Como o ser humano é miserável sozinho. Eu fico chocada ao ver o que as pessoas são capoazes de fazer para não se sentirem sozinhas. Cada uma acaba desenvolvendo algum tipo de mecanismopara se defender da solidão.
É claro, eu estou falando daqueles que, como eu, nunca tiveram a sorte de achar alguém de verdade para dividir a vida.
Há pessoas que se se jogam para fora de casa, em uma série de encontros e descontros sem nenhuma importância, apenas para sentir que tem alguém por perto.
Outros, desenvolvem inúmeras técnicas para fazer da casa vazia, um lugar seguro, atrativo e interessantes.
Eu me incluo no segundo grupo. Acabei fazendo da minha casa um centro de diversão. Passei a vida desenvolvendo hobbies (música, televisão, cinema, produção de vídeos caseiros, fotografia), para me sentir bem acompanhada por mim mesma.
Este assunto foi a manchete na minha cabeça esta semana. E no final das contas eu acabei alugando "Shop Girl" - um filme baseado no livro do Steve Martin, que eu sempre odiei, mas que queria ver apenas porque Death Cab for Cutie faz parte da trilha sonora.
Ironia, ironia.
Não é que o filme fala do mesmo assunto?
A personagem da Claire Danes tem uma vida miserável e solitária em uma cidade estranha (sunny LA!). Ela acaba conhecendo dois homens absolutamente diferentes um do outro.
O primeiro é um moleque. Interessando em arte e rock, não tem a mínima idéia do que está fazendo. O segundo é um homem de mais de 50 anos, com uma vida completamente diferente e entediante.
Todos eles tem uma coisa em comum: são seres miseráveis e sozinhos.
Na verdade, esta é uma coisa que a maioria de nós tem em comum. Miseráveis e sozinhos.
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