quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Bike Ride




Este é o percurso que eu vou percorrer de bicicleta amanhã. 13 Milhas. E o detalhe: eu estarei sozinha e eu não conheço o caminho!

Depois explico esta história.


***

Com a greve, eu não teria como ir de Newark, onde trabalho, até a casa das meninas que fica no Brooklyn. Então estava pensando, junto com a Karina, em uma forma de chegar lá, enquanto pedalava em casa. Minha amiga, pensando que eu realmente era dona de uma bicileta, sugeriu: BIKE RIDE.

Eu sairia do escritório às 3.00pm, usando a bicileta de alguma boa alma, pedalaria até a Penn Station, tentaria não morrer no trânsito de Newark, pegaria o Path Train até o Wolrd Trade Center Path Station, andaria algumas quadras em NY, até encontrar a entrada da Ponte do Brooklyn, atravessaria a ponte inteira, já escurecendo, neste frio de temperaturas negativas, com a cidade a nas minhas costas.

Eu teria que estar usando óculos. Seria a vista da minha vida.

Bem, o problema seria quando eu chegasse ao Brooklyn, eu não conheço o caminho, já que estou sempre no metrô. Teria que ligar para a Ká, para ela coordenar as ruas que eu devo percorrer. Mas a última vez que eu fiz isso, à pé, a idéia não foi das melhores e eu me perdi e tive que andar por quadras e quadras. E o Brooklyn não é o lugar ideal para se perder, digamos assim...

Os motorista de ônibus trabalhando ao meu favor, a greve continuava e tudo estava preparado para minha viagem até que, hoje de manhã, eu acordei, peguei a bicileta de um dos meninos da casa (eu juro que não tenho idéia quem é o dono), e vim para o trabalho pedalando.

Não conseguia descer os degraus com a bicileta no braço, não conseguia abrir a porta com a bicicleta nos braços, o banco estava extremamente alto para minhas pernas curtas, eu não tinha força suficiente para ajustá-lo. Quando finalmente consegui ajeitar tudo, minhas calça jeans se prender da coroa e rasga.

Bad, very bad idea.

Eu sou uma pessoa sedentária, não nasci para fazer este tipo de esforço físico...

Enquanto eu pedalava para o trabalho, com muita dificuldade já que eu não subia em uma bicileta há cerca de 3 anos (sim, eu tinha uma bicileta quando era au pair!), passei medo das pessoas que moram nos projetos, dos carros me atropelarem, minha bunda começou a doer naquele banco duro da porra, eu comecei a suar, e ficar com nojo de mim porque estava suando (suar é nojento!), e fui ficando desesperada.

Por que eu não suo pedalando em casa, todos os dias?

Por que é tão confortável sentar no banco da minha bicileta ergométrica, que tem apoio total para minhas costas e ventilador e tão difícil andar numa bicileta de verdade?

10 minutos depois, quando chego no escritório, não tenho força alguma para carregar a bicicleta dois lances de escada sozinha, e noto que os efeitos de 12 anos de cigarro nos meus pulmões não é dos melhores. I've got to stop smoking. Eventually.

Consegui ajuda - ser mulher é uma maravilha, a gente sempre consegue ajuda, guardei a bicileta lá no fundo da minha sala, liguei para o Namorado e disse para mandar alguém para buscar.

Nunca mais subo em cima de um troço destes. Desisti dos planos de pedalar na ponte, vou de metrô para a casa das meninas e volto de carro. Andar de bicileta é muito perigoso.

***

Dust Settles After Strike: Pataki Preens, Bloomberg Bargains
By Wayne Barrett

All is right with the world. Within minutes of the announced transit settlement, George Pataki was on CNN trying to turn his handling of the strike into a presidential audition. Mike Bloomberg was back to being Mike Bloomberg, praising transit workers whose leaders he'd called thugs two days earlier. The MTA was suggesting that the strike-provoking pension issue was still on the table, though everyone in the city instantly understood that Peter Kalikow's last-minute, $20-million demand was as dead as the bus yards in East New York have been since Tuesday morning.

The headline that stretched across the entire front page of the Times on Wednesday said: "City Scrambles as Union Is Hit With Big Fine." Right underneath it was a headline on the evolution court decision that reported: "Issuing Rebuke, Judge Rejects Teaching of Intelligent Design." It could just as well have been the headline on the judge's ruling in the transit case, since there was clearly no intelligent design at this bargaining table. Why would a bottom line billionaire mayor who likes to run his government as if he were still CEO of Bloomberg LP defend an MTA that took a strike costing the city $400 million a day to win a pension savings of $20 million over three years? Even a closely held corporation like Bloomberg might dump a CEO who saw that as a winning gambit.

The pundits have contended that the $20 million cause of the strike was a pittance to both sides and that neither should have allowed it to spark such pain. But a six percent slice out of a puny starting salary for new transit workers for the first ten years of their employment is no pittance to those union workers. It is a pittance to the governor, who's handed out billions and billions in cost of living and other pension giveaways, and to the mayor, who spent that much in the final month of his mayoral campaign. Dropping that stink bomb on the table a couple of hours before midnight Monday was an act of such colossal gall and incompetence that no editorial board or public official should even attempt to justify it.

While the earlier MTA attempt to change the retirement age from 55 to 62 might arguably be a meaningful step towards corralling state and city pension costs, as unfair as it was to impose it on a single union, Kalikow's six-point move gained virtually nothing and risked catastrophe. Thankfully, this will be the farewell contract for the Gang That Couldn't Bargain Straight, since Kalikow is returning to the family real estate business he already bankrupted and Pataki is on his way to his New Hampshire dream.

Nenhum comentário:

Postar um comentário