O que é o poder que o Stephen Colbert mantém sobre as pessoas, não é mesmo? Ué, se não fosse esta vontade incontrolável de assistir o cara na televisão todas as noites eu não iria fazer tanto esforço para ficar aqui. É nisso que dá, uma semana longe do trabalho mas, ainda assim, trabalhando.
Desde julho eu tenho trabalhado no processo do meu visto, que não anda nada fácil, digitando mil coisas, coletando documentação aqui e alí e acolá. Correndo, correndo e ficando sem dormir. Esta semana, como está tudo muito em cima da hora, tive que ficar por conta disso. Foram noites em claro, tardes presas em um storage facility sem ar-condionado, suando os diabos e pagando por todos os pecados que eu ainda nem cometi.
Mendiga total, usei o telefone mais do que nunca para pedir. Pedir papel, pedir favor, pedir telefonema, pedir fax, pedir cartas, pedir contas, pedir assinaturas, pedir paciência, pedir tempo, pedir para me escutarem, pedir opinião, pedir força, pedir o caralho.
Claro que no meio da semana eu surtei, tive um ataque de choro [for Kara's sake!], saí andando sem rumo, cortei meu pé no sapato e agora tenho uma bolha de pus e sangue para me fazer não esquecer do ocorrido.
Fico pensando o quê as pessoas devem imaginar ao se depararem com uma maluca mancando, com o pé sangrando, carregando mil pastas nas mãos, chorando ao telefone, com o rosto manchado de lápis preto. Uó.
Ainda assim fui capaz de entrar em uma banca de revista dentro do estação de trem e discutir sobre as capas da semana passada. Algo assim:
-- Are you Ok?
-- Yeah, I got a flu.
-- Are you sure? It seems to me you were crying…
-- I’m Ok, all right? Do you have the baby Suri Vanity Fair?
-- No, it’s sold out.
-- Fuck! Ok. Do you have the Entertainment Weekly’s new issue, then?
-- No. Sold out.
-- Fuck! What do you mean sold out? It came out today! Who is on the cover?
-- Patrick Dempsey.
-- What? He is not even that hot. I’ve dated better looking men then him.
Agora, que eu penso na situação, eu quase não acredito minha cara de pau. É caso de internação, na certa! Tanto problema na minha vida e eu discutindo a beleza de uma ator de Grey’s Anatomy?
Enfim, agora é esperar e voltar à vida normal. Claro, com muitas alterações, com cabelo bronze, mais picotado que nunca (é isso ou eu fico careca, não tenho escolha), com meu aparelhinho novo [que eu nomeei de "doll"], escutando Gomma Fou.
[Gomma Fou: a melhor banda ever!]
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Nesta fase da correria de retorno ao trabalho eu não vou conseguir fazer as coisas que eu queria (dá pra listar? não dá!). Tem uma porrada de eventos na mesma semanas, festas chics para ir, nas quais eu não tenho trajes apropriados e textos atrasados para entregar.
Falando em traje apropriado, me deparo com um dilema. Eu escutei a mesma coisa na semana passada, em situações distintas: "Você não pode mostrar tatuagem". Como um ser-humano pode comparecer em um destes coqueteis sem mostrara tatuagens. Tive que discutir a situação com meu amigo em busca de um vestido especial.
Não posso mostrar os braços, a barriga, as costas ou os seios. Como é possível usar um vestido que não seja cavado ou decotado? A melhor sugestão que ele me deu: "no seu caso, eu iria com uma burca ou com um moleton de capuz. Resolve seu problema, você não mostra nenhuma tatuagem."
Tenho que encontrar um vestido hoje, sem falta!
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Eu falei tanto de Lost aqui. O blogger apagou. Minha caixa da segunda temporada chegou e eu já devorei.
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Onde que eles colocaram o primeiro episódio de Heroes no i-Tunes? Eu não vi nada disso até agora!
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