terça-feira, 11 de outubro de 2005

Hypnotize

A discussão sobre o referendo do desarmamento está tão acirrada em casa (eu já disse que eu preciso de uma chave?*), que óbviamente, já virou piada. Piada forte. Depois de discutirmos Van + Léo C. (que agora eu chamo de Sargento) X Zé + Léo. P.(agora é Machado), chegamos à apenas uma conclusão: precisamos nos abraçar mais.

O Zé tira sarro de mim a cada cinco minutos. “Estou precisando comprar uma arma, Vanessa”, e sempre vem me dar um abraço em seguida. O Machado adotou a técnica de concordar com tudo o que eu falo, para não arrumar mais briga. Dois a FAVOR DO DESARMAMENTO, de um lado, como dois româmticos, de uma forma utópica e dois contra do outro.

Já construímos uma espécie de Farenheint 451, em que, ao invés de livros, todas as armas do planeta são destruídas. De tão românticos acabamos nos tornando ridículos. O que contrasta com uma série de fotos dos meninos, em que um dos retardados está com uma arma, fazendo mil caras e poses na frente da webcam.

Todos concordamos em um ponto comum, entretanto, referendo nesta hora é sinônimo de confusão na cabeça de um povo que deveria estar preocupando com outros assuntos. Distração pura. Gasto desnecessário (210 milhões de reais, não?) em um país que é uma “Ilha das Flores” gigante. Revolta. Não é como se a votação fosse resolver muito.

Outro ponto de acordo é que fica até ridículo nós nos preocuparmos tanto com isto, passarmos o final de semana discutindo. Justo nós, que largamos a terra-mãe, deixamos estes problemas todos para trás, e egoístas, estamos tratanto de resolver as nossas próprias vidas. Ainda assim, liguei no consulado. Não haverá votação aqui. É claro que não. Não fazemos mais perte disto. Que se foda, não é mesmo?

No final das contas a gente, esquece do assunto, senta no chão, acende um cigarro, escuta a música nova do System of a Down, e fica discutindo o cd novo. Why do we always send the poor?


· Eu já levei um puxão de orelha de um amigo umas semanas atrás por conta da quantidade de piadas internas que eu ando criando. Que eu só contribuo para a esclusão das pessoas de um mundo que apenas eu participo. Só eu entendo 100% do que eu falo. Este texto, por exemplo, só eu entendo. What’s the purpose of writing it, then?
· You see, I’m unstoppable.
· Este texto contém altíssimo uso de irônia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário