $7.00 nesta merda em NY. Aqui eh soh $2.70. Unbelievable!!!
*Voce pode consumir alcool na rua, em parque de crianca (vende cerveja, e Smirnoff Ice no Epcot, advinha qual eh meu parque preferido?),na piscina, em qualquer lugar! E tudo custa barato.
*Faz calor o ano todo.
*As pessoas sao quentes (ui!).
*Pleasure Island eh do caralho!
Cons:
*Cara, o sotaque eh insuportavel. Como alguem pode viver aqui escutando este ingles cantado? Impossivel.
*Soh tem caipira. Nao tem jeito, sul eh sul independete da cidade. Eu ainda tenho uma esperanca com Miami, mas em Orlando... Voce nao encontra pessoas diferentes. Todo mundo tem aquela mesma aparencia.
*Bush faz sucesso por aqui. Dizer que voce eh democrata eh praticamente crime. Credo.
*Voce depende de carro para ir a qualquer lugar. Ou corre o risco de ficar perdida em Kissimme.
*O clima-Disney de que tudo eh perfeito, magico, maravilhoso irrita. Chega um ponto que dah vontade de vomitar.
- comecei escrever o e-mail ainda na Flórida e terminei aqui.
***
Eu juro que eu to tentando pensar na Disney, mas minha cabeça não desliga de uma coisa: Pratt
Eh claro que quando eu disse que soh contaria aqui as partes ruins da viagem, eu imaginava ou post vazio, ou um nao-post.
Day 1
A única coisa que eu posso dizer que realmente conheci no primeiro dia foi, o que eu costumo chamar de: "As Maravilhas do Aeroporto La Guardia." Incrível, saimos de casa as 3:00 am porque nosso voo era as 7:00. No meio do caminho pegamos o metro errado, descemos na estacao errada, passamos por uma espera sem fim pelo nosso proximo trem, ficamos presas em um elevador na Times Square com um cheiro insuportavel e quando, finalmente, chegamos ao La Guardia nosso voo havia sido cancelado!
Esperamos maravilhosas seis horas naquele aeroporto digno de cidade do interior de Minas Gerais. Ele eh pequeno, the food court is ridiculous, nao tem como dormir no chao ou nas cadeiras, nao tem nada de interessante. Aborrecidas, nos fizemos nossa versao do video "Buffy, The Slayer of the Vampires" ! Eu era o Andrew. (A Karina comprou uma mini DV e nos nos divertimos fazendo videos total-podres e falando muita merda, o tipo de video que soh a gente entende.)
Chegamos em Orlando cansadas e nao fomos bem recebidas. Era tarde e a unica coisa que deu para notar eh que a cidade fica no meio do mato, como tudo nos EUA fora NY (hihi), e seguimos para nosso "Motel do Norman Bates" (a Lilla ia gostar desta, principalmente porque de madrugada, na piscina, eu juro que ficava procurando por uma velhinha...). A Piscina e Jacuzzi se tornaram minha casa. Eu me permiti parecer crianca do interior que esta vendo as coisas pela primeira vez (de uma certa forma eh a primeira vez....), e aproveitei o que eu queria.
***
A Florida eh um estado fantastico. Estou pensando seriamente em me mudar para ca. Existem coisas que sao muito importantes para minha sobrevivencia e que me prendem a NY, uma delas sao os shows de rock. Mas a Florida acaba competindo feio com meu atual estado.
Pros:
*O cigarro custa $2.70. Eh isso mesmo: $2.70. Eu entrei no Seven Eleven e gritava, descontrolada, $2.70! Juro que foi a parte mais interessante da Disney. Eu pago $7.00 nesta merda em NY. Aqui eh soh $2.70. Unbelievable!!!
*Voce pode consumir alcool na rua, em parque de crianca (vende cerveja, e Smirnoff Ice no Epcot, advinha qual eh meu parque preferido?),na piscina, em qualquer lugar! E tudo custa barato.
*Faz calor o ano todo.
*As pessoas sao quentes (ui!).
*Pleasure Island eh do caralho!
Cons:
*Cara, o sotaque eh insuportavel. Como alguem pode viver aqui escutando este ingles cantado? Impossivel.
*Soh tem caipira. Nao tem jeito, sul eh sul independete da cidade. Eu ainda tenho uma esperanca com Miami, mas em Orlando... Voce nao encontra pessoas diferentes. Todo mundo tem aquela mesma aparencia.
*Bush faz sucesso por aqui. Dizer que voce eh democrata eh praticamente crime. Credo.
*Voce depende de carro para ir a qualquer lugar. Ou corre o risco de ficar perdida em Kissimme.
*O clima-Disney de que tudo eh perfeito, magico, maravilhoso irrita. Chega um ponto que dah vontade de vomitar.
- comecei escrever o e-mail ainda na Flórida e terminei aqui.
***
Eu juro que eu to tentando pensar na Disney, mas minha cabeça não desliga de uma coisa: Pratt
System of a Down
I was standing on the wall,
Feeling ten feet tall,
All you maggots smoking fags on Santa Monica Boulevard,
This is my front page,
This is my new age,
All you bitches put your hands in the air and wave them like you just don't care.
You should have never trusted Hollywood.
Um show de rock onde 90% da população é formada por homens (+25 anos), vestidos de preto. Eu acredito que era a única menina com top florido e sainha (porque sim, eu tento me vestir como um ser humano para trabalhar).
Meus amigos me ligaram no último segundo, com um ticket sobrando para System of a Down. You can't turn that down! Foi um show fantástico, mas do tipo que eu geralmente não compraria o convite. Eu escuto System of a Down desde que cheguei aqui, tive um namorado que me deu os dois primeiros Cds, "System of a Down" e "Toxicity." Depois escutei "Steal This Album," o bafo do album-protesto, com músicas metendo o pau na Guerra do Iraque e aquele clipe de Boom! que mostra o povo prostestando nas quatro cantos do globo. "Mezmerize" foi só na casa do Léo, e alguma coisa na rádio.
São excelentes discos, é um rock mais pesado do que eu escuto e segundo a Lilla, é a única banda nova de new-metal que presta. É marcante como são raras as músicas em que o rítimo inicial é preservado até o fim, os caras são conhecidos exatamente por não manterem a mesma batida por mais de alguns segundos, alternando rock muito pesado, com balada mais leve e voltando ao pesado cinco segundos depois. As letras são um caso à parte. Desde coisas absurdas sobre drogas e sexo:
My cock is much bigger than yours,
My cock can walk right through the door
With a feeling so pure..
It's got you screaming back for more.
Pior que esta letra colou na minha cabeça e eu ando pelo escritório e cantando "My cock is much bigger than yous..."
Pena que eu dei uma de Vanessa e levei a câmera, consegui entrar com ela escondido, e esqueci as pilhas. Então não vai rolar fotinho.
Feeling ten feet tall,
All you maggots smoking fags on Santa Monica Boulevard,
This is my front page,
This is my new age,
All you bitches put your hands in the air and wave them like you just don't care.
You should have never trusted Hollywood.
Um show de rock onde 90% da população é formada por homens (+25 anos), vestidos de preto. Eu acredito que era a única menina com top florido e sainha (porque sim, eu tento me vestir como um ser humano para trabalhar).
Meus amigos me ligaram no último segundo, com um ticket sobrando para System of a Down. You can't turn that down! Foi um show fantástico, mas do tipo que eu geralmente não compraria o convite. Eu escuto System of a Down desde que cheguei aqui, tive um namorado que me deu os dois primeiros Cds, "System of a Down" e "Toxicity." Depois escutei "Steal This Album," o bafo do album-protesto, com músicas metendo o pau na Guerra do Iraque e aquele clipe de Boom! que mostra o povo prostestando nas quatro cantos do globo. "Mezmerize" foi só na casa do Léo, e alguma coisa na rádio.
São excelentes discos, é um rock mais pesado do que eu escuto e segundo a Lilla, é a única banda nova de new-metal que presta. É marcante como são raras as músicas em que o rítimo inicial é preservado até o fim, os caras são conhecidos exatamente por não manterem a mesma batida por mais de alguns segundos, alternando rock muito pesado, com balada mais leve e voltando ao pesado cinco segundos depois. As letras são um caso à parte. Desde coisas absurdas sobre drogas e sexo:
My cock is much bigger than yours,
My cock can walk right through the door
With a feeling so pure..
It's got you screaming back for more.
Pior que esta letra colou na minha cabeça e eu ando pelo escritório e cantando "My cock is much bigger than yous..."
Pena que eu dei uma de Vanessa e levei a câmera, consegui entrar com ela escondido, e esqueci as pilhas. Então não vai rolar fotinho.
segunda-feira, 22 de agosto de 2005
Back to our future
Acho que nunca senti um prazer tão grande ao chegar na minha casa como senti desta vez. A felicidade de escutar o piloto dizendo que chegamos em NY era enorme, não conseguíamos nos manter presas às nossas poltronas. Ou era a felicidade ou era a dose carregada de uísque. O problema foi stewardess gritando conosco "Sit Back, Right Now!" Credo, que nervoso! ;-P
Depois de encarar a maratona ônibus-trem-ônibus, eu tive que andar em Manhattan, numa das áreas que eu pago poara não andar (Times Square), com bolsas, sacolas e muito cansaço, só para ver o movimento e me sentir em casa de verdade.
Meu apartamento continua o mesmo, 11 dias fora e eu jurava que quando chegaria, como mágica, tudo estaria no lugar e limpinho. Fiquei surpresa e feliz quando abri a porta e encontrei a mesma louça para lavar, as mesmas roupas no chão, o mesmo roomate no quarto... É este clima de Disney subindo na minha cabeça.
***
Não tenho forças, e nem capacidade de concentração, para baixar as fotos, arrumar tudo direitinho e muito menos publicar tudo isso. Nós contabilizamos mais de mil fotos, mas isso fica para as próximas semanas. Eu vou fazendo posts alternados sobre tudo que deu errado, e as fotos dos momentos felizes.
***
Época de tirar o atraso de tudo que eu não escutei nas férias, Kaiser Chiefs e The Futureheads tocando a todo volume em casa.
This is the modern way
Of faking it everyday
And taking it as we come
And we're not the only ones
Depois de encarar a maratona ônibus-trem-ônibus, eu tive que andar em Manhattan, numa das áreas que eu pago poara não andar (Times Square), com bolsas, sacolas e muito cansaço, só para ver o movimento e me sentir em casa de verdade.
Meu apartamento continua o mesmo, 11 dias fora e eu jurava que quando chegaria, como mágica, tudo estaria no lugar e limpinho. Fiquei surpresa e feliz quando abri a porta e encontrei a mesma louça para lavar, as mesmas roupas no chão, o mesmo roomate no quarto... É este clima de Disney subindo na minha cabeça.
***
Não tenho forças, e nem capacidade de concentração, para baixar as fotos, arrumar tudo direitinho e muito menos publicar tudo isso. Nós contabilizamos mais de mil fotos, mas isso fica para as próximas semanas. Eu vou fazendo posts alternados sobre tudo que deu errado, e as fotos dos momentos felizes.
***
Época de tirar o atraso de tudo que eu não escutei nas férias, Kaiser Chiefs e The Futureheads tocando a todo volume em casa.
This is the modern way
Of faking it everyday
And taking it as we come
And we're not the only ones
domingo, 21 de agosto de 2005
Soundtrack
A vida sem musica eh realmente muito chata. Para algumas pessoas pode ate nao fazer diferenca alguma, mas para mim, tudo perde a cor. Eu realmente perco o animo. Esqueci de trazer o carregador do i-Pod para ca e fiquei completamente sem acesso a musica. No unico dia que eu tirei para escutar por alguns minutinhos Kaiser Chiefs o meu humor mudou completamente. E o engracado eh que eu comentei isso com as meninas e me senti uma ET, ninguem concorda!
Nao eh como andar de bicicleta
Este papo de que nadar ou dirigir eh como andar de bicicleta, voce nunca mais esquece, eh a maior mentira. Nadei oito anos, e passei os ultimos tres muito longe de piscina (Cara, eu suspeito que nao existe piscina em Nova York!). Nestes 10 dias aqui, eu me matei tentando nadar, mas nao eh a mesma coisa. Eu nao tenho mais o folego, nem a forca, nem o jeito, nem nada. Sou um completo desastre dentro d'agua. Se minha mae visse isso, ela choraria.
Eu desconfio tambem que sou a unica pessoa que da pausas na natacao, para fumar um cigarro. Vai entender porque eu nao consigo mais nada bem....
***
Fico imaginando o dia em que eu voltar a dirigir...
Eu desconfio tambem que sou a unica pessoa que da pausas na natacao, para fumar um cigarro. Vai entender porque eu nao consigo mais nada bem....
***
Fico imaginando o dia em que eu voltar a dirigir...
terça-feira, 16 de agosto de 2005
Frases estranhas, gente esquisita
Um dia antes da viagem, eu ligo para uma amiga:
- Cara, eu nao to querendo ir mais viajar, eu sei que eu vou sentir falta das minhas series, quero ficar aqui.
***
No terceiro dia de viagem:
- Meu, eu nao vejo a hora de voltar e comecar a trabalhar, trablhar, trabalhar...
***
- Meu brinquedo favorito eh a esteira, igual a de aeroporto, sabe?
***
- Gente, eh um abusurdo passarmos quatro dias sem ler jornal.
- Pior eh nao usar a TV para assistir jornal e ver Patricinhas de Beverly Hills.
***
Tem tanta merda que sai da boca de quatro mulheres perdidas em Orlando, que eu tive que fazer uma lista no meu carderninho de anotacoes!
- Cara, eu nao to querendo ir mais viajar, eu sei que eu vou sentir falta das minhas series, quero ficar aqui.
***
No terceiro dia de viagem:
- Meu, eu nao vejo a hora de voltar e comecar a trabalhar, trablhar, trabalhar...
***
- Meu brinquedo favorito eh a esteira, igual a de aeroporto, sabe?
***
- Gente, eh um abusurdo passarmos quatro dias sem ler jornal.
- Pior eh nao usar a TV para assistir jornal e ver Patricinhas de Beverly Hills.
***
Tem tanta merda que sai da boca de quatro mulheres perdidas em Orlando, que eu tive que fazer uma lista no meu carderninho de anotacoes!
quinta-feira, 11 de agosto de 2005
Just a story
Voce chega em casa cansada, depois de um dia longo de trabalho. E a vespera da sua viagem de ferias, voce esta em panico pois ainda nao arrumou as suas malas. Tarde da noite, voce nao consegiu fazer nada ainda e seu telefone toca. E seu namoradinho de adolescencia, seu primeiro amor. Voces nao se encontram ha quase cinco anos.
- "Vem me ver? Eu tenho tres horas para passar com voce."
Ele esta ali, ao seu alcance, na mesma cidade que voce. O que voce faz?
- "Vem me ver? Eu tenho tres horas para passar com voce."
Ele esta ali, ao seu alcance, na mesma cidade que voce. O que voce faz?
segunda-feira, 8 de agosto de 2005
Na Na Na Na Na Na
Tudo acertado. Eu entro de férias na sexta-feira and it's such a big deal for me. Eu trabalho desde que tenho 18 anos, quando minha mãe praticamente me chutou de casa e disse "vai trabalhar, vagabunda!" E eu nunca tive férias. Eu sempre mudo de emprego (yeah, I get really bored), quando meus contratos expiram, ou sou demitida mesmo, então se você contar, fora os períodos que eu passei desempregada, eu nunca tive descanso. E quando você está desempregado, a preocupação é tanta que a gente não tem cabeça para aproveitar nenhum minuto de folga.
Este ano, eu tirei o verão para me divertir, acabou a faculdade, eu comprei todos os shows que eu tive vontade, e estou tentando aproveitar o clima e tirar 10 dias para ir a Flórida. A única preocupação seria meu emprego atual, já que eu tenho três chefes pau-no-cú. Mostrei o certificado para eles, e dei um jeito de tirar os dias livres. Claro que eu vou colocar uma menina no meu lugar neste período, vou treiná-la na quinta-feira e na sexta de manhã eu saio daqui.
Vamos para a Disney. Eu, Lily, Juliana e Karina. Quatro mulheres perdidas na Flórida. O engraçado é que eu sou a única caipira que nunca foi para Orlando, as outras meninas já foram duas ou três vezes. Com isso eu tenho a oportunidade de tirar uma onda e dizer que enquanto todo mundo estava fazendo o mesmo programa e indo para o mesmo lugar com 15 anos de idade, eu deixei para fazer muito mais tarde, com 20 e que vou aproveitar muito mais agora. Jura!
Neurótica como sempre, eu não me contentei com pesquisar apenas sobre os parques, a cidade, ou a localização do hotel, e fiquei horas na internet lendo sobre o acidente na montanha-russa do Six Flags e da Disney da Califórnia. Para ajudar eu comecei a assistir Lost e tenho certeza que nós vamos ter problemas no avião.
Até pensei em fazer um post falando sobre a viagem mesmo, os parques e merdas assim, mas aparentemente o mundo já conhece a Disney, então eu prefiro fazer outro, quando voltar, falando só do que deu errado, e das situações tragi-cômicas que eu sei que vamos passar lá.
***
Eu não canso de olhar para o Certificado. Eu nem tinha dado muita bola quando ele chegou, mas agora que eu comprei quadrinho moderno e tudo, eu fico namorando o bichinho o dia todo. E pensando, "porra, cara eu tenho um certificado da NYU..." Nem parece que é meu.
***
*Melhor sorvete do planeta.
"Unless unless
I know I feel it in my bones,
I’m sick I’m tired
Of staying in control
Oh yes I feel a rat apon the wheel
I got to know just not so much is real"
Everyday I Love You Less and Less - Kaiser Chiefs (Employment não sai do repeat em casa há duas semanas.)
Este ano, eu tirei o verão para me divertir, acabou a faculdade, eu comprei todos os shows que eu tive vontade, e estou tentando aproveitar o clima e tirar 10 dias para ir a Flórida. A única preocupação seria meu emprego atual, já que eu tenho três chefes pau-no-cú. Mostrei o certificado para eles, e dei um jeito de tirar os dias livres. Claro que eu vou colocar uma menina no meu lugar neste período, vou treiná-la na quinta-feira e na sexta de manhã eu saio daqui.
Vamos para a Disney. Eu, Lily, Juliana e Karina. Quatro mulheres perdidas na Flórida. O engraçado é que eu sou a única caipira que nunca foi para Orlando, as outras meninas já foram duas ou três vezes. Com isso eu tenho a oportunidade de tirar uma onda e dizer que enquanto todo mundo estava fazendo o mesmo programa e indo para o mesmo lugar com 15 anos de idade, eu deixei para fazer muito mais tarde, com 20 e que vou aproveitar muito mais agora. Jura!
Neurótica como sempre, eu não me contentei com pesquisar apenas sobre os parques, a cidade, ou a localização do hotel, e fiquei horas na internet lendo sobre o acidente na montanha-russa do Six Flags e da Disney da Califórnia. Para ajudar eu comecei a assistir Lost e tenho certeza que nós vamos ter problemas no avião.
Até pensei em fazer um post falando sobre a viagem mesmo, os parques e merdas assim, mas aparentemente o mundo já conhece a Disney, então eu prefiro fazer outro, quando voltar, falando só do que deu errado, e das situações tragi-cômicas que eu sei que vamos passar lá.
***
Eu não canso de olhar para o Certificado. Eu nem tinha dado muita bola quando ele chegou, mas agora que eu comprei quadrinho moderno e tudo, eu fico namorando o bichinho o dia todo. E pensando, "porra, cara eu tenho um certificado da NYU..." Nem parece que é meu.
***
*Melhor sorvete do planeta.
"Unless unless
I know I feel it in my bones,
I’m sick I’m tired
Of staying in control
Oh yes I feel a rat apon the wheel
I got to know just not so much is real"
Everyday I Love You Less and Less - Kaiser Chiefs (Employment não sai do repeat em casa há duas semanas.)
quinta-feira, 4 de agosto de 2005
quarta-feira, 3 de agosto de 2005
Stuck in Reverse
Para não virar monotemática (sim, eu penso em muitas coisas que NÃO estão relacionadas com rock, se bem que sempre existe uma trilha sonora para tudo...), eu vou falar de absolutamente nada.
O meu certificado de JORNALISTA finalmente chegou. (\\O/ fogos de artifício\\O/) Eu esqueci de comentar aqui que eu finalmente acabei meu último curso. Um bafo, eu olhei para ele e fiquei tentando absorver, aí a gente faz uma retrospectiva e pensa em tudo que tive que passar para conseguir aquele pedaço de papel, que ainda não sabemos se terá valor algum.
O certificado que ficaria pronto em seis meses demorou quase três anos. Cada semestre era uma coisa diferente que acontecia (é, eu tenho que me juntar a aquela comunidade "eu só me fodo," versão USA), era viagem do Afonso, o tempo que eu passei desempregada, o tempo que eu passei me adptando a empregos novos (e pagando dívidas), a procura de casa nova, a depressão, e por aí vai... seias cadeiras demoradíssimas, mas que eu aproveitei cada segundo. Faltei duas vezes na faculdade, meu maior índice de presença em sala de aula, ever. Uma porque estava doente mesmo, e a outra, que nem pode ser contada como falta, eu saí mais cedo para ver um show (rock).
Depois de alguns segundos, a vários goles de vodka, veio a retrospectiva número 2, tudo que eu passei para ficar aqui para conseguir o bendito certificado. Aí a única coisa que me vem à mente é neve. Todos os dias que eu esperei ônibus na neve, todos os dias que eu caminhei na neve para ir trabalhar, todos os filhos de uma puta para quem eu trabalhei, todas as vezes que eu fui ao restaurante pedir comida para o Charlie porque não podia comprar, aí quando o drama ficou muito grande, eu passei a mão no telefone e liguei para alguém. E ninguém atendia o telefone, aí, ai, esta vida que é uma farsa...
Agora a idéia é enquadrar o bichinho, pendurar no escritório e conseguir uma semana de férias para ir comemorar com as amigas em alguma terra que seja mais quente que NY (isso é possível??), o que está bem difícil de acontecer, as coisas estão bem apertadas no escritório e eu estou praticamente completando quatro anos sem ferias.
***
A viagem a New Orleans foi deliciosa e marcada por coisas relacionadas à religião (voodoo), que eu encontrei pelo caminho. Já no primeiro minuto, quando fui trocar o dinheiro para pagar o taxista que me levou até o hotel, eu entrei na primeira loja que encontrei na minha frente para trocar o dinheiro com a coisa mais barata que aparecesse no meu caminho, encontrei um chaveiro, que tem a foto de um bonequinho com a boca costurada dos dois lados. Creepy.
Nos outros dias eu visitei várias lojas como esta, e até um Templo de Voodoo, onde até a Pristess (como é o nome em português para isso?) local eu conheci. A mulher se esforçou para conversar conosco em códigos, charadas e depois nos mostrou os altares dela, bem parecidos com coisas que eu já vi no Brasil, peixe morto, ovos, pinga, água, muito cigarro (ninguém passa vontade de fumar alí...), dinheiro, imagens de santos católicos e fotos. Depois posto alguma coisa que eu fotografei lá.
Parte da cidade me lembrou muito a Bahia, principalmente Bourbon Street, uma rua lotada de bares, um do lado do outro, cada um tocando uma música diferente, aquele tipo de situação em que só dá para distinguir o que está tocando se você realmente precisa entrar em algum lugar para distinguir, o pessoal dançando como louco, e as ruas estreitas. Quando eu perguntei para um garçon, onde eu poderia ir, que fosse mais calmo e eu pudesse usar meu celular, ele me indicou outro bar, garantindo que não tinha música. Jura! Não só tinha, como era alta pra caramba.
Fora isso foi muita andança pela cidade, que é contraditória, tem bairros riquíssimos e bairros super pobres, passamos pelo French Market, pela Magazine Street, que tem várias lojas de móveis, pelo Louis Armstrong Park, Washington Park. Tudo bem corrido, não dá para conhecer nada em três dias. Se eu não tivesse que trabalhar eu estenderia minha estada por lá, e depois ainda iria visitar a Lily em Sarasota, FL (eu estou morrendo de vontade de ir a Sarasota neste final de semana!).
***
Não tenho absulatamente nada para falar sobre Chicago que não seja relacionado a música (rock), exceto o calor de queimar os miolos que fez naquele lugar. Algo como o verão mais quente em duzentos anos, credo. Eu estava tão cansada, mas tão cansada com a maratonma de shows que foi impossível caminhar, ainda assim vou postar fotos (poucas), aqui.
O meu certificado de JORNALISTA finalmente chegou. (\\O/ fogos de artifício\\O/) Eu esqueci de comentar aqui que eu finalmente acabei meu último curso. Um bafo, eu olhei para ele e fiquei tentando absorver, aí a gente faz uma retrospectiva e pensa em tudo que tive que passar para conseguir aquele pedaço de papel, que ainda não sabemos se terá valor algum.
O certificado que ficaria pronto em seis meses demorou quase três anos. Cada semestre era uma coisa diferente que acontecia (é, eu tenho que me juntar a aquela comunidade "eu só me fodo," versão USA), era viagem do Afonso, o tempo que eu passei desempregada, o tempo que eu passei me adptando a empregos novos (e pagando dívidas), a procura de casa nova, a depressão, e por aí vai... seias cadeiras demoradíssimas, mas que eu aproveitei cada segundo. Faltei duas vezes na faculdade, meu maior índice de presença em sala de aula, ever. Uma porque estava doente mesmo, e a outra, que nem pode ser contada como falta, eu saí mais cedo para ver um show (rock).
Depois de alguns segundos, a vários goles de vodka, veio a retrospectiva número 2, tudo que eu passei para ficar aqui para conseguir o bendito certificado. Aí a única coisa que me vem à mente é neve. Todos os dias que eu esperei ônibus na neve, todos os dias que eu caminhei na neve para ir trabalhar, todos os filhos de uma puta para quem eu trabalhei, todas as vezes que eu fui ao restaurante pedir comida para o Charlie porque não podia comprar, aí quando o drama ficou muito grande, eu passei a mão no telefone e liguei para alguém. E ninguém atendia o telefone, aí, ai, esta vida que é uma farsa...
Agora a idéia é enquadrar o bichinho, pendurar no escritório e conseguir uma semana de férias para ir comemorar com as amigas em alguma terra que seja mais quente que NY (isso é possível??), o que está bem difícil de acontecer, as coisas estão bem apertadas no escritório e eu estou praticamente completando quatro anos sem ferias.
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A viagem a New Orleans foi deliciosa e marcada por coisas relacionadas à religião (voodoo), que eu encontrei pelo caminho. Já no primeiro minuto, quando fui trocar o dinheiro para pagar o taxista que me levou até o hotel, eu entrei na primeira loja que encontrei na minha frente para trocar o dinheiro com a coisa mais barata que aparecesse no meu caminho, encontrei um chaveiro, que tem a foto de um bonequinho com a boca costurada dos dois lados. Creepy.
Nos outros dias eu visitei várias lojas como esta, e até um Templo de Voodoo, onde até a Pristess (como é o nome em português para isso?) local eu conheci. A mulher se esforçou para conversar conosco em códigos, charadas e depois nos mostrou os altares dela, bem parecidos com coisas que eu já vi no Brasil, peixe morto, ovos, pinga, água, muito cigarro (ninguém passa vontade de fumar alí...), dinheiro, imagens de santos católicos e fotos. Depois posto alguma coisa que eu fotografei lá.
Parte da cidade me lembrou muito a Bahia, principalmente Bourbon Street, uma rua lotada de bares, um do lado do outro, cada um tocando uma música diferente, aquele tipo de situação em que só dá para distinguir o que está tocando se você realmente precisa entrar em algum lugar para distinguir, o pessoal dançando como louco, e as ruas estreitas. Quando eu perguntei para um garçon, onde eu poderia ir, que fosse mais calmo e eu pudesse usar meu celular, ele me indicou outro bar, garantindo que não tinha música. Jura! Não só tinha, como era alta pra caramba.
Fora isso foi muita andança pela cidade, que é contraditória, tem bairros riquíssimos e bairros super pobres, passamos pelo French Market, pela Magazine Street, que tem várias lojas de móveis, pelo Louis Armstrong Park, Washington Park. Tudo bem corrido, não dá para conhecer nada em três dias. Se eu não tivesse que trabalhar eu estenderia minha estada por lá, e depois ainda iria visitar a Lily em Sarasota, FL (eu estou morrendo de vontade de ir a Sarasota neste final de semana!).
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Não tenho absulatamente nada para falar sobre Chicago que não seja relacionado a música (rock), exceto o calor de queimar os miolos que fez naquele lugar. Algo como o verão mais quente em duzentos anos, credo. Eu estava tão cansada, mas tão cansada com a maratonma de shows que foi impossível caminhar, ainda assim vou postar fotos (poucas), aqui.
terça-feira, 2 de agosto de 2005
segunda-feira, 1 de agosto de 2005
Lolla II
O segundo dia foi marcado pelo show do Arcade Fire, que seria o melhor se nós tivéssemos pego do início ao fim. O pessoal faz uma bagunça no palco sem fim, tem pelo menos dois vocais, um violino, bateria, percussão, piano. Lindo lindo lindo. É uma banda cheia de talento, as letras são engraçadas e ao mesmo tempo me dizem muita coisa.
Teve também Kasabian, que não é meu preferido, mas que fez um show muito legal. No intervalo entre uma banda e outra, na tenda da Virgin, o pessoal estava autografando os Cd's, e eu acabei comprando o meu. O som é ótimo, e este final de semana, tocava o disco do começo ao fim em um bar, e o pessoal ia comentando como a banda era boa.
Não tenho nenhuma foto de Louis XIV. Acabei vendo o show todo sozinha, e sem nenhuma câmera. Pena, os meninos estavam lindos no palco e a performance de "ME ME ME," e "True Love is Blind" foram exatamente o que eu esperava, totalmente teatral e os meninos ficam super-gays no palco. Para compensar a falta de foto eu ganhei uma camiseta linda de presente.
No final, acabamos esperando mais de duas horas pelo show do The Killers, que foi tão fraco, mas tão fraco que eu tive vontade de jogar uma garrafa na cabeça do Brandon Flowers. Ele, aliás, foi péssimo com o público, entrou, cantou uma meia dúzia de músicas e saiu. Nem o cd inteiro eles tocaram. Foi simplesmente pobre. E apertado, destes shows que você tem que se segurar para não ser arrastada por aí.
Teve ainda Death Cab For Cutie, que eu não tenho foto também. Neste momento eu não tinha mais forças para ficar sob meus pézinhos e sentei no chão e apenas escutei parte do show. Eu sou completamente apaixonada pela delicadeza do Ben Gibbard, ele acaba com toda a minha tentativa de ser durona. Em um mês eles estão colocando o sexto album nas lojas. PLUS. Se você pensar que a banda tem só 6, 7 anos, e que eles já tem seis albums, os caras produzem muita música. Sem contar que Ben também é vocalista de outro grupo super bacana, o Postal Service (que com certeza você já escutou se você assiste The O.C.).
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